“Banlieue 13” foi um sucesso e até gerou um pequeno culto.
Sem surpresa, eis a sequela.
Passaram 10 anos e muitas foram as vontades governativas em mudar as coisas no Bairro 13. Mas nada mudou.
O governo tem um plano para resolver os problemas no Bairro 13 – demolir toda a zona e construir um bairro novo.
Mas a empresa contratada para tal parecer estar a usar uns meios muito misteriosos.
Leito é o primeiro a desconfiar, devido às súbitas aparições de um grupo no bairro e na consequente morte de agentes de polícia.
Damien também começa a investigar estes eventos e é incriminado.
Leito corre em auxílio de Damien e ambos voltam a juntar esforços. Mais do que salvar o Bairro 13, há que destruir a conspiração que paira sobre ele. E os elementos do bairro revelam-se bem mais limpos e heróicos que as autoridades e os políticos.
Como boa sequela, mais do mesmo.
Mais duração, mais acção, acção mais longa e com upgrade (há perseguições automobilísticas), mais personagens (atenção a uma menina asiática e às suas capacidades com o cabelo), mais complicações (uma tenebrosa conspiração entre autoridades e políticos) e até uma resolução politicamente incorrecta (uma invasão ao Eliseu).
Tal como no filme anterior, para além de estonteante acção, há também bom humor (a forma como Raffaelli despacha os inimigos com um quadro, sem o partir).
Não traz a frescura do original, mas é bem dinâmico e espectacular, revelando-se uma sequela de muito bom nível.
Recomendável.
“Banlieue 13: Ultimatum” tem edição portuguesa e anda a bom preço.
A edição é fraca de extras. Para tais conteúdos, recomendo outras edições europeias (nomeadamente a inglesa ou a francesa). Os preços andam bons.
Realizador: Patrick Alessandrin
Argumentista: Luc Besson
Elenco: Cyril Raffaelli, David Belle
Site – http://www.b13ultimatum-lefilm.com/
Trailer
Belle em parkour action
Raffaelli em acção, com um quadro
Episódios de filmagens
http://www.youtube.com/results?search_query=banlieue+13+ultimatum+tournage
Ao contrário do que aconteceu no filme anterior, David Belle não ensaiou muitas das cenas de parkour. Muitas foram executadas de improviso e pela primeira vez mal se gritava “action”.
Passado em Paris, mas muitos exteriores foram filmados na Sérvia (a atmosfera suja, de bairro, e com marcas de conflitos armados, serviram na perfeição para o lado visual do filme).
14 semanas de filmagens.
A distribuição do filme envolveu uma acesa controvérsia entre Luc Besson e a cadeia de distribuição UGC. Besson queixou-se que a empresa não distribuiu o filme em salas de cinema na periferia e em bairros mais pobres de Paris.
Muitos dos extras do filme são habitantes de diversos bairros de Paris.
[…] Luc Besson escreve e produz o remake Hollywood de um dos seus títulos de sucesso – “Banlieue 13” (já aqui visto, tal como a sequela). […]