Título original – Predator
Predator é um dos maiores Monstros e Alienígenas do Cinema, sendo um dos favoritos, mais aclamados e fascinantes.
A sua primeira aparição no Cinema ajudou a consagrar Arnold Schwarzenegger e a revelar John McTiernan como um grande cineasta para o action cinema (faria depois o emblemático “Die Hard”).
Sucesso grande, estatuto de clássico e de culto.
Teve sequelas e spin-offs.
Este ano surge uma nova sequela.
Bom motivo para regressarmos à selva e localizarmos este original alien.
Uma equipa de comandos é enviada para uma missão de resgate numa selva sul-americana.
Tudo corre bem, mas no regresso o grupo começa a ser atacado.
O culpado é um alienígena, dotado de estranhas capacidades (e incrível armamento), que anda ali só pelo prazer da caça.
Os posters e trailers de “Predator” preveniam que “Nothing like it has ever been on earth before”, avisavam que “It came for the thrill of the hunt”, mas que “It picked the wrong man to hunt”.
“Predator” surge em 1987. Um ano depois de “Aliens”.
Ambos em plena euforia do actioner 80s e do Reaganism.
O filme de James Cameron metia Acção no campo da Ficção Científica e do Terror.
O filme de John McTiernan inverte o conceito – mete Ficção Científica e Terror no campo da Acção.
Toda a narrativa se insere num modelo clássico de actioner (militares de elite numa missão delicada de resgate e fuga).
O “problema” está na segunda metade da história. É que tudo “descamba” no mais profundo dos terrores, quando a commando unit é atacada, com os seus elementos a serem mortos um a um (de forma bem violenta e sangrenta). Terror, pois o inimigo é sagaz, invisível, paciente, bem dotado tecnologicamente e bem mortífero. Terror maior, pois ele só quer crânios humanos como troféus (precisando de arrancar toda a espinha do corpo humano, por vezes esfolando-os e deixando-os pendurados como que expostos num museu). Sci-Fi, agora no campo do Monster Movie, quando descobrimos que o caçador é um alienígena, de aspecto bem estranho.
A mix de géneros está magistralmente construída (saímos do actioner e entramos no sci-fi terror em segundos), o suspense é enorme (sentimos que algo de temível se move naquela selva e ainda nem os eventos começaram), há poder de choque (a visão dos cadáveres esfolados, os ataques, os esquartejamentos) e a adrenalina atinge picos (a confrontação final e o destino que paira sobre o protagonista).
“Predator” traz delírios (e isto não é um insulto ou um defeito, é um enorme elogio) de actioner e militarismo, sendo um festival de fogo e músculo.
- O encontro inicial entre os dois líderes é logo marcado pela competição musculada (perfeito, o plano que ilustra tal).
- Um musculado membro do grupo (e com a maior das armas) goza os camaradas por não mascarem do seu tabaco, pois ficariam uns “sexual tyronossaurs”.
- O geek do grupo procura fazer rir com as piadas da big pussy da sua namorada.
- Um dos elementos ameaça o elemento “invasor” que “I`ll bleed you, real quiet…”.
- Num momento do confronto alguém diz “I ain`t got time to bleed”.
- Os elementos do grupo estão em constante provocação e desafio (na tranquilidade e no confronto bélico).
Eis uma quintessência de Macho Movie – muito homem bem musculado, armas, atitude viril e heróica, mulheres quase ausentes, assustadas, aos gritos ou apenas em perigo à espera de serem salvas (“Predator” tem lá uma menina, mas quase nem damos por ela – aliás, dificilmente se encontra alguém que recorde que “Predator” tem lá uma menina ou que menina aparece no filme; as sequelas e os spin-offs já teriam mais cuidado nessa área).
Mesmo assim, o líder o grupo diz logo no início que “We`re a rescue team, not assassins” (Arnie, ao seu melhor, numa das sua melhores lines).
Ora veja-se este festival de testosterona:
Na época (e isso também aconteceu com “Aliens”) não se viu a ironia da parábola anti-militarista.
“Predator” pode ser visto como um “castigo” às operações (clandestinas ou legais) que os USA efectuavam em território alheio (o grupo de comandos é chamado para salvar uns políticos locais – sul-americanos – que dão jeito aos jogos militares americanos).
