E Deus Criou a Mulher (1956)

Et Dieu… créa la Femme - Poster 2

 

Título Original – Et Dieu… créa la Femme

 

Eis um dos mais populares, “malditos” e badalados filmes de sempre, que logo à sua estreia trouxe o perfume do escândalo.

Foi o triunfo e afirmação de uma nova beldade no Cinema europeu e mundial – BB.

Ou seja, Brigitte Bardot.

(uma perfeita criação, de facto)

 

St. Tropez.

Juliette é uma jovem bela e livre, com uma enorme paixão pela vida, pelo amor e pelo prazer do corpo.

O preconceito e a hostilidade da (puritana) povoação deixam-na à margem.

Para evitar ser “expulsa”, Juliette submete-se ao casamento com o jovem e inexperiente Michel, louco por Juliette. O casamento parece ser uma prisão para Juliette. O desejo que Juliette causa nos homens vai despoletar um conflito entre Michel, alguns homens da povoação e até o seu irmão.

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Será a Mulher um milagre?

Será a Mulher a mais sublime criação de Deus?

Será a Mulher uma força da Natureza, e como tal é incompreensível e indomável?

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Roger Vadim assina uma crónica sobre a emancipação e liberdade da Mulher, a sua ânsia sentimental e carnal, através de uma jovem que tudo o que quer é viver e sentir o êxtase máximo de tal.

Pelo meio, Vadim traça uma crítica aos preconceitos e puritanismos da sociedade, bem como uma tragédia familiar sobre o descontrolo do desejo.

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BB está absolutamente arrebatadora, verdadeiramente divina, corpo e rosto perfeito de uma mulher para quem a vida é um permanente acto de amor.

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Excelente fotografia.

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Pequeno clássico do Cinema, que hoje se vê pelo (total) prazer (visual), sem o poder de impacto, choque e escândalo que teve no seu tempo.

Mas isso não tem importância, BB é sempre um regalo.

Se Deus criou a Mulher, o Homem inventou o Cinema. E este existe para actos de amor (cinéfilo) como aquele que este filme nos dá. E BB também.

 

“Et Dieu… créa la Femme” tem edição portuguesa e está a preço “divino” e “desejável”.

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Realizador: Roger Vadim (assina como R. Vadim)

Argumentistas: Roger Vadim e Raoul Lévy

Elenco: Brigitte Bardot, Curd Jürgens, Jean-Louis Trintignant

 

Orçamento – o equivalente a 300.000 Dólares

Bilheteira – 4 milhões de Dólares (só nos USA)

 

Trailer

 

Clips

 

 

 

 

 

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Brigitte Bardot ficou em Terceiro Lugar como “Melhor Actriz Internacional”, nos Prémios Bambi 1958. Em Segundo Lugar ficou Audrey Hepburn por “Funny Face”. Gina Lollobrigida venceu por “Trapeze”.

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Cameo de Roger Vadin – é o amigo de Antoine.

 

Acredita-se que o filme ajudou (muito) a transformar St. Tropez num resort da moda.

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Uma organização de índole católica chegou a tentar banir o filme, por atentado à decência.

 

BB já tinha um relacionamento com Vadim. Mas tombaria de amores por Jean-Louis Trintignant.

Mesmo depois de separados, BB e Vadim fariam vários filmes juntos – “Les Bijoutiers du Clair de Lune” (1957), “La Bride sur le Cou” (1961), “Le Repos du Guerrier” (1962) e “Don Juan 73” (1973). BB apareceria num dos segmentos (assinado por Vadim) de “Histoires Extraordinaires” (1968).

 

Vadim faria um (inferior) remake em 1988, produzido em Hollywood, protagonizado por uma esplêndida e vulcânica Rebecca De Mornay (que salvava o filme era o seu melhor elemento).

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