Título original – AVP: Alien vs. Predator
São dois dos mais relevantes monstros do Cinema, sendo dos mais temíveis e admirados.
Diferem (e bem) no seu look, armas, atitudes e motivações (Alien é mais selvagem e só visa a destruição, Predator é mais astuto e tem ética).
Surgiram quase com 10 anos de diferença (Alien surge em 1979 e Predator em 1987). Cada um teve direito a saga – Alien teve três sequelas e duas prequelas; Predator viu há dias a chegada do seu quarto capítulo.
A ideia de um cruzamento entre as duas espécies dá-se num momento de “Predator 2” – um crânio de Alien é visível numa sala de troféus de numa nave dos Predators.
Tal foi o suficiente para por os fãs em delírio.
Os Comics já os tinham juntado. Só faltava o Cinema.
Aqui está o filme com esta “joint venture”.
Um grupo de cientistas parte para a Antárctica para saber mais sobre uma estrutura milenar descoberta.
Descobre-se que o lugar é uma arena de jogos entre duas espécies mortais, que se encontram em guerra há séculos.
Depois de vários anos em séries autónomas, da passagem pelos comics (onde ambos se confrontaram, mas também lutaram com outros relevantes heróis – Batman, Superman, Judge Dredd) e pelos videogames, Alien e Predator defrontam-se no grande ecran.
Um embate que já era aguardado há mais de 10 anos.
A saga “Alien” inicia-se em 1979.
“Alien” dizia que “In Space, no one can hear you scream”. Ridley Scott (realizador vindo da publicidade, apenas com uma obra cinematográfica no curriculum – o muito elogiado, premiado e belíssimo “The Duellists” -, mas a caminho desse culto cultíssimo que é “Blade Runner”) fazia justiça à frase publicitária e fazia uma combinação magistral entre a ficção científica mais rigorosa (eram óbvios alguns ecos de “2001” – uma tripulação à deriva pelo espaço, numa nave controlada por um computador apelidado de “Mãe”) com o horror mais puro (dentro desta nave, os sete tripulantes devem lutar pela sobrevivência contra uma criatura alienígena que se move pelas sombras de forma mortífera). Apoiado num excelente trabalho de fotografia (o monstro raramente é visto, e quando é, a hábil manipulação da luz só ajuda ao terror) e direcção artística (é enorme a sensação de claustrofobia) o filme renova o cinema de terror dentro da ficção científica, tornando-se um clássico e um grande sucesso nas bilheteiras.
Em 1986, surge a sequela “Aliens” e sabemos que “This time it`s war”. E assim foi. Cenário de guerra (ou guerrilha) que mais parecia um Vietnam espacial. Criaturas que surgem das sombras sem ninguém perceber de onde, inimigos às dúzias, a constatação que intenso treino militar e equipamento hi-tech nada podia contra um inimigo mais mortífero (parábola ao Vietnam ou crítica aos militarismos da Era Reagan?). James Cameron (vindo desse monumento de acção, terror sci-fi e tech-noir que é “The Terminator”) confirma-se como um novo talento e um renovador do cinema de acção, com regras e um estilo que se tornariam paradigmáticos (e muito imitados) ao longo das décadas seguintes (o cineasta tudo confirmou com “The Abyss”, “Terminator 2”, “True Lies”, o multi-premiado “Titanic” e o mega-revolucionário “Avatar”). Cameron pega na premissa do filme de Scott, mas junta-lhe um nível de espectáculo (é um assustador filme de acção em ambiente de ficção científica) e medo (conforme o título indica desta vez a confrontação é com alienígenas – muitos, incluindo a rainha que tem a capacidade de reprodução) não vistos no original. Para muitos (eu incluído) é o melhor filme de série. Paralelamente, o filme mexeu com a indústria – “Aliens” conseguiu com que, pela primeira vez na história de Hollywood, uma actriz recebesse uma nomeação aos Oscars por um trabalho num filme de ficção científica/terror/acção (brava Sigourney Weaver que faz de Ellen Ripley uma personagem para a História do Cinema).