Todo o poder bélico (há um membro do grupo que tem uma old painless que dispara às centenas de balas em segundos e dezima tudo para onde aponta) e intenso treino não são suficientes perante tão implacável e primitivo inimigo, pelo que a confrontação final é um regresso ao primitivismo (o protagonista só pode contar com a sua destreza, o que a Natureza tem ao seu dispor e alguns artefactos militares que lhe sobraram).
Talvez por isto (e a passagem do tempo tem-lhe sido favorável nas várias leituras que se podem fazer) “Predator” tenha recebido a devida (re)valorização (tal como aconteceu com “Aliens”).
Mas não se pense em “Predator” (ou “Aliens”) como “filmes-mensagem”.
O tom é de puro entretenimento, numa perfeita combinação de géneros, que consegue deixar o espectador sempre irrequieto – seja pelo entusiasmo, seja pelo medo.
A cena do ataque ao campo terrorista é um modelo (ainda hoje) para uma set piece de action cinema. Impecável uso de efeitos pirotécnicos, stuntmen, practical effects, som, encenação e montagem.
Menção também ao shootout na selva, onde se destroem uns bons hectares de vegetação à força das balas – minuto e meio de destruição, explosões e dedos pesados nos gatilhos e um nunca acabar de balas, que ainda hoje não tem rival.
Eis o momento:
E tudo sem CGI, meninas e meninos.
Os efeitos visuais parecem simples (aos olhos de hoje), mas são tremendamente eficazes.
Os gore effects são breves mas têm impacto.
Impecável é o trabalho de montagem.
Excelente fotografia do grande Donald MacAlpine (“The Hard Way”, “Medicine Man”, “Mrs. Doubtfire”, “Romeo + Juliet”, “Moulin Rouge”), que ilustra bem a dimensão, cor, calor e textura da selva.
Quanto aos creature effects…
Já lá vou.
Alan Silvestri (“Back to the Future”) compõe uma fabulosa banda sonora, plena de ritmo, temor, espectáculo, suspense, acção, medo e superioridade. Ilustra todo o tom militarista, heróico, macho, selvagem, violento, mosterioso e terrorífico do filme. É um dos melhores trabalhos do compositor (a par com o feito para a trilogia de Robert Zemeckis) e um dos melhores scores do Cinema.
John McTiernan fazia aqui o seu segundo filme (dois anos antes tinha feito o curioso “Nomads”, com Pierce Brosnan e Lesley-Anne Down, onde tinha chamado a atenção nalguns festivais de cinema de terror e fantástico). Mostra ser um talento para o actioner e para o Cinema. Ritmo fluído, nunca lento ou parado, acção bem encenada e nunca atabalhadoada, mostrando sempre ao espectador o que se está a passar, onde, como e a quem. McTiernan faz-nos sentir a selva como densa e infindável, mas também claustrofóbica (este domíno do espaço seria crucial em obras futuras suas como “Die Hard” – todo num arranha-céus -, “The Hunt For Red October” – todo em dois submarinos -, “Die Hard With a Vengeance” – Nova Iorque e a forma como ela pode ser “apertada”). Cria uma atmosfera tensa, fazendo-nos sentir que há ali algo mais do que está a ser dito e que pode explodir a qualquer momento. Dá um tom selvagem, violento e primitivo. Não menos notável é a forma como gere a expectativa pela aparição e visualização total do Predator. Por outro lado, revela-se um excelente director de actores.
Magnífico trabalho de todo o elenco. Todos os actores ilustram carisma e dão personalidade aos seus personagens (cada vez que um é morto, sentimos sempre a dor da sua partida – algo raro em filmes assim, pois geralmente há regozijo ou indiferença perante tal). A química entre todos é sublime, o sincronismo é total, sentimos a dinâmica do grupo e a saudável rivalidade, e ficamos com vontade que se juntem/tivessem juntado para mais (fosse “Predator” feito hoje, a NetFlix já estaria a fazer uma série-prequela com aventuras desta Rescue Team).
Predator.
É ele o centro das atenções, a estrela do filme (não, não é o Arnie).
Predator é um prodígio de design. O grandioso Stan Winston (“The Terminator”, “Terminator 2”, “Aliens”, “Edward Scissorhands”, “Jurassic Park”) criou-o e tem aqui uma das suas obras máximas.
