X-Men – A Primeira Trilogia

X-Men - Logo

Os mais famosos mutantes da BD e do Cinema estão de volta.

É a continuação de “X-Men: First Class”, que inicia uma nova saga/trilogia que é uma origin tale à volta do grupo.

Mas antes desta nova saga, surgiu uma outra, com os personagens já adultos e consolidados, onde aqui e ali se davam pistas sobre as origens dos personagens.

A saga é composta por 3 filmes.

Vamos a eles.

X-Men - Poster 3

X-Men (2000)

 

O filme que abriu a “moda” do “cinema-bd”, mostrando que o público estava ávido para filmes a partir de banda desenhada popular e ligada a (super-)heróis.

 

Dois mutantes, errantes e em busca do seu lugar no mundo e da verdade sobre eles, vão parar a uma Academia misteriosa. A “escola” é gerida por um tal Professor X, igualmente mutante, que reúne ali todos os mutantes que encontra. O objectivo é ensiná-los a aprender e dominar sobre os seus poderes, usá-los para benefício da Humanidade, conseguir uma co-existência pacífica entre humanos e mutantes através do conhecimento e compreensão, mas também criar um refúgio para estes seres diferentes.

Mas o Professor X e o seu grupo têm um inimigo. Um grupo, igualmente comandado por um mutante e composto por mutantes. O seu objectivo é usarem os seus poderes para dominarem o mundo e os humanos, que consideram seres inferiores.

Uma batalha vai começar.

X-Men - Professor X

Um muito competente superhero movie, em ambiente groupie, de moldes clássicos (na produção anda Richard Donner, autor de “Superman”, ainda uma referência em matéria de superhero movies), assente numa história simples e bem contada, com personagens carismáticos e boas doses de acção.

Bryan Singer dirige com bom ritmo e faz o que pode em matéria de espectáculo (ele sempre se queixou que o orçamento era parco para um filme deste género), dando sempre relevo aos personagens, às suas motivações e relações, onde o humor também surge (as disputas entre Wolverine e Cyclops por Jean Grey).

O óptimo elenco impressiona pelos nomes, mas todos têm um competente trabalho. Famke Janssen e Halley Berry “desfilam” toda a sua sensualidade em personagens plenos de humanidade. O destaque vai para Hugh Jackman (o filme seria o seu star vehicle) onde mostra carisma, presença e estofo para action hero (algo que o futuro da sua carreira confirmaria). Mas a mais-valia máxima é mesmo o duelo interpretativo entre dois gigantes da interpretação – Patrick Stewart e Ian McKellen. Vê-los a gladiarem-se (psicológica e ideologicamente) é um deleite para quem aprecia espectáculo de actores.

O duelo entre o Professor X e Magneto mostra a essência da saga “X-Men” – mais que um espectáculo super-heróico, é um duelo entre visões do mundo, sobre o direito à diferença e como (con)viver com ela ou como fazer dela uma supremacia tirana.

O filme não é maravilha, mas é um título muito entretido e que começava bem uma promissora saga, com um relevante grupo de super-heróis.

E é um filme vital para a produção deste tipo de Cinema. Sem o seu sucesso, Hollywood não teria o entusiasmo que tem hoje em fazer cinema-bd.

X-Men - Wolverine

Mutantes em cena – Professor X, Magneto, Wolverine, Cyclps, Rogue, Jean Grey, Storm, Iceman, Toad, Sabretooth e Mystique.

No filme ficamos a conhecer a Academia do Professor X, alguns dos mutantes (bons e maus), a rivalidade entre o Professor X e Magneto e algumas coisas sobre o passado de alguns dos mutantes (Magneto, Wolverine, Rogue).

 

Realizador: Bryan Singer

Argumento: Tom DeSanto, Bryan Singer, David Hayter e Christopher McQuarrie

Elenco: Patrick Stewart, Hugh Jackman, Ian McKellen, Famke Janssen, James Marsden, Halle Berry, Anna Paquin, Tyler Mane, Ray Park, Rebecca Romijn, Bruce Davison

 

Orçamento – 75 milhões de Dólares

Receitas – 157 (USA), 296 (mundiais)

 

Trailer

 

“Melhor Filme de Ficção Científica”, “Melhor Realizador”, “Melhor Actor” (Hugh Jackman), “Melhor Actriz Secudária” (Rebecca Romijn), “Melhor Argumento”, pela Academia de Filmes de Ficção Científica, Fantasia e Terror 2001.

