Título original – Brick Mansions
Luc Besson escreve e produz o remake Hollywood de um dos seus títulos de sucesso – “Banlieue 13” (já aqui visto, tal como a sequela).
O filme é, também, o último inteiramente filmado pelo malogrado Paul Walker.
Detroit, 2018.
A cidade está falida, o crime cresce e o bairro de Brick Mansions fica fora de controlo. A protecção à cidade passa por um imenso muro.
Mas o Presidente da Câmara tem um plano para se livrar de Brick Mansions.
Para tal convoca o serviço de Damien, um determinado polícia, com contas a ajustar com o crime baron do bairro. A ajudá-lo está Lino, um habitante do bairro, descrente nas autoridades e governantes.
Juntos vão tentar localizar uma bomba que está nas mãos do gang que governa o bairro.
Mas há qualquer coisa que está mal contada.
Muito entretido actioner, simples, directo, despretensioso, rápido e brainless, que assenta em cenas de acção bem coreografadas, que visam mais a destreza física dos protagonistas que o recurso a efeitos especiais.
Besson recicla o seu material de origem, conseguindo juntar num só argumento os dois que tinha delineado para “Banlieue 13” e “Banlieue 13 – Ultimatum”. Adapta-o a Hollywood (motivações familiares no protagonista, vilão com boas intenções), a Paul Walker (há perseguições com carros – num Ford Mustang) e até faz umas adendas (a ajudante-amante do vilão, mais relevo à namorada do anti-herói).
Na comparação com “Banlieue 13” “Brick Mansions” sai a perder. É certo que o argumento nada traz de novo (mas elogia-se a iniciativa de Besson em unir os dois argumentos dos filmes originais), mas o deslize está mesmo na realização.
Pierre Morel realizou o original. O seu estilo é moderno, rápido e dinâmico, mas nunca atabalhoado (os seus méritos confirmaram-se em “Taken” e “From Paris With Love”).
Camille Delamarre (homem já conhecido de Besson – editou “Taken 2”, “Lockout” e “Transporter 3” – e que se já faz parte da sua lista de confiança – vai realizar “Transporter 4”) segue a moda moderna de algum cinema de acção (e algumas produções de Besson são paradigmáticas) de julgar que ritmo é montagem rápida, deixando o espectador perdido sobre o que está a acontecer a quem.
“Brick Mansions” entretém.
Recomendável.
“Brick Mansions” já está nas salas portuguesas.
Realizador: Camille Delamarre
Argumentista: Luc Besson, segundo um argumento original dele
Elenco: Paul Walker, David Belle, RZA, Gouchy Boy, Catalina Denis, Ayisha Issa
Orçamento – 28 milhões de Dólares
Bilheteira – 20 milhões de Dólares (USA); 68 (mundial)
Site – http://brickmansions.tumblr.com/
Este é o último filme em que Paul Walker completou as filmagens. A seguir ele faria “Fast & Furious 7”, mas não o completou (faleceu a meio das filmagens, tendo de se ter de recorrer a stand-ins e a efeitos digitais para o “substituir”).
Remake de uma produção de Luc Besson, que atingiu algum culto – “Banlieue 13” (que chegou a ter sequela).
Besson produz e assina o argumento. A realização cabe a um dos seus protegées, Camille Delamarre (editor de “Taken 2”, “Lockout”, “Colombiana”, “Transporter 3” e futuro realizador de “Transporter 4”).
Tal como o original, o argumento vem assinado por Luc Besson.
David Belle era o protagonista do filme original.
Belle é um dos fundadores da modalidade desportiva denominada de Parkour. Original e remake fazem uso desse desporto nas cenas de acção.
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