O Predator tem look nobre, guerreiro, medonho, temível, perigoso, inteligente, elegante e esbelto.
Depois, Predator é uma criatura com valores (ao contrário do seu “rival” Alien – andariam depois à porrada noutra saga, mas isso fica para mais tarde) – caça pelo prazer, escolhe zonas, eventos e alvos adequados, ataca um a um e nunca gente desarmada.
Por outro lado, Predator usa uma colecção de armamento e gadgets que fariam inveja a James Bond – fato que lhe dá invisibilidade, visão térmica, grava sons e imita vozes, kit de primeiros socorros, laser de ombro, duas garras que saltam no alinhamento do braço.
É certo que Dutch/Arnie mal o vê lhe dirige a imortal line “You`re one ugly motherfucker”.
O payoff está no momento em que Arnie é levantado (muitos centímetros) do chão pelo nosso caçador galáctico, o que origina o maior dos espantos e medos (uau, alguém era mesmo mais forte que Arnie).
Predator é ainda a única criatura que deu uma valente dose de porrada a Arnie, levantou-o do chão e quase o derrotou (ou seja, quase que lhe ficava com o crânio).
Predator está nas lista dos grandes monstros, criaturas e/ou alienígenas do Cinema. Com toda a justiça.
Stan Winston merece (muitos) elogios pelo seu (fabuloso) trabalho.
Mas Kevin Peter Hall também os merece. Hall interpreta Predator com uma graciosidade de movimentos quase balética, com algo de tribal e muito de guerreiro ancestral. E sendo ele enorme (mais de 2 metros), torna-o ainda mais temível.
Uma perfeita combinação de terror, ficção científica, monstros, alieníegenas, acção e machismo.
Uma montanha russa de adrenalina e sustos.
Um clássico absoluto do(s) género(s).
Um dos filmes máximos de John McTiernan e Arnold Schwarzenegger.
Uma das melhores criaturas do Cinema.
Absolutamente obrigatório.
“Predator” tem edição portuguesa e anda a bom preço. Várias edições europeias têm legendas em Português, estando também a bom preço.
Realizador: John McTiernan
Argumentistas: Jim Thomas, John Thomas
Elenco: Arnold Schwarzenegger, Carl Weathers, Elpidia Carrillo, Bill Duke, Jesse Ventura, Sonny Landham, Richard Chaves, Shane Black, R.G. Armstrong, Kevin Peter Hall
Trailers
Making of
O Main Theme
A Banda Sonora
O “Long Tall Sally” de Little Richard
Orçamento – 15 milhões de Dólares
Bilheteira – 59 milhões de Dólares (USA); 98 (mundial)
Nomeado para “Melhores Efeitos Visuais”, nos Oscars 1988. Perdeu para “Innerspace”.
“Melhor Música”, no Saturn 1988. Esteve nomeado para “Melhor Filme de Ficção Científica”, mas perdeu para “Robocop” (nesse ano a concorrência era forte – além destes dois, ainda havia “The Hidden”, “Innerspace”). Arnold Schwarzenegger tentou ser o “Melhor Actor”, mas perdeu para Jack Nicholson em “The Witches of Eastwick” (fazia de Diabo). O filme também concorreu a “Melhores Efeitos Visuais”, mas perdeu para “RoboCop”.
“Melhor Música”, nos BMI Film & TV 1988.
Nomeado para “Melhor Filme”, nos Hugo 1988. Perdeu para “The Princess Bride”.
“Melhores Efeitos Sonoros”, pela Motion Picture Sound Editors USA 1988.
Era o primeiro argumento dos irmãos Jim & John Thomas.
A ideia ocorreu-lhes numa conversa sobre Rocky Balboa e o rumo da saga – segundo os Thomas, a Rocky só lhe faltava enfrentar um alienígena.
“Alien Hunter”, “Hunter” e “The Predator” eram os títulos iniciais.
O argumento inicial visava apenas o combate entre Dutch e o Predator. Arnold Schwarzenegger queria fazer um filme sobre um grupo de homens de combate, pelo que o argumento sofreu alterações no sentido de ter um grupo de militares.
Chegou a haver a ideia de vários Predators, mas a ideia foi abandonada.
“Rambo: First Blood – Part II” (1985) e “Aliens” (1986) foram fortes influências em “Predator”.