“Melhor Música”, nos Prémios BMI 2001.

“Actriz Secundária Favorita – Sci-Fi” (Rebecca Romijn), “Actor Secundário Favorito – Sci-Fi” (James Marsden), nos Prémios Blockbuster 2001.

“Melhor Realizador”, nos Prémios Empire 2001.

X-Men - Jean Grey

No final dos 80s, chegou a haver um projecto, pela Carolco, com produção de James Cameron. Chris Claremont (uma dos grandes criativos da bd dos mutantes) estaria envolvido no argumento. A falência do estúdio arruinou o projecto.

A lista de realizadores considerados é ilustre – Robert Rodriguez, Tim Burton (que já tinha feito dois “Batman”), Richard Donner (que fez “Superman”, mas ficou como produtor ao lado da esposa Lauren Shuler Donner), Joel Schumacher (que assinou dois “Batman”), John McTiernan, Danny Boyle, Stephen Hopkins, Irvin Kershner e Brett Ratner (realizaria o terceiro filme da saga).

Bryan Singer recusou por três vezes a oferta de realização. Considerava comics como literatura sem inteligência. Contudo, depois de ler a bd dos heróis e ver a série de animação televisiva, mudou de ideias perante os temas de descriminação e preconceito que se abordavam e considerou tal apelativo para filme.

Tom DeSanto (argumentista e produtor) escolheu Singer, pois ficou bem impressionado com o seu trabalho em “The Usual Suspects” e pela forma como o realizador geria tantos actores e personagens.

Como era o primeiro filme de Singer a utilizar efeitos visuais digitais, o realizador visitou os sets de “Titanic” e “Star Wars – The Phantom Menace” para se familiarizar com a técnica.

Singer tentou a participação de John Williams na banda sonora, mas este já estava ocupado com “Saving Private Ryan”.

Singer era grande fã da série “Star Trek” e pensou imediatamente em Patrick Stewart como Professor X (Stewart interpretou o fan favourite Capitão Jean-Luc Picard em “Star Trek: The Next Generation”).

Stewart foi o primeiro actor a ser escolhido para os mutantes. Stewart é fã do Professor X desde os anos 90.

Terence Stamp e Sir Christopher Lee foram considerados para interpretar Magneto. Singer escolheu McKellen, pois já tinha trabalhado com ele no seu filme anterior (“Apt Pupil”).

McKellen ponderou recusar o convite para este filme, mas mudou de ideias depois de ver o fato.

Angela Bassett chegou a ser pensada para Storm, mas Halle Berry ganhou,

Sarah Michelle Gellar, Christina Ricci e Natalie Portman foram consideradas para Rogue. Ganhou Anna Paquin.

Singer queria Russell Crowe como Wolverine, mas o estúdio recusou o salário pedido. Consideram-se também Aaron Eckhart, Jean-Claude Van Damme, Viggo Mortensen e Edward Norton (que seria Bruce Banner/Hulk, alguns anos depois). O estúdio preferia Keanu Reeves ou Gary Sinise. Dougray Scott chegou a ser escolhido, mas teve de recusar por conflitos de agenda. Escolheu-se o desconhecido Hugh Jackman, um australiano com alguma popularidade no seu país, com curriculum em televisão e no teatro.

Para Cyclops, pensou-se em actores como Edward Burns, D.B. Sweeney, Thomas Jane (que recusou, para ir fazer de “The Punisher”, outro herói Marvel), Vince Vaughn, Jim Caviezel (que chegou a ser escolhido, mas teve de recusar por conflito de agenda). A escolha caiu sobre James Marsden.

Peta Wilson foi pensada como Jean Grey. Mas ela já estava comprometida para a Season 4 de “La Femme Nikita” e teve de recusar. Maria Bello e Lucy Lawless também foram consideradas. Famke Janssen ficou escolhida.

Jeri Ryan foi pensada para Mystique. Venceu Rebecca Romijn.

Bruce Davison foi o primeiro actor a ser escolhido, de todo o elenco.

X-Men - Mystique - 2

Joss Whedon (“Buffy”, “The Avengers”) escreveu um guião, mas foi recusado por estar cheio de referência à pop culture.