O terceiro round, “Alien 3”, surge em 1992. Revelação de um jovem realizador, David Fincher (cineasta vindo da publicidade e videoclips, que se tornaria uma figura-chave do cinema moderno, com uma filmografia que é sempre acontecimento – “Seven”, “The Game”, “Fight Club”, “Panic Room”, “Zodiac”, “The Curious Case of Benjamin Button”, “Gone Girl”), que assina um título que ainda hoje divide crítica, público e fans da série. Regressando ao estilo do filme original (o cenário é uma nave – uma prisão – e o inimigo é só uma criatura), Fincher cria uma atmosfera monástica (fruto da sua genialidade visual) e quase digna da era medieval e dos tempos da Inquisição. A protagonista, Ripley, é vista como o elemento portador do mal (algo com duplo significado, pois para além de ser a única mulher num lugar povoado de homens – logo, símbolo da tentação – também transporta dentro de si o embrião de uma rainha). Final polémico, com Ripley a sacrificar-se e assim a pôr um fim a uma luta que parecia interminável. Sucesso crítico e público apenas na Europa, pelo que o estúdio pensou e repensou a possibilidade de se fazer uma nova sequela (acrescido do facto de que a protagonista estava morta, bem como a muito complicada rodagem e processo de pré-produção).
Ideias várias, guiões sucessivos (e vontade de ganhar muitos novos milhões) e luz verde para um “Alien: Resurrection”, em 1997. Dado que o terceiro episódio foi mais bem recebido na Europa, para esta ressurreição foi escolhido um realizador francês – Jean-Pierre Jeunet (realizador de culto; em parceria com Marc Caro assinou pérolas como “Delicatessen” e “La Cité des Enfants Perdus”; a solo com os belíssimos “Le Fabuleaux Destin d`Amélie Poulin” e “Un Long Dimanche à Fiançailles”). Se o terceiro episódio parecia um remake do primeiro, este quarto parecia um remake do segundo. Várias criaturas (criadas geneticamente) à solta numa nave à deriva pelo Espaço. Nas novidades temos uma Ripley clonada (mais forte e agressiva que nunca, com um divertido cinismo) e híbrida (tem DNA da criatura), personagens moralmente nada recomendáveis (a única criatura capaz de ganhar a simpatia do público era uma robot interpretada por Winona Ryder) e uma nova criatura híbrida que ganha a compaixão do espectador pois é a única personagem trágica de toda a história. Tudo aliado a um forte humor negro e um poderoso desenho de produção. Mais uma vez, os resultados nos EUA desiludem (embora a crítica tenha sido um pouco mais simpática) e excelentes resultados na Europa.
A série parecia ter parado. Mas surgiram rumores que Cameron e Scott iriam fazer novos episódios – Cameron ia fazer tábua rasa aos episódios 3 e 4 (os eventos eram um sonho de Ripley) e continuar a partir de “Aliens”; Scott ia fazer uma prequela e focar as origens da espécie (acabou por acontecer com “Prometheus” – bem conseguido e com uma ideia excelente – e “Alien: Covenant” – uma idiotice, que mais parece um best of mix dos quatro filmes -; há promessa para mais dois episódios).
Em 1987 inicia-se a saga “Predator”.
“Predator” previne que “Nothing like it has ever been on earth before”, avisava-se que “It came for the thrill of the hunt”, contudo “It picked the wrong man to hunt”.
“Predator” inverte o conceito de “Aliens” (visto no ano anterior) – sob a máscara de um filme de acção (um grupo de comandos de elite é chamado para uma missão de resgate, algures na América do Sul), junta-se a ficção científica (o grupo vê-se acossado por um extra-terrestre) e o horror (todos são eliminados um a um, sendo-lhes removido o crânio, para uso como troféus de caça), numa combinação impecável, que é uma fest de adrenalina, pólvora, músculo e atitude macho. Mais uma vez, todo o poder bélico e intenso treino não são suficientes contra um inimigo bem mais sagaz, pelo que a confrontação final é um regresso ao primitivismo. O filme recebe hoje uma reavaliação da crítica, sendo visto (à semelhança de “Aliens”) como mais uma reflexão sobre os excessos do militarismo da década de 80. Consolidação de uma vedeta – Arnold Schwarzenegger (que iniciava o estrelato em “The Terminator” e dava-lhe bom rumo com “Commando”); revelação de um notável realizador – John McTiernan, outro cineasta que, em conjunto com Cameron, iria renovar/revolucionar o cinema-espectáculo de Hollywood (desde o filme de acção – o fabuloso “Die Hard”, ainda a sua obra-prima e filme-matriz para tudo o que se fez no género desde então –, o thriller hi-tech – o fascinante “The Hunt for Red October” ainda é uma referência –, a auto-paródia ao género que edificou – o magnífico e incompreendido “The Last Action Hero” -, mas nunca deixando de procurar novas variantes – no muito curioso “Basic” tentou fazer cinema de acção sob a forma de “whodunit”).