Os argumentistas procuraram conselhos junto de elementos de Forças Especiais sobre como se infiltrarem numa selva.
David Peoples efectuou algumas revisões ao argumento.
Shane Black foi chamado para fazer mudanças no argumento. Tal não aconteceu, mas foi convidado para interpretar um personagem do grupo. Fala-se que Black deu a sua mão nalguns diálogos entre o grupo militar protagonista (na cena do helicóptero, é visível o seu touch – de forma rápida são definidos os personagens, as suas relações, atitudes e a forma como se provocam). O seu nome não surge no genérico incial, mas aparece no genérico final.
Black e Joel Silver (um dos produtores) já tinham trabalhado juntos em “Lethal Weapon” (1987) e Silver seria produtor de vários outros filmes de Black (“Lethal Weapon 2” em 1989, “The Last Boy Scout” em 1991, “Kiss Kiss Bang Bang” em 2005, “The Nice Guys” em 2016).
Geoff Murphy (“Freejack”, “Young Guns II”) chegou a estar designado como realizador.
John McTiernan foi chamado pois o seu trabalho no seu primeiro filme “Nomads” (1986) chamou a atenção dos produtores de “Predator”.
James Olson ia ser o General. Olson também interpretou um em “Commando” (1985), ao lado de Schwarzenegger. Recusou, pois não queria repetir-se. Recomendou R.G. Armstrong, de quem é amigo.
Jesse Ventura foi recomendado por Schwarzenegger. É o primeiro filme de Ventura. Ventura foi um Navy SEAL e um wrestler.
Richard Chaves é um veterano do Vietname.
Sven-Ole Thorsen (um dos líderes do campo de prisioneiros) foi convidado por Schwarzenegger, pois ambos eram amigos.
Sonny Landham foi chamado, mas o estúdio impôs um guarda-costas. Este não estava no set para proteger Landham, mas sim todos de Landham. Isto porque o actor tinha reputação de arranjar sempre sarilhos no set.
Carl Weathers foi sempre a primeira escolha como Dillon.
Reencontro entre Schwarzenegger e Bill Duke, depois de “Commando”. Nesse filme eram inimigos.
Reencontro entre Schwarzenegger e Silver, depois de “Commando”.
Schwarzenegger, Ventura e Thorsen reencontrar-se-iam em “The Running Man” (1987).
Jerry Goldsmith (autor do score de “Alien”) foi convidado para compor a música, mas teve de recusar pois estava ocupado.
Silver queria Michael Kamen a compor a música (já tinham trabalhado juntos em “Lethal Weapon”). Kamen estava ocupado com outro filme (“Adventures in Babysitting”) e teve de recusar. McTiernan recomendou Alan Silvestri, pois admirava o seu trabalho em “Back to the Future” (1985).
(excelente ideia, pois Silvestri compõe um score magnífico, ao nível da excelência de “Back to the Future”)
McTiernan obrigou o cast a fazer treino militar e a conviverem juntos durante semanas. Isso obrigava-os a serem credíveis como militares e como camaradas.
Jean-Claude Van Damme começou por interpretar o Predator. Mas Van Damme era mais pequeno que Schwarzenegger e por isso não criava ameaça a Arnie. Por outro lado lado, Van Damme fez birras, sentia-se mal no fato, queria exibir os seus dotes para artes marciais e até queria que o seu rosto fosse visível.
O Predator começou a ser criado por uma empresa de efeitos visuais, mas a muito baixo custo. Isto era do agrado do estúdio (queria poupar despesas), mas a criatura parecia-se com um misto de lagarto, pato e cão. McTiernan termina as fimagens principais, mas ainda falta a toda cena de luta final entre Dutch e o Predator. O cineasta filma um par de cenas com o actor (Van Damme) dentro do fato vermelho com o tal look bizarro, edita-as e manda-as para o estúdio, manisfestando o seu desagrado. O estúdio concorda e faz uma pausa nas filmagens. É disponibilizado mais dinheiro, exclusivo para a criatura. E procura-se quem saiba tomar (bem) conta do recado.
Stan Winston (já com curriculum visto em “The Terminator”, “Aliens” e “Harry and the Hendersons” – 1984, 1986 e 1987, respectivamente) é recomendado por Schwarzenegger (trabalharam juntos em “The Terminator”). Winston começa por fazer um novo desenho da criatura, junta uma equipa e cobra 1.5 milhões de Dólares pelo trabalho. Estas mudanças levaram a que a confrontação final fosse refilmada.