28 guiões foram escritos até ao final. Apesar de apenas David Hayter ficar com o crédito, o guião final tem intervenções de Ed Solomon (“Men in Black”), Christopher McQuarrie (um habitual do cinema de Singer), Joss Whedon, James Schamus (“Hulk”) e John Logan (“007 – Skyfall”).

É o único filme da saga a ter uma história original. Os restantes vêm de histórias criadas na bd.

Hugh Jackman preparava-se diariamente ao tomar duches frios. Nos dos primeiros dias de filmagem, a água quente acabou. Jackman tomou banho de água fria e a cara que fazia (de raiva) usou-a para alguns momentos na sua interpretação de Wolverine. Sabe-se que Jackman passou a usar este truque cada vez que interpreta o personagem.

Sir Patrick Stewart e Sir Ian McKellen não sabiam jogar xadrez. Por exigência do argumento, aprenderam.

Em 2013, o casamento de Stewart teve como padrinho McKellen.

X-Men - Cyclops

Na cena passada na estação de comboio, um menino (parte dos extras) sorri a James Marsden. Marsden interpreta Cyclops e ele é o favorito do menino, grande fã dos X-Men. Marsden sorri-lhe e a reacção do menino é de tal modo natural e alegre, que Bryan Singer decidiu manter esse momento na montagem final.

No último dia de filmagens, Rebecca Romijn trouxe tequilla para celebrar. Mas durante uma cena de luta com Jackman (Mystique vs Wolverine), a actriz vomitou em cima do actor.

Ao contrário da bd, os fatos não são azuis e amarelos, mas sim em black leather. Tom DeSanto explicou que os test designs não eram favoráveis à cor inicial.

Foi durante as filmagens que McKellen recebeu o convite para ser Gandalf na trilogia “The Lord of the Rings”. Mas teve de recusar, pois a agenda entrava em conflito. Ao saber disso, Singer acelerou o plano de filmagens para que McKellen conseguisse ficar livre a tempo.

Para assegurar o secreto à volta do seu visual, Rebecca Romijn estava sempre isolada quando não em filmagens.

Wolverine tinha três tipos de garras – em plástico, madeira e metal. No total usaram-se mais de 700.

Cenas a focar algum do passado de Storm e Cyclops foram pensadas, mas foram canceladas. Essas cenas seriam mostradas em “X-Men Origins: Wolverine” (embora a cena com Storm ficasse fora da montagem final).

Gambit (um mutante que consegue encher qualquer objecto com energia, a tal ponto que explode) iria aparecer. Isso ficou para “X-Men Origins: Wolverine”.

Quase todo o elenco se preparou, lendo muitos dos comics de “X-Men”.

 

 

 X-Men 2 - Poster 2

X-Men United – X-Men 2 (2002)

 

Sem surpresa, e perante o sucesso do filme anterior, eis a sequela.

 

Um cientista militar, com um obscuro passado ligado a mutantes, consegue levar avante a sua operação contra os mutantes. O primeiro raid dá-se na escola do Professor X. Ele é raptado, bem como muitos dos seus alunos. Alguns conseguem fugir e procuram resolver a contenda. Mas para que tudo corra a seu favor vão ter de fazer a mais perigosas das alianças – com Magneto.

 

Mandam as regras que as sequelas ofereçam mais.

Eis um (excelente) exemplo de como levar isso à letra. Em todos os sentidos. Qualitativos.

Mais orçamento, mais acção, mais personagens (surgem novos mutantes), mais intriga (descobrem-se mais coisas sobre o passado de Professor X e Magneto, bem como muitas respostas e perguntas sobre Wolverine), mais duração, mais peripécias, mais emoções.

Tudo sobe a fasquia, em nome do entretenimento e do espectáculo, mas as virtudes do filme anterior mantêm-se. Continua-se a dar relevo aos personagens e às suas motivações e interacções, havendo lugar para evolução (a tensão sentimental/sexual entre Wolverine e Jean Grey, a profundidade sentimental entre Rogue e Iceman) e até para a tragédia (o salvamento final e o sacrifício de um personagem vital).

Alguns círculos cinéfilos consideram este como o melhor superhero movie e sempre.

