The Battle of the River Plate – A Batalha do Rio da Prata (1956)

A Batalha do Rio da Prata

 

É também conhecido como “Pursuit of the Graf Spee”.

 

Da dupla Michael Powell e Emeric Pressburger vêm sempre grandes obras-primas (“The Red Shoes”, “A Matter of Life and Death”, “The Life and Death of Colonel Plimp”).

Eis mais um exemplo. Com os seus laivos de espectáculo bélico naval.

 

O filme ilustra um importante momento da luta dos ingleses contra os nazis, nos primeiros tempos da Segunda Guerra Mundial.

As principais rotas comerciais para com a Inglaterra estão minadas pela marinha nazi. O “Graf Spee” é o navio mais temido e com mais estragos causados. Mas no Rio da Prata, na América do Sul, o caçador vira caça, perante a perseguição de três navios ingleses.

 

O filme não se limita a ser uma (mera) ilustração de uma batalha naval (ela dura cerca de 20 minutos, mal se chega a meio da metragem e com resultados muito interessantes em matéria de espectáculo e realismo, tendo em conta os padrões da época).

Powell e Pressburger mostram todo aquele evento como um jogo de xadrez, evidenciando todo o jogo táctico dos oficiais navais envolvidos.

Mas também se mostra toda a postura digna e cavalheiresca dos comandantes envolvidos (de um lado e de outro).

O aftermath da batalha demonstra o poder humano do filme (e daquele momento histórico). Não serve para um brutal ajuste de contas entre “vencedores” e “vencidos”, mas sim para uma “parada” de honra.

A Batalha do Rio da Prata - 1

Cinema também é isto – a grandeza humana a sobrepor-se ao espectáculo pirotécnico.

(Cinema também tem o seu lugar para “desfile” de pirotecnia, mas isso é outra conversa, para outros filmes)

 

Um belo filme.

 

O filme tem edição portuguesa e já anda a preço “afundado”.

 

Nomeado para “Melhor Filme Britânico” (perdeu para “Reach for the Sky”, de Lewis Gilbert, com Kenneth More, sobre um piloto da Segunda Guerra Mundial, que se afirmou em combate, apesar da ausência das duas pernas), “Melhor Argumento Britânico” (perdeu para “The Man Who Never Was”, de Ronald Neame, com Clifton Webb, uma deliciosa comédia sobre os mistérios de um espião) e para “Melhor Filme” (perdeu para “Gervaise”, de René Clement), nos BAFTA 1957.

A Batalha do Rio da Prata - 2

As filmagens arrancaram a 13 de Dezembro de 1955. O dia em que se celebravam os 16 anos da batalha.

Foram usados verdadeiros navios de guerra britânicos. Muita da acção foi filmada neles.

A versão original inglesa omite o final do Capitão nazi Hans Langsdorff (suicida-se algum tempo depois, em Buenos Aires, com receio de uma retaliação de Hitler, ao regressar à Alemanha, perante o seu “fracasso”). A versão alemã explica tal, no final do filme, com voz off.

Michael Powell inspirou-se em “In Which We Serve” (1942, de Noel Coward e David Lean), do qual era grande fã.

Foi o maior sucesso de bilheteira da dupla Powell-Pressburger.

Powell escreveria um livro chamado “The Last Voyage of the Graf Spee”, onde conta a história da batalha, mas num tom adaptado a crianças.

Primeiro filme de Donald Moffat.

Filmado em VistaVision.

 

Trailer – http://www.dailymotion.com/video/xqrzp3_the-battle-of-the-river-plate_shortfilms

 

Filme – http://www.youtube.com/watch?v=a04C5-znaYY

 

Sobre a batalha

 

História da batalha

http://militaryhistory.about.com/od/worldwari1/p/riverplate.htm

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