Kevin Peter Hall (bastante mais alto que Arnie – 2,20 metros) substituiu Van Damme e interpreta o Predator.
Hall já era conhecido de Winston (trabalharam juntos em “Harry and the Hendersons”) e cada um confiava tremendamento no outro.
Winston desenhou Predator (é mesmo um dos seus mais perfeitos trabalhos), mas o pormenor das mandíbulas deve-se a James Cameron (ambos já tinham trabalhado em “The Terminator” e “Aliens”).
As filmagens numa selva (do México) sujeitaram cast & crew a uma série de adversidades – sanguessugas, cobras, humidade e calor extremos. Schwarzenegger ainda teve de suportar imenso frio nas filmagens das cenas finais, feitas à noite, com o actor coberto de “lama” (era um gesso especial).
A rivalidade macho e viril era tal que todos os elementos do grupo reuniam-se manhã cedo e ao final da tarde para correr e treinar levantamento de pesos.
Schwarzenegger teve de perder alguns quilos, no sentido de conseguir ter a agilidade necessária para as cenas de acção.
Schwarzenegger e Ventura chegaram a competir ao medir quem tinha os maiores bíceps.
Black não queria usar os óculos. Mas McTiernan achava que com os ditos, o seu personagem ficava com ar de geek.
Black passava o seu tempo livre a escrever “The Last Boy Scout” (seria levado ao cinema em 1991, por Tony Scott, com Bruce Willis e Damon Wayans).
Na cena do genérico inicial, quando Schwarzenegger acende o charuto, tal é um efeito óptico, pois as regras de segurança não permitiam acender fogo num helicóptero.
A line do momento em que Dutch impala um inimigo e diz “stick around!” foi improvisada por Schwarzenegger.
Duke improvisou as cenas em que se barbeava.
Black inventou todas as anedotas que o seu personagem conta no filme.
No genérico final, Black é visto com um comic de “Sgt. Rock” (o #408 de Fevereiro de 1986). Na época, havia um projecto de adaptar o personagem ao Cinema. Black escrevia o argumento, Silver produzia, McTiernan realizava e Schwarzenegger protagonizava. O projecto nunca avançou.
A minigun usada por Ventura é habitualmente usada em helicópteros. A arma sofreu modificações para uso manual. O controlo era electrónico (um cabo passava pelas calças do actor).
O stuntman que dobra Schwarzenegger na queda ao rio partiu um joelho nessa stunt.
O sangue do Predator é um líquido resultante de uma mistura entre gelatina e o conteúdo de glow sticks.
O efeito da invisibilidade do Predator deve-se a um efeito óptico “simples” – filmava-se com o actor no fato vermelho, o vermelho era removido através de técnicas chroma key, sobrepunha-se à imagem um plano igual (mas sem o actor em fato vermelho).
A visão térmica do Predator foi filmada com câmaras térmicas.
Hall faz um cameo – é o piloto do helicóptero, na cena final. Foi a homenagem/agradecimento que McTiernan deu ao actor pela sua bravura como Predator (o calor do fato, as condições climatéricas, a sua entrada em cena à última da hora).
No filme nunca se mencionam os nomes completos dos personagens, mas segundo os argumentistas, os nomes são os seguintes: Major Alan “Dutch” Schaefer, Staff Sergeant George Dillon, Sergeant Mac Eliot, Sergeant Blain Cooper, Sergeant Billy Sole, Corporal Poncho Ramirez e Corporal Rick Hawkins.
Na novelização, o Predator é diferente da criatura vista no filme. Tem mesmo capacidades camaleónicas e até de se transformar em qualquer forma. Tem a arma de ombro e uma rede (que se verá em “Predator 2”). Não consegue imitar humanos, daí o seu fascínio por eles. Não os caça por desporto, mas por curiosidade científica. O dissecar dos humanos é devido a estudo.
Um trailer de “Predator” usa a música de “Aliens”.
“Predator” estreou como #1 no box-office.
Na época, “Predator” fez o segundo melhor fim-de-semana nas bilheteiras americanas, só superado por “Beverly Hills Cop II” (1987).