Quanto a mim, é um dos melhores e o melhor desta trilogia “X-Men”.

X-Men 2 - Storm e Nightcrawler

Mutantes em cena – Professor X, Magneto, Wolverine, Cyclops Rogue, Jean Grey, Storm, Iceman e Mystique.

Novos – Pyro, Nightcrawler, Lady Deathstrike, Colossus.

São dadas (algumas) respostas sobre o (misterioso) passado de Wolverine, embora as respostas definitivas só seriam dadas em “X-Men Origins: Wolverine”. São dados mais alguns detalhes sobre o que opõe o Professor X e Magneto, novos mutantes entram em cena, alguns abandonam o grupo do Professor X e juntam-se a Magneto, fortificam-se algumas relações e há o sacrifício heróico de um personagem.

 

Realizador: Bryan Singer

Argumentistas: Zak Penn, David Hayter, Dan Harris, Michael Dougherty

Elenco: Patrick Stewart, Hugh Jackman, Ian McKellen, Famke Janssen, Halle Berry, James Marsden, Anna Paquin, Rebecca Romijn, Brian Cox, Alan Cumming, Bruce Davison

 

Orçamento – 110 milhões de Dólares

Receitas – 214 (USA), 407 (mundiais)

 

Trailer

 

“Melhor Filme de Ficção Científica”, Academia de Filmes de Ficção Científica, Fantasia e Terror 2004. Singer esteve nomeado para “Melhor Realizador” mas perdeu para Peter Jackson em “The Lord of the Rings: The Return of the King”.

“Melhor Música”, nos prémios BMI 2004.

X-Men 2 - Wolverine, Rogue, Iceman e Pyro

A cadeira do Professor X usada no primeiro filme tinha sido vendida em leilão. O comprador foi o advogado de Patrick Stewart (que interpreta o personagem). Sabendo da necessidade da cadeira, o advogado alugou-a a “bom” preço.

O guião final só surgiu após 27 reescritas.

Devido ao facto de Halle Berry ter ganho um Oscar em 2002 (por “Monster`s Ball”) o guião teve de fazer algumas alterações para lhe dar mais “tempo de antena”.

O argumento inspira-se no comic “God Loves, Man Kills”. A principal diferença é que o cientista do filme é um fanático líder religioso na bd.

Neil Patrick Harris concorreu a ser Nightcrawler, mas Alan Cumming ganhou pois falava fluentemente alemão.

Cumming submetia-se a uma caracterização de 10 horas.

O processo de caracterização de Rebecca Romijn demorava 5 horas.

A luta entre Wolverine e Yuriko durou três semanas de filmagem.

Hugh Jackman recorda um momento divertido nas filmagens – na cena (flashback) em que ele foge das instalações, vai nu; ao dobrar um canto, encontra imensas mulheres (do elenco, da equipa técnica, amigas e familiares de todos) todos em euforia e cheering up.

Entrou no Guiness Book como a mais massiva estreia – 3.741 salas.

A Sala Oval da Casa Branca seria depois usada na série televisiva “Stargate”.

A escola do Professor X é usada na série televisiva “Smallville” como a casa de Lex Luthor.

Com o objectivo de manter segredo sobre o fim do filme, a novelização (que saiu algum tempo antes) tinha um final diferente.

Singer e Newton Thomas Sigel (o seu habitual Director de Fotografia) indicam “The Empire Strikes Back” e “Road to Perdition” como influências.

 

Cameos:

Michael Dougherty e Dan Harris (dois dos argumentistas) aparecem como cirurgiões, na cena, em flashback, sobre as acções clandestinas na instalação.

Bryan Singer é um segurança na cena em que o Professor X e Cyclops visitam Magneto.

 

 

 X-Men 3 - Poster 1

X-Men: The Last Stand – O Confronto Final (2006)

 

E eis o terceiro e último filme desta fase da saga.

E bem rocambolesco foi, na sua produção.

E os resultados são…

 

É descoberta uma forma de curar os mutantes e transformá-los em seres normais. Tal irá ser a chama suficiente para o conflito final entre os mutantes do Professor X e os de Magneto.

 

… muito satisfatórios, tendo em conta a enorme trapalhada que foi a produção (pré, durante e pós).

