Título original – The Anderson Tapes
Sean Connery na sua fase pós-007, a mostrar que tinha talento e presença para qualquer género.
Duke Anderson, reputado ladrão, sai da prisão.
Mas não aguenta muito tempo até preparar um novo assalto.
A fasquia é elevada – todo um prédio de luxo.
Entretido e divertido heist movie, que começa por parecer ser uma crítica social (a análise do protagonista face ao mundo) mas que depois se limita a seguir as regras e pergaminhos do género.
Notável é a forma como o filme consegue antever um futuro já bem real – a permanente visão e audição sobre toda uma sociedade, através de uma tecnologia cada vez mais penetrante na vida alheia.
Sidney Lumet dá bom ritmo, mas o tom já está algo datado.
Boa prestação do elenco, mas os destaques vão para uma Dyan Cannon bem hot e um Martin Balsam hilariantemente gay. Sean Connery empresta o seu habitual carisma másculo e galante.
Quincy Jones compõe um score bem jazzy.
Entretém, mas há melhor no género.
Vê-se bem.
“The Anderson Tapes” tem edição portuguesa e anda a bom preço.
Realizador: Sidney Lumet
Argumentista: Frank Pierson, a partir do romance de Lawrence Sanders
Elenco: Sean Connery, Dyan Cannon, Martin Balsam, Ralph Meeker, Alan King, Christopher Walken, Val Avery, Dick Anthony Williams, Garrett Morris
Trailer e Clips
http://www.tcm.com/mediaroom/video/238252/Anderson-Tapes-The-Original-Trailer-.html
Orçamento – 3 milhões de Dólares
Bilheteira – 5 milhões de Dólares
Sean Connery Martin Balsam e Sidney Lumet reencontrar-se-iam em “Murder on the Orient Express” (1974).
Connery e Lumet já tinham trabalhado juntos em “The Hill” (1965) e voltariam a fazer parceria em “The Offence” (1973) e “Family Business” (1989).
Balsam e Lumet já se tinham encontrado em “12 Angry Men” (1957).
Primeiro filme de Christopher Walken.
Último filme de Margaret Hamilton.
O final original mostrava o protagonista a conseguir escapar às autoridades. A Columbia Pictures não gostou da ideia.
O filme aproveita a “moda” da vigilância electrónica suscitada no caso Watergate – “The Conversation” (1974, de Francis Ford Coppola, com Gene Hackman) e “The Parallax View” (1974, de Alan J. Pakula, com Warren Beatty) são outros títulos que abordaram tal tema.