A Fronteira do Amanhecer

La Frontiére de l_Aube - Poster

Graças à ternura de uma sugestão cinéfila, há dias descobri este (muito) interessante filme, cuja visão igualmente recomendo.

Crónica fria sobre a dificuldade na comunicação de sentimentos, o “calor” do filme acaba por ser na sua visualização (ou não fosse o protagonista um fotografo, capaz de captar a beleza feminina nas suas imagens, submetendo-se ao fascínio causado pelas suas modelos).

A belíssima fotografia a preto-e-branco capta (muito) bem toda a desolação dessa incapacidade de diálogo sentimental, mas não se inibe do poder de sedução (veja-se a forma como a esbelta Laura Smet – é ela essa fascinante “La Demoiselle d’Honneur”, de Chabrol – é iluminada e filmada, como se fosse um anjo ou um fantasma).

Louis Garrel (filho do realizador do filme, Philipe Garrel) num registo muito capaz, como alguém que sente, mas não demonstra.

O tristemente belo final ilustra uma conclusão, sempre bela em Cinema, mas dolorosa na realidade – se o amor é um encontro de almas, e a forma humana impede a sintonia, então só a libertação da alma face ao corpo permite a reunião eterna.

Alex Aranda

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