Para além das secções competitivas, uma das coisas boas do Fantas é a retrospectiva.
Aproveitei para descobrir “Frostbitten”, título sueco de 2006 e que foi o grande vencedor do Fantas desse ano.
Estimulado pela forma como os suecos trataram o vampirismo em “Let The Right One In”, um dos melhores filmes (de terror e não só) dos últimos anos (e que teve direito a um excelente remake – “Let Me In”), aí vou eu cheio de expectativa.
Segunda Guerra Mundial, frente de combate do lado de Leste. Uma pequena patrulha alemã depara-se com uma isolada cabana e procura descanso. Mas descobre que a casa não está sem inquilino. O problema é que este é praticamente invisível, extremamente rápido e sedento de (muito) sangue.
Suécia, actualidade, uma pequena povoação. Ao hospital local chega um cadáver com marcas no pescoço. Uma jovem chega à residencial de estudantes. Uma festa de estudantes vai começar. Umas estranhas pílulas vermelhas vão deixar os foliões em êxtase sanguinário.
Anders Banke dirige com competência e empenho, conseguindo fazer um filme híbrido.
Na primeira metade, vai estabelecendo as peças, criando uma atmosfera inquieta sobre o que se passa (ou pode vir a acontecer) naquela povoação, à boa maneira de John Carpenter.
Mudança radical na segunda parte, onde apesar do estourar do terror e do “abrir a torneira” em termos de sangue, o filme ganha contornos de um humor terrorífico ao melhor nível dos bons tempos de John Landis.
No final, fica um grande divertimento e um filme original dentro do(s) género(s), que agradará aos fãs e até mesmo aos mais cépticos (toda a “violência” e “sangria” estão em doses discretas, adequadas e até divertidas, com alguns bons sustos que nunca caem no excesso).
Uma pequena pérola que se revelou uma grande descoberta, que aqui recomendo.
Trailer –
Alex Aranda