Women in Cages (1971)

 

 

Assim continua a saga dos filmes-prisão com mulheres, produzidos pelo grande Roger Corman.

 

Carol Jeffries vai parar a uma prisão feminina, nas Filipinas.

Farta das condições sub-humanas e da exploração que lá vive, Carol reúne um par de colegas e procura a fuga.

A fórmula que deu sucesso em “The Big Doll House” continua a ser aplicada com total eficácia.

Violência, sexo, simplicidade na narrativa, mulheres bonitas e acção.

“Woman in Cages” até se pode ver como uma sequela a “The Big Doll House”, dada a presença de três das meninas desse filme. E tendo em conta como o “original” termina, até se pode admitir que algumas das protagonistas regressam para mais uma aventura numa outra prisão.

Mas pelas (muitas) semelhanças narrativas (o quotidiano na prisão, a guarda sádica, as torturas, os conflitos, a fuga), também se pode ver “Woman in Cages” como um remake de “The Big Doll House”, mas mais sério (sim, sente-se falta do humor satírico do filme de Jack Hill).

Não é o melhor do género (esse continua a ser “The Big Doll House”), mas cumpre inteiramente o seu objectivo – puro e (bem) voyerurista entretenimento.

Os meninos consolam os olhinhos.

As meninas divertem-se ao verem mulheres a desenrascaram-se (muito bem) em situações que habitualmente eram governadas por homens.

Grande parte do elenco é composto pelas meninas que se eternizaram neste (sub-)género.

As raparigas portam-se bem e de forma adequada ao tom do filme.

Como novidade, Pam Grier (uma das rainhas da blaxploitation) é vilã.

Gerry de Leon é um dos meninos bem activos da “Roger Corman Factory” e dirige com eficácia e em plena sintonia com os produtos da casa – rápido, directo, explícito, barato e sem preocupações artísticas ou estéticas.

O típico produto funcional de Roger Corman.

Uma boa adenda ao (sub-)género de women in prison movie.

 

“Women in Cages” não tem edição portuguesa. Existe uma edição americana, em tom de triple feature, que conta com mais dois filmes (também da Roger Corman factory, também sobre mulheres em prisões) – “The Big Doll House” e “The Big Bird Cage”. O preço já anda bem livre. Os três filmes estão impecavelmente remasterizados a nível de som e imagem.

Realizador: Gerry de Leon

Argumentistas: James H. Watkins, David Osterhout

Elenco: Judy Brown, Roberta Collins, Jennifer Gan, Pam Grier

 

Trailer

 

O argumento usa partes rejeitadas do argumento inicial de “The Big Doll House”, feito por James Gordon White, antes da alterações feitas por Jack Hill.

 

Filmado nas Filipinas.

 

Em “True Romance” (1994), Quentin Tarantino cria uma personagem de nome Alabama. É uma homenagem à personagem de Pam Grier em “Women in Cages”. Em “True Romance”, até surge um personagem que diz a Alabama que o seu nome soa a uma personagem de… Pam Grier.

 

Produção de Roger Corman.

É o filme que continua o filão do (sub-)género “Women in Prison Films”. Tinha começado com “The Big Doll House” (1970, de Jack Hill) e seguir-se-iam este “Women in Cages” (1971), “The Big Bird Cage” (1972, também de Jack Hill), “Caged Heat” (1974, de Jonathan Demme). Todos têm produção de Roger Corman.

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