A line “Get to the chopper!” é a line favorita de Arnold Schwarzenegger de todos os seus filmes.
John McTiernan e Arnold Schwarzenegger reencontrar-se-iam em “Last Action Hero” (1993), que seria um (injusto) flop. O facto de parodiar todo o action cinema dos 80s (que McTiernan e Schwarzenegger até ajudaram a edificar) foi apontado como uma razão.
Joel Silver, Carl Weathers, Bill Duke e Sonny Landham reencontrar-se-iam em “Action Jackson” (1988), realizado pelo second unit director e stunt coordinator de “Predator”, Craig R. Baxley.
Donald MacAlpine e McTiernan reencontrar-se-iam em “Medicine Man” (1992). Filme que McTiernan procurou filmar na mesma selva onde filmou “Predator”, mas deu conta que esta já estava destruída.
Alan Silvestri regressaria à saga para compor um novo score em “Predator 2”.
Apesar do sucesso nas bilheteiras, a reacção da crítica foi algo fria. Com a passagem do tempo, o filme ganhou culto e muita crítica mudou de opinião.
Em 2001, o American Film Institute nomeou “Predator” para “100 Years… 100 Thrills”.
Em 2003, o American Film Institute nomeou Predator entre os “100 Years… 100 Heroes and Villains”.
Em 2007, C. Robert Cargill do Film.com considerou “Predator” como o sétimo melhor filme de 1987.
Em 20007, o Entertainment Weekly colocou “Predator” em #22 dos “Greatest Action Movies of All Time”.
A IGN considerou “Predator” como o #13 dos “Greatest Action Movies of All Time”.
Em 2008, a Empire colocou “Predator” como #336 nos “The 500 Greatest Movies of All Time”.
O filme originou jogos e action figures.
Originou duas sequelas, em ambientes diferentes:
- “Predator 2” (1990; já aqui visto), de Stephen Hopkins, com Danny Glover, Gary Busey, Ruben Blades, Maria Conchita Alonso e Bill Paxton. Passa-se em Los Angeles, em 1997. O Predator traz novas armas, tem novo look e o final reserva umas supresas.
- “Predators” (2010; já aqui visto), de Nimrod Antal, com Adrien Brody, Alice Braga, Laurence Fishburne, Topher Grace, Danny Trejo e Walton Goggins. Passa-se no planeta dos Predators e como o nome indica, são vários em cena. Faz boas adendas a este universo.
Eis os Trailers:
Predator 2
Predators
Gerou dois spin-offs:
- “Alien v Predator” (2004; já aqui visto), de Paul W.S. Anderson, com Sanaa Lathan, Raoul Bova, Ewan Bremner, Colin Salmon e Lance Henriksen. Devido a uma descoberta no final de “Predator 2”, é feito um cruzamento entre estas duas criaturas. A BD começou, o Cinema foi atrás. Desenvolve ideias interessantes paras os dois universos
- “Aliens v Predator: Requiem” (2007; já aqui visto), de Colin e Greg Strouse, com Reiko Aylesworth, Steven Pasquale, John Orti e Robert Joy. Volta a embater as duas criaturas, até surge um híbrido (denominado Predalien) e voltam-se a desenvolver alguns detalhes.
Eis os Trailers:
Alien vs Predator
Aliens vs Predator: Requiem
De vez em quando surge um rumor ou uma ideia para um “AvP 3”, mas nada avança.
Durante muito tempo falou-se em “Predator 4” ou “Predators 2”. Até mesmo num reboot ou remake do filme original.
Shane Black foi chamado para o projecto e logo esclareceu que seria uma continuidade aos filmes já feitos, pegando também nalgumas ideias abordadas na saga “AvP”. “The Predator” é o título (já aqui visto) e chega em Setembro de 2018. Black co-escreve (com o seu amigo de longa data, Fred Dekker – nome do culto nos 80s e 90s) e realiza. Boyd Holbrook, Olivia Munn, Thomas Jane, Jake Busey e Jacob Tremblay, protagonizam.
Eis os Trailers:
“Predator” nos Videogames:
“Predator” nos Comics:
https://www.darkhorse.com/Search/Browse/”predator”/PpwNwkt8
[…] em 1987 (o filme já aqui foi visto) e quase fez de Arnold Schwarzenegger um troféu de […]
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