“Predator 2” surge em 1990. Somos avisados que “He`s coming to town with a few days to kill”. Há novidades – novos personagens, novo tempo, novo local, novo Predator com novo arsenal. Se “Predator” metia terror, sci-fi e algo de survival movie no campo do actioner, “Predator 2” mete tudo isso no campo do policial urbano. Numa Los Angeles futurista, a polícia perde a guerra contra os traficantes de droga. Mas sangrentos massacres no seio dos vilões ajudam a polícia nessa luta. O ajudante é mais um membro desta raça de caçadores do espaço (o filme ilustra um Predator mais jovem e rebelde que o do filme anterior). Talvez por causa da incoerência da história (para quê matar a criatura que só está a ajudar os polícias? os polícias que morrem é devido à confrontação com os traficantes ou porque são hostis ao Predator; já para não falar que é ele o responsável pelos momentos mais espectaculares do filme), a ausência de Schwarzie (apesar de tudo, Danny Glover sai-se bem como action cop), ou a saída de McTiernan (substituído pelo eficaz Stephen Hopkins – realizador vindo dos videoclips, capaz de rotineiros actioners como “Blown Away”, mas também bom suspense urbano com o trepidante ”Judgement Night”), o filme não resultou nas bilheteiras (contudo o mercado doméstico foi-lhe simpático e com a passagem do tempo ganhou culto entre os fãs de Predator). Para a pequena história de Hollywood está um breve plano, que foi suficiente para os mais atentos (ou com auxílio da tecla “pause” no comando do leitor de vídeo) descobrissem algo – no interior da nave alienígena é visto uma parede com uma série de troféus/crânios, entre os quais se destaca um da criatura vista na saga… “Alien”. Foi logo o suficiente para pôr muita gente a falar que isto era o indício de juntar as duas séries. Mas os responsáveis sempre negaram – tal imagem funcionava como auto-referência (o estúdio produtor era o mesmo – a 20th Century Fox) e como uma brincadeira.
Mas se Hollywood não queria aproveitar tal potencial, havia mais expressões artísticas onde imperam a imaginação. A banda desenhada é uma delas. A Dark Horse comprou os direitos e criou uma série de títulos, tanto autónomos para cada uma das criaturas, como a série “Alien vs. Predator”. Outra indústria que pegou no tema, foi a dos videogames. Tudo com enorme sucesso.
Então porque Hollywood não pegou no fenómeno?
“Concluídas” ambas as séries (devidos aos resultados nas bilheteiras causados pelos últimos episódios de cada – mas depois, como se viu, surgiram novos episódios), Hollywood acredita que a junção de ambas pode dar certo. Boatos diversos de fontes (mal) informadas indicam James Cameron como responsável (depois de ser ver “Alien vs. Predator”, não é preciso uma imaginação infinita para se visualizar o que Cameron faria com este material).
Mas o escolhido é Paul W.S. Anderson, um realizador capaz, que já se tinha revelado um especialista em adaptações cinematográficas de videogames (“Mortal Kombat”, “Resident Evil”).
“Avp” procura seguir o tom de “Alien” e “Predator” – estabelecer o cenário e eventos, colocar os personagens em campo e atrasar ao máximo a aparição das criaturas (embora deixando a constante sensação de que algo medonho anda por ali).
Tal funciona (a missão e a ideia dela são credíveis), os ambientes estão bem elaborados (um obrigado à fotografia e cenografia).
É certo que dado o título do filme, queremos é ver as duas criaturas em confronto (“AvP2” iria directo ao assunto de forma mais rápida), mas todo o suspense em crescendo funciona muito bem (atenção ao momento do despertar da Alien Queen).
Quando Alien e Predator começam à porrada, o filme atinge o seu objectivo. E cumpre-o.
As sequências em que se embatem os protagonistas estão muito boas (ajudam uns sólidos creature effects – de Alec Giilis e Tom Woodruff Jr. – responsáveis por tais funções nos episódios 3 e 4 da saga “Alien”).
Só se lamenta um excesso de complacência com o público – o filme é algo soft no tom selvagem e violento que deveria ser herdado das sagas autónomas.
O filme traz novidades sobre os Predators (eles nunca cessam de nos surpreender):
- eles também se movem à vontade em cenários de neve e frio, contrariando assim a tendência dos dois filmes já feitos onde parecia que eles só se moviam em cenários quentes.
