Título original – Black Widow
A Black Widow andou por vários episódios do MCU (Marvel Cinematic Universe).
Há muito que se falava no seu filme.
Aqui está ele.
Natasha Romanoff, agente altamente treinada, enfrenta uma vasta conspiração que afecta ela e os seus familiares.
Isto é um “Jasona Bourne”.
Estamos nos campos do spy thriller, ainda com ecos da guerra fria e todo o arsenal soviético em matéria de intelligence e operacionais de elite capazes de espalhar o “terror vermelho” nos USA (e no mundo).
A intriga traz algo dos spy thrillers antigos mas com um look moderno, umas pitadas da saga “Jason Bourne”, muita atitude “feminista” e, claro, muito de comic book em formato superhero(ine).
Diverte, entretém, tem uns primeiros 45 minutos de non-stop action (onde se conseguem set pieces fantásticas – a perseguição em Budapeste recorda a de Moscovo em “Goldeneye”).
Mais importante e certeiro é o facto de ser, no meio de tanta intriga, perseguição, acção e destruição, a love story de duas irmãs e do que elas são capazes de fazer uma pela outra e na criação de um lar.
Bons meios de produção (como é óbvio), onde se destacam a bonita fotografia e os fantásticos efeitos visuais (que muito trabalho têm na fuga da prisão e na confrontação final).
Cate Shortland vem de filmes mais calmos e sentimentais (“Lore”, “Somersault”), mas sai-se bem com os meios gigantescos ao seu dispor, criando incríveis cenas de acção, que mostram que ela pode ser um bom valor no actioner.
Bons nomes no elenco, a cumprirem bem.
Scarlett Johansson é sempre heróica e sexy, mas é Florence Pugh quem mete o filme no bolso dada a sua postura descontraída e as suas divertidas lines.
Nota – Há uma cