Título Original – Salome
Drama histórico e bíblico, sobre a fascinante figura da Princesa Salomé.
Com um sedutor par – Rita Hayworth e Stewart Granger.
O reinado do Rei Heródes anda a ser “minado” pelas palavras e revelações de S. João Baptista, um profeta que galvaniza a atenção do povo.
A Raínha quer a sua cabeça. O Rei não quer chatices.
Tudo vai ficar ao rubro quando surge a Princesa Salomé, afilhada do Rei. Salomé começa ser manipulada pela mãe, a Raínha, no sentido de dominar o Rei. Salomé ainda tem um especial afecto a Cláudio, um centurião romano convertido (secretamente) ao cristianismo.
Durante um exótico e sensual baile, muita coisa se vai resolver. E não pela força da Paz e do Amor.
Um típico e eficaz épico bíblico, onde a verdade da História (religiosa) serve de fundo para uma rotineira intriga palaciana e uma história de amor proibido.
O auge do filme é mesmo a dança de Rita/Salomé, exótica, colorida e sensual, quase ao nível da que Rita executa em “Gilda”.
Rita Hayworth e Stewart Granger transmitem química e carisma, mas já os vimos melhor (seja na sensualidade para ela, seja no heroísmo para ele).
Charles Laughton e Judith Anderson dominam com o seu carácter pérfido.
Bom trabalho de fotografia, guarda-roupa e cenografia.
“Salome” não é mediocridade, mas não é maravilha. O género tem melhor.
Uma boa matiné em família para esta quadra natalícia.
Vê-se muito bem.
“Salome” tem edição portuguesa e anda a bom preço.
Realizador: William Dieterle
Argumentistas: Jesse Lasky Jr. e Harry Kleiner
Elenco: Rita Hayworth, Stewart Granger, Charles Laughton, Judith Anderson, Cedric Hardwicke, Alan Badel
Bilheteira – 4.75 milhões de Dólares (USA)
Trailer
Em 1951, Cecil B. DeMille tentou fazer uma versão de “Salome” com Rita Hayworth. Harry Cohn, o todo-o-poderoso chefe da Columbia limitou-se a roubar a ideia e DeMille e levou a cabo a sua produção. Chamou o argumentista Jesse Lasky Jr. e deu-lhe um fim-de-semana para criar um argumento ou seria despedido. Lasky escreveu cerca de 50 páginas e tal serviu de base para o argumento final.
A personagem de Salomé sofreu alterações face à verdadeira, para uma maior complacência à imagem popular que Rita Hayworth tinha na época.
Foi o último filme produzido pela companhia de Rita, a Beckworth Company.
Para Rita, a cena da dança foi a mais exigente da sua carreira.