Título original – Annabelle Comes Home
A saga “Annabelle” deriva da de “The Conjuring” (a boneca maldita tinha uma pequena presença no primeiro capítulo).
Ganhou o seu próprio espaço e eis o terceiro (e último) capítulo.
Ed e Lorraine Warren conseguem capturar Annabelle (como se percebeu em “Annabelle”; “Annabelle 2” era sobre a criação da boneca) e levam-na para casa, no sentido de a deixarem encarcerada.
Mary Ellen é chamada para fazer de babysitter a Judy, a filha dos Warren, enquanto estes estão fora numa nova missão.
Daniela é uma amiga de ambas, mas que leva as coisas da demonologia para a brincadeira. Num “passeio” pela “prisão” dos Warren, ela solta Annabelle.
Uma longa noite de sustos espera as três meninas.
Entre “Annabelle 3” e “The Conjuring 3” (bom, será mais 2.5), este episódio faz mix das duas sagas, procurando ser o final da primeira e mais uma aventura dos Warren (a explicação de como enfrentaram e contiveram a boneca maldita).
O filme faz uma ligeira “batota”.
É menos à volta dos Warren e mais sobre a sua filha Judy (estarão os produtores já a pensar em “The Conjuring – The Next Generation”?) – a descoberta do seus poderes (semelhantes aos da mãe Lorraine), a sua marginalização na escola, a sua ânsia em ser uma menina “normal”.
Tudo resulta numa aventura infanto-juvenil, com crianças a enfrentar os sustos provocados por demónios à solta numa (grande) casa, onde por acaso tudo foi causado por uma menina adolescente inconsciente que julgava que a demonologia era uma brincadeira.
No meio do susto há espaço para algum drama – o de cada um das meninas, em áreas diferentes.
Se por um lado, nada de novo é mostrado na saga de Annabelle, são dados passos muito interessantes dentro da saga dos Warren (precisamente pela inclusão de Judy e deixá-la no centro dos eventos).
Gary Dauberman percebe de terror (assina o argumento dos dois capítulos de “It” – o Chapter 2 já chegou) e também da saga de Annabelle (escreveu todos os episódios da saga).
Sai-se bem na sua estreia como realizador, assegurando eficácia, bons sustos e tensão crescente (tudo atinge altos níveis nos últimos 15 minutos).
Boa prestação das três meninas.
É o menos creepy da saga, mas proporciona as devidas doses de susto e entretenimento, fazendo um final muito correcto à saga.
E assim continua em boa forma a fórmula de terror criada por James Wan (tanto como realizador como produtor).
Recomendável.
“Annabelle Comes Home” já andou pelas nossas salas. Prepara-se para chegar ao mercado doméstico.
Realizador: Gary Dauberman
Argumentistas: James Wan, Gary Dauberman
Elenco: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Mckenna Grace, Madison Iseman, Katie Sarife
Site – https://www.warnerbros.com/movies/annabelle-comes-home
Orçamento – 27 milhões de Dólares
Bilheteira – 74 milhões de Dólares (USA); 225 (mundial)
O filme passa-se depois de “Annabelle” (2014).
A verdadeira Annabelle está no Warrens’ Occult Museum, em Monroe, Connecticut. Tal como no filme, também está encerrada numa vitrine.
No episódio de “The Dating Game” que Judy está a ver, é vista uma boneca igual à verdadeira Annabelle.
O personagem Anthony Rios refere-se ao verdadeiro marido de Judy Warren, Tony Spera. Os dois só se conheceram em idade adulta, mas Gary Dauberman pediu à verdadeira Judy essa liberdade criativa.
O lobisomem em cena é um que os verdadeiros Warren enfrentaram.
McKenna Grace substitui Sterling Jerins como Judy Warren. Sterling era Judy nos dois episódios de “The Conjuring”.
É o primeiro filme onde aparecem os Warren, fora da saga “The Conjuring”.
O filme é dedicado a Lorraine Warren, falecida dois meses antes da estreia do filme.
Sobre Ed & Lorraine Warren:
https://www.warrens.net/warrens-biography/
https://allthatsinteresting.com/ed-and-lorraine-warren
https://www.grunge.com/151675/the-untold-truth-of-paranormal-investigator-lorraine-warren/
https://bookriot.com/2019/06/30/books-about-the-warrens/
https://the-line-up.com/ed-and-lorraine-warren-paranormal-cases