Há grande festival de acção (a confrontação final) e de efeitos visuais (a cena na ponte de San Francisco), mas o argumento esforça-se com méritos para dar o devido desfecho à trilogia.

Temos drama (uma personagem que morreu no filme anterior regressa, mas dividida entre o Bem e o Mal), tragédia (antes do meio do filme, já dois personagens relevantes morreram), surpresas (o destino dado a uma relevante mutante) e muito conflito.

Entram em cena mutantes novos e continua-se a dar relevo às personagens.

Devido à curta duração do filme, fica a sensação que se desenvolveu a narrativa de forma demasiado rápida, pois alguns momentos e algumas questões precisavam de mais tempo.

Contudo é um final correcto para a trilogia e um espectacular entretenimento.

Atenção ao final e à cena pós-genérico final – yup, há supresa(s).

X-Men 3 - Wolverine e Beast

Mutantes em cena – Professor X, Magneto, Wolverine, Cyclops, Rogue, Jean Grey, Storm, Iceman, Pyro e Mystique.

Novos – Beast, Shadowcat, Angel, Juggernaut e Kitty Pryde.

O desfecho traz muito dramatismo. Muitos são os personagens que morrem. Wolverine assume um papel mais protagonista e de líder, tendo de tomar uma decisão definitiva e trágica sobre uma personagem. Findo o conflito, muita coisa muda no mundo dos mutantes.

 

Realizador: Brett Ratner

Argumentistas: Simon Kinberg, Zak Penn

Elenco: Patrick Stewart, Hugh Jackman, Ian McKellen, Famke Janssen, Halle Berry, Anna Paquin, Kelsey Grammer, James Marsden, Rebecca Romijn, Vinnie Jones, Ellen Page, Ben Foster, Bill Duke, Josef Sommer

 

Orçamento – 210 milhões de Dólares

Receitas – 234 (USA); 459 (mundiais)

 

Trailer

 

“Melhor Actriz Secundária” (Famke Janssen), pela Academia de Filmes de Ficção Científica, Fantasia e Terror 2007. Esteve nomeado para “Melhor Filme de Ficção Científica”, mas perdeu para “Children of Men”.

“Melhores Efeitos Visuais”, pela Sociedade de Críticos de Las Vegas 2006.

X-Men 3 - Magneto & army

No início, Singer, Harris e Dougherty queriam adaptar o comic “The Dark Phoenix Saga”. Visaria o regresso do personagem falecido no filme anterior, o conflito que tal cria nas duas facções de mutantes e um desfecho logico para a trilogia.

A Fox queria que este filme fosse mesmo o último da saga e fazer um fim. Mas depois mudou de ideia$. Ratner teve de remontar o filme e filmar cenas novas para deixar um final em aberto. Mas perante o relativo flop (financeiro e crítico) de “X-Men Origins: Wolverine” e perante o cancelamento de “X-Men Origins: Magneto” (que depois evoluiria para “X-Men: First Class”), o estúdio ainda tentou fazer um quarto filme que resolvesse tudo, narrativamente. Decidiu-se pelo reboot com “X-Men: First Class”, mas surgiram algumas incongruências face à trilogia inicial. O iminente “X-Men: Days of Future Past” vai resolver isso.

Singer tinha com contrato com a Fox para 3 filmes. Ele queria fazer este “X-Men 3”, mas surgiram conflitos entre as duas partes. A Warner aproveitou-se disto e seduziu-o para “Superman Returns”. Mas Singer ainda tentou negociar para ver se conseguia fazer os dois filmes.

Entretanto entra em cena Matthew Vaughn (“Stardust” – belíssima fantasia, altamente recomendável). Vaughn leva boas ideias, mas tem de sair de cena devido a problemas familiares. Por outro lado, Vaughn não se ajustou à deadline que o estúdio tinha delineado. Vaughn queria mais tempo para ter um argumento/filme tão bom como “X-Men 2”. Vaughn voltaria a ter um “sarilho” parecido com “007 – Casino Royale” (mas conseguiu impor Daniel Craig como James Bond). Vaughn mostraria a sua visão (excelente) para o universo X-Men com “X-Men; First Class”.

Com a saída de Singer, Jackman recomendou Darren Aronofsky (com quem já tinha trabalhado em “The Fountain”). Pensados também foram Joss Whedon (recusou pois estava a trabalhar em “Wonder Woman”), Rob Bowman (“The X-Files”), Alex Proyas (“The Crow”), Peter Berg (“Battleship”) e Zack Snyder (“300”).