- a monotorização que eles fazem à Terra.
- a nave que eles usam para viajar no Espaço e as capsulas individuais para chegarem ao espaço terrestre.
- descobre-se que eles não atacam pessoas doentes, mas não toleram ataques cobardes.
Mas é (bem) reprovável a forma tosca como dois deles se deixam derrotar (Anderson deveria ser tão sagaz como os caçadores alienígenas).
Por outro lado, o filme faz uma variante muito interessante e que resulta muito bem – a aliança entre humana e Predator (“Predator 2” e “Predators” tinham esse potencial, mas desperdiçaram-no).
A menina revela atitude combativa, que recorda Ellen Ripley em “Aliens”.
Anderson dirige de forma escorreita, eficaz e a momentos elegante (a visualização dos decors; a aparição da pirâmide). Sabe dar espectáculo, mas evita a brutalidade que o filme exigia. Brinca com a ideia de videogame (a forma como a pirâmide muda de forma e obriga os “jogadores” a adaptarem-se para sobreviver) mas nunca abusa da estética de tal.
Bons trabalhos nas áreas de fotografia, cenografia, creature effects e efeitos visuais.
Bom score de Harald Kloser, devidamente tenso e trepidante.
Final aberto a sequela (se bem que o que leva a tal momento volta a ser demonstrativo da gafe no argumento em mostrar os Predators como toscos face a certas armadilhas dos Aliens).
“Whoever wins… we lose” – assim avisavam os posters e trailers de “Alien vs. Predator”.
Narrativamente, assim é (para a Humanidade).
Cinematograficamente, é um pouco (para o cinéfilo).
É certo que o filme entretém bastante, mas sente-se que há ali um potencial não inteiramente explorado.
Mesmo assim, o filme é um convite irresistível para os nerds das criaturas.
Recomendável.
“Alien vs. Predator” tem edição portuguesa e anda a bom preço. Diversas edições europeias também estão muito acessíveis. Certifiquem-se que apanham o unrated cut e com disco de extras (muito bons e bem ilustrativos).
Realizador: Paul W.S. Anderson
Argumentista: Paul W.S. Anderson, Peter Briggs, a partir de personagens criados por Dan O’Bannon & Ronald Shusett (“Alien”) e Jim Thomas & John Thomas (“Predator”)
Elenco: Sanaa Lathan, Raoul Bova, Lance Henriksen, Ewen Bremner, Colin Salmon, Tommy Flanagan, Agathe de La Boulaye
Trailers
Orçamento – 60 milhões de Dólares
Bilheteira – 80 milhões de Dólares (USA); 172 (mundial)
“Melhor Música”, nos BMI Film & TV 2005.
“Melhor Actor Italiano a trabalhar no Estrangeiro” (Raoul Bova), nos Golden Graals 2005.
Nomeado para “Pior Sequela/Remake”, nos Razzie 2005. Perdeu para “Scooby-Doo 2: Monsters Unleashed”
Nomeado para “Pior Filme”, nos Fangoria Chainsaw 2005. Perdeu para “The Village”.
Quando a 20th Century Fox (o estúdio produtor de “Alien” e “Predator”) decidiu avançar com “Alien vs. Predator”, estava em desenvolvimento um “Alien 5”, que marcaria o regresso à saga de James Cameron (tinha realizado “Aliens”), Ridley Scott (tinha realizado “Alien”) e Sigourney Weaver (protagonista da saga). Scott ia realizar e Cameron ia produzir e escrever (seria uma continuação a “Aliens”). Perante o avanço de “AvP”, Cameron, Scott e Weaver abandonaram o projecto “Alien 5” (que nunca mais voltou a ter avanços) e juraram que nunca mais voltariam à saga “Alien” – ooooops a Scott, pois anda a tratar da saga-prequela (“Prometheus”, “Alien: Covenant” e com promessa de mais dois episódios).
O projecto andava na Fox desde há cerca de 10 anos. Só avançou quando Paul W.S. Anderson mostrou interesse.
Anderson chegou a ser considerado para “Alien: Resurrection” (1997).
Anderson desistiu da realização de “Resident Evil: Apocalipse” (2004; ficou apenas como argumentista e produtor) para fazer “AvP”.
David Twohy foi convidado para argumentista e realizador, mas teve de recusar por conflitos de agenda. Twohy chegou a trabalhar em vários argumentos para “Alien 3”.
Guillermo del Toro foi sondado, mas preferiu fazer “Hellboy” (2004).
