Título Original – Higanbana
Título Internacional – Equinox Flower
Yoohoo. Está de volta o Cinema de Yasujirô Ozu.
Este é o primeiro de três títulos.
Um homem de negócios tem sempre ideias e soluções no que diz respeito a sentimentos e relações. Mas só em conversa com amigos.
Quando a filha Setsuko lhe anuncia os seu planos sentimentais e matrimoniais, tudo se complica na relação com o pai Wataru, que não foi consultado no processo, acrescido que ele já tinha encontrado noivo para ela.
Serão as nossas filhas umas delicadas flores?
Ozu e alguns dos seus personagens sentem que sim.
Mas como toda a (bela) flor, necessita de ver criadas as condições para que nasça e floresça, para depois ser deixada ao seu rumo de crescimento, brilho e florescência.
É isto que Ozu nos ensina/explica/mostra/recorda. Com toda a sua delicadeza humana e sentimental, deixando sempre lugar para a boa disposição, simplicidade e harmonia nas soluções e confrontações, mostrando um feliz sorriso pela vida, pois segundo Ozu ela pode ser um (belo) jardim e nós as suas (radiantes) flores.
Ozu estreia-se na cor e que belíssimo jardim de cores que ele nos oferece.
Tudo muito bem ilustrado numa impecável cópia nova digital e restaurada.
Obra-prima total, o filme é todo ele um jardim de sentimentos, onde as donzelas são tratada como as mais belas e raras das flores.
Ineko Arima, Yoshiko Kuga, Fujiko Yamamoto – são elas as flores.
Realizador: Yasujirô Ozu
Argumentistas: Kôgo Noda, Yasujirô Ozu e Ton Santoni
Elenco: Shin Saburi, Kinuyo Tanaka, Ineko Arima, Yoshiko Kuga, Keiji Sada, Fujiko Yamamoto, Teiji Takahashi, Miyuki Kuwano, Chishû Ryû, Chieko Naniwa
Mais detalhes na nossa ficha de Estreias.
O ciclo de reposições, no Porto – Teatro do Campo Alegre –, de três filmes de Ozu iria terminar amanhã, mas vai-se prolongar até 24 de Setembro de 2014, no mesmo local (mas apenas com sessões às 18.30).
Clip
A Verdadeira Flor do Equinócio
(linda, não?)