Singer lamentaria mais tarde não ter realizado este filme em prol de “Superman Returns”. Curiosamente, Ratner estava pensado para realizar esse filme.

Philippe Rousselot (excelente Director de Fotografia – “Constantine”) veio com Vaughn e permaneceu com Ratner. Mas ao fim de uns dias Rousselot deu conta que o seu trabalho era um erro e saiu de cena. Dante Spinotti (outro excelente Director de Fotografia – “Manhunter”) foi escolhido, até porque já tinha trabalhado com Ratner. Mas uns dias antes do final das filmagens teve de sair, devido a um compromisso com outro filme. Foi substituído por J. Michael Muro.

X-Men 3 - Beast, Storm, Wolverine, Professor Xr

Famke Janssen estudou a acompanhou pessoas com perturbações de personalidade ou personalidade dupla.

O filme permite que todos os X-Men surgidos na bd em 1963 estejam em cena – Professor X, Cyclops, Phoenix, Storm, Rogue, Beast, Iceman, Angel, Beast, Angel.

Cyclops tem uma participação de pouco mais que 4 minutos. Ao contrário do comic onde o filme se inspira, onde ele é praticamente protagonista. James Marsden (o seu interprete) estava nas filmagens de “Superman Returns”

Ratner escolheu Ellen Page depois de a ver em “Hard Candy”. Apesar do seu inicial Não, o realizador insistiu e conseguiu convencê-la.

Muitos dos actores fizeram as suas próprias stunts.

No guião, o conflito na ponte Golden Gate seria a meio do filme. Mas Ratner achou que tal teria uma melhor efeito se ocorresse no final.

Berry não queria regressar à saga, devido a conflitos com Singer nos filmes anteriores. Mas ao saber da saída de Singer, e devido o flop (injusto diga-se) de “Catwoman” (um filme tão injustamente odiado, a merece redescoberta e reconsideração – é huge campy kitsch fun), Berry mudou de ideias, mas com a condição que o seu personagem teria mais relevo e tempo.

X-Men - Storm

Segundo John Bruno, supervisor dos FX, cerca de 35 milhões de Dólares foram gastos na cena da Golden Gate. Chegou-se a criar, à escala real, uma parte da ponte.

Teve a melhor receita para uma estreia no Memorial Day, sendo só superado por “Pirates of the Caribbean: The World`s End”.

John Powell foi convidado para fazer a banda sonora, pois Ratner gostou muito do seu trabalho em “The Bourne Identity”.

As cenas finais a envolver o Professor X e Magneto não estavam no guião. Nem os actores sabiam se iam constar na montagem final ou não, dado o secretismo em que foram filmadas.

 

Cameos:

Stan Lee e Chris Claremont (criador de “X-Men” e um dos mas prolíferos argumentistas da bd, respectivamente): os vizinhos de Jean Grey.

R. Lee Ermey: o Sargento que dirige as operação em Alcatraz.

 

X-Men - Magneto

Apesar do seus desequilíbrios entre os três filmes, a saga “X-Men” faz excelente figura entre as boas sagas cinematográficas a partir de banda desenhada e com super-heróis.

Muito dignifica a bd em que se inspira, agradou aos fãs e conseguiu ter um título (o segundo) entre os mais relevantes filmes-bd de sempre.

 

A saga está à venda no nosso país e anda a bom preço (os DVD). Infelizmente, as edições são de apenas um disco (as em DVD), totalmente isentas de extras.

Recomendo um pack (em DVD), de edição inglesa, com os 3 filmes, composta por 6 discos (2 por filme), havendo assim o acesso aos bons extras que se produziram para cada um dos filmes. Essa edição anda a bom preço.

No nosso país essa edição chegou a estar à venda, e a bom preço, mas hoje é praticamente impossível encontrá-la.

Existe ainda um pack (em Blu-Ray) com os 3 filmes desta trilogia, os 2 dedicados a Wolverine e o título que iniciou a nova trilogia.

 

Todos o mutantes do universo X-Men

http://www.totalfilm.com/features/40-greatest-x-men-characters/spike

X-Men - The Group

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