A Fox sondou Roland Emmerich para realizador, tendo em conta o (enorme) sucesso de “Independence Day” (1996; também da Fox). Emmerich recusou.
Brett Leonard, Chuck Russell e Joe Johnston foram considerados como realizador.
No argumento inicial, iam aparecer cinco Predators. Na versão final aparecem apenas três.
Anderson inspirou-se nas teorias de Erich von Däniken sobre as pirâmides terem sido construídas segundo engenharia alienígena. Tais teorias também inspiraram “Stargate” (1994).
Arnold Schwarzenegger ofereceu-se para um cameo, se perdesse as eleições para Governador da Califórnia.
Lance Henriksen interpreta o criador de Bishop (o andróide de “Aliens”) – ambos são interpretados pelo actor. O mesmo personagem aparece no final de “Alien 3”.
Ian Whyte interpreta todos os Predators. Kevin Peter Hall, o Predator original, faleceu em 1991.
Jerry Goldsmith e Alan Silvestri (respectivamente, autores dos scores de “Alien” e “Predator”) iam fazer um score em conjunto (seria fantástico, de facto). Mas Goldsmith estava a fazer um tratamento ao cancro e não estava disponível.
O filme foi filmado em Praga, para redução de custos. Segundo Anderson, o custo dos sets em Hollywood custariam 20 milhões de Dólares; os de Praga custaram 2 milhões de Dólares.
O filme ocupou dois meses e meio de filmagens e quatro de pós-produção. Eram tempos muito curtos, tendo em conta que é uma grande produção de um grande estúdio.
Anderson procurou usar o mínimo de efeitos visuais digitais. Alien e Predator são sempre actores em fatos. Também houve recurso a puppeteering e animatronics. Efeitos CGI foram necessários para cenas mais perigosas e que exigiam movimentos muito elaborados, bem como para as caudas dos Aliens.
A Alien Queen revelou-se o animatronic mais complexo até então. Superou o T-Rex de “Jurassic Park” (1993).
Anderson volta a mexer em ambientes criados por Scott – “Avp” mexe com “Alien”; “Soldier” (1998) mexe com “Blade Runner” (têm o mesmo argumentista e abordam alguns aspectos narrativos comuns).
A pirâmide inspira-se nas construídas pelos Aztecas.
Um personagem chama-se Mark Verheiden. É uma referência a um dos bosses da Dark Horse Comics, a editora que começou com o conceito “Alien vs. Predator”. Na verdade, “AvP” começou primeiros nos comics e só depois teve a brincadeira/referência em “Predator 2” (1990).
As máscaras dos Predators inspiram-se nas dos vistos no final de “Predator 2”.
Num momento, alguém se refere a um Alien como “one ugly motherfucker” – referência a como Arnold Schwarzenegger e Danny Glover se referiam aos Predators que conheceram.
Aliens e Predators nunca são referidos como tal – os primeiros são designados como “things“, “creatures” e “serpents“; os segundos são chamados de “hunters” e “humanoids“.
Revelou-se um sucesso maior de que qualquer filme das sagas “Alien” e “Predator”.
Sigourney Weaver ficou decepcionada com a ideia de “AvP” e consta que por causa disso exigiu que a sua personagem Ellen Ripley (a eterna inimiga dos Aliens) morresse em “Alien 3” (nesta altura, já a Fox andava a planear “AvP”). Ridley Scott detestou o filme, mas James Cameron gostou e até o colocou como #3 na saga “Alien” (certamente depois de “Alien” e “Aliens”).
“Alien vs. Predator” teria uma sequela. É mais uma continuação directa, pois começa onde “AvP” termina. “Aliens vs. Predator: Requiem” surgiu em 2007, era realizado pelos Irmãos Strouse (Colin & Greg), com Reiko Aylesworth e Steven Pasquale. Teria um sucesso inferior a “AvP”, mas suficientemente compensador do ponto de vista financeiro.
“Alien” e “Predator” nos Videogames:
“Predator” nos Comics:
https://www.darkhorse.com/Search/Browse/”predator”/PpwNwkt8
“Alien” nos Comics:
https://digital.darkhorse.com/series/104/aliens
“Alien vs. Predator” nos Comics:
https://digital.darkhorse.com/series/105/aliens-vs-predator
[…] v Predator” (2004; já aqui visto), de Paul W.S. Anderson, com Sanaa Lathan, Raoul Bova, Ewan Bremner, Colin Salmon e Lance […]