Título original – Rebel Moon – Part Two: The Scargiver
Zack Snyder fez de “Rebel Moon” a sua “Star Wars” (até porque o conceito inicial era para ser um spin-off à saga criada por George Lucas).
O projecto visava duas partes.
No final de 2023 veio a Part 1 (já aqui vista).
E cá está a Part 2.
Kora e o seu exército de rebeldes preparam-se para a batalha final contra o império.
Finda a Part 1, que visava o recrutamento de meia-dúzia de magníficos, eis que na Part 2 chegamos ao que interessa – o conflito final entre os heróis e os camponeses contra o império opressor.
Porque tal parece pouco para as duas horas de duração, passa-se metade dela na exploração do convívio entre os mercenários e os habitantes da aldeia, explora-se algo do passado dos heróis, bem como algo mais sobre o passado de Kora.
E com tal consegue-se alguma emotividade, intimidade e desenvolvimento de personagens (algo que a Part 1 carecia).
Finda a “lamechice”, siga para aquilo que interesse e que justifica a Part 2 – o conflito final entre os mercenários e os camponeses contra o império opressor.
Tal origina tremenda action, elevada pirotecnia, ruidosos efeitos de som, muitos efeitos visuais, elevado body count e muita destruição.
Sim, tal como na Part 1, muito déjà vu face a “Seven Samurai” e “The Magnificent Seven”, bem como ecos de “Star Wars”.
Final com uma surpresa (para a protagonista), o que permite uma ponta narrativa solta, que poderá ser o anzol para a Part 3.
Elenco bem-comportado, a cumprir os mínimos necessários.
Sofia Boutella repete a boa façanha de action heroine que vinha da Part 1.
Zack Snyder mostra que se está a divertir, tanto na ilustração daquele mundo como na criação de bonitas imagens (seja on location, em estúdio e com recurso ao computador), usando e abusando da slow motion (mas a saber escolher bons momentos emotivos e estilizados para tal).
É o conceito clássico da Space Opera B (aqui com orçamento e meios A), a cumprir muito bem o dever de entretenimento simples, honesto, funcional e industrial, deixando boas possibilidades de exploração (narrativa e visual) de um novo mundo.
A haver uma Part 3, a ver se Snyder consegue que esta saga tenha uma personalidade (visual e narrativa) vincada face à concorrência (seja Sci-Fi ou não), o que é algo que estas Part 1 e Part 2 ainda não conseguiram.
“Rebel Moon – Part Two: The Scargiver” move-se em streaming, via Netflix.
Realizador: Zack Snyder
Argumentistas: Shay Hatten, Kurt Johnstad, Zack Snyder
Elenco: Sofia Boutella, Djimon Hounsou, Michiel Huisman, Bae Doona, Ray Fisher, Anthony Hopkins, Staz Nair, Fra Fee, Cleopatra Coleman
Site – https://www.netflix.com/pt/title/81624666
Trailers
Orçamento – 83 milhões de Dólares
Zack Snyder é grande fã da saga “Star Wars”. Chegou a planear um spin-off, que seria o conceito de “Rebel Moon”. Com a venda da Lucasfilm à Disney, o projecto ficou cancelado.
Perante tal, Snyder desenvolveu o conceito como um projecto autónomo.
Com o sucesso de “Army of the Dead” (2021), a Netflix deu luz verde ao projecto de Snyder.
O argumento é muito influenciado por “Seven Samurai” (1954, de Akira Kurosawa), que é o filme favorito de Zack Snyder.
Tal como na Part 1, Zack Snyder assina também a fotografia.
Zack Snyder já elaborou os Extended Cuts das Part 1 e Part 2 (cada um poderá passar as três horas de duração). Há promessa de distribuição (também via Netflix) no início do Verão.
Zack Snyder diz que tem uma ideia para uma Part 3 (e percebe-se qual é no final da Part 2), e que tem o projecto de levar a saga até à Part 6.
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