Título original – Two-Minute Warning
Suspense thriller numa situação catastrófica – um sniper num jogo de football.
Los Angeles.
Um importante jogo de football vai decorrer no fim-de-semana.
Tudo seria normal, se não estivesse lá um sniper.
A Polícia procura abatê-lo e evitar o pânico.
Suspense em ambiente fechado com uma situação crítica (um sniper num ball game), ao que se combina o cinema-catástrofe (o pânico que se gera num local com dezenas de milhares de pessoas).
O mix resulta num título muito competente na criação de tensão, medo e pânico.
À boa maneira do cinema-catástrofe, conhecemos um conjunto variado de personagens, conhecemos os seus dramas e quotidianos, ganhamos estima poe eles.
O suspense está muito bem gerido (o filme dura cerca de duas horas e só nos últimos 20 minutos é que tudo explode), com o espectador a sentir todo o stress das autoridades, sabendo que tudo pode arrebentar a qualquer momento.
Bom trabalho do elenco.
Larry Peerce gere muito bem o ritmo e a tensão.
Um dos muitos bons títulos dos 70s, em matéria de “thriller+suspense+catástrofe”.
Muito recomendável.
“Two-Minute Warning” não tem edição portuguesa, mas existe noutros mercados, a bom preço.
Realizador: Larry Peerce
Argumentista: Edward Hume, a partir do romance de George LaFountaine
Elenco: Charlton Heston, John Cassavetes, Martin Balsam, Beau Bridges, Marilyn Hassett, David Janssen, Jack Klugman, Gena Rowlands, Walter Pidgeon, Brock Peters, Mitchell Ryan, Pamela Bellwood
Trailer
Bilheteira – 7 milhões de Dólares
Nomeado para “Melhor Montagem”, nos Oscars 1977. Perdeu para “Rocky”.
O filme foi considerado demasiado violento para os padrões televisivos.
A versão editada para Televisão obrigou à criação de cenas extra, onde se explicam as motivações do sniper – cobrir um roubo nas imediações. O Theatrical Cut não explica tal.
A edição televisiva conta com actores que não aparecem na edição para as salas de cinema – Rossano Brazzi, Joanna Pettet, Paul Shenar, James Olson, William Prince. Charlton Heston filmou três novas cenas e o seu cabelo mostra diferenças.
O cut televisivo ficou com 40 minutos novos. 30 deles referiam-se ao dito roubo.
Larry Peerce pediu para ficar com o seu nome fora do genérico da versão televisiva. Gene Palmer ficou creditado (não se sabe se é pseudónimo de Peerce ou se é mesmo o realizador das novas cenas). Francesca Turner foi a argumentista para as novas cenas.
O personagem de David Janssen tem destinos diferentes nos dois cuts.
A Universal gastou 500.000 Dólares nessas cenas.
Heston passou a ser o Presidente da National Rifle Association pouco tempo depois do filme.
Um ano depois, surgiria um outro filme (produzido pela rival da Universal, a Paramount) com uma temática semelhante – “Black Sunday” (inspirado pelo livro de Thomas Harris, o criador de Hannibal Lecter), de John Frankenheimer, com Robert Shaw e Marthe Keller. A final do Super Bowl é alvo de uma acção terrorista muçulmana.