Fallout (2024– )

 

 

“Fallout” é um popular videogame.

Eis a série que o adapta.

 

Futuro.

Um par de séculos depois do holocausto nuclear ter caído em Los Angeles, os humanos que restam vivem em bunkers para se protegerem da radiação, mutantes e criminosos.

Lucy MacLean atreve-se a vir ao exterior para descobrir algo sobre o mundo e o seu pai.

 

Criadores: Geneva Robertson-Dworet & Graham Wagner

Elenco: Ella Purnell, Aaron Moten, Walton Goggins

 

Trailer

 

Site – https://www.amazon.com/Fallout-Season-1/dp/B0CN4GGGQ2

 

Eu não conheço o jogo, nunca o joguei nem o vi a ser jogado.

Por isso, não irei fazer comparações entre a série e o jogo que a inspira.

 

Assim sendo, olho para a série como um produto do audiovisual, apenas.

É uma jornada a um mundo apocalíptico, pós-nuclear, que tanto permite mostrar o aspecto do planeta após tal calamidade (e criar “belas” imagens sobre as consequências na paisagem), como revelar a bestialidade do ser humano que sobrevive a tal desgraça.

A protagonista é quem faz a viagem e é ela que serve como nosso guia para tal mundo.

Lucy é uma menina super-protegida (enquanto vivia no bunker), mas é toda uma ingénua inexperiente quando à solta no mundo selvagem.

E é com ela que se tece o “debate” sobre civilização e selva, ser humano e ser besta, viver e sobreviver.

É menos uma história de bons vs maus, mas sim de afirmação de valores, de sobrevivência, de recomeço de vida num (nada admirável) mundo novo.

 

A visão traz também algo de utopia, demagogia e fanatismo na forma como se ilustram algumas comunidades sobreviventes, o que remete a série para alguma análise sobre certos quotidianos ideológicos de hoje.

Surpresa na revelação da verdade sobre os eventos.

Boa banda sonora, com belas canções dos 40s/50s e 60s.

Excelentes efeitos visuais.

 

Para os fãs do jogo, fica-me a sensação de muitas (e conseguidas) referências a ele (criaturas, roupas, cores, fundos, planos, paisagem – tudo dá indícios de evocar o jogo, apesar de funcionarem muito bem na narrativa).

Elenco em bom nível, com destaques para uma empenhada Ella Purnell e um temível Walton Goggins (por mérito do actor e da impecável caracterização).

Num tempo em que o nuclear volta a ser “moda” na Terra, eis a série adequada para percebermos (se é que ainda ninguém o percebeu) o terror que tal é para a Terra e para a Humanidade.

Uma das mais competentes, luxuosas e complexas propostas para o mercado doméstico, na actualidade.

 

“Fallout” move-se em streaming, via Amazon Prime.

 

Jonathan Nolan e Lisa Joy são executive producers.

 

A série procura adaptar o conceito do jogo, sem o seguir na totalidade.

O objectivo é agradar aos fans do jogo, mas também a um público que não o conhece mas aprecia Sci-Fi.

Ella Purnell preparou-se ao jogar os jogos “Fallout”.

O personagem Cooper Howard participa num filme intitulado “A Man and His Dog” – é uma referência ao conto de Harlan Ellison, “A Boy and His Dog”, que já foi adaptado ao Cinema em 1975.

Em cada episódio, o logo do título “Fallout” é alvo de uma acção que vitima um personagem em cada episódio.

Num momento, Lucy usa o código 101097 – é a data de lançamento do primeiro jogo “Fallout”.

Sobre o jogo

https://www.gog.com/en/game/fallout

https://fallout.bethesda.net/en

https://fallout.bethesda.net/en

https://gamerant.com/fallout-games-chronological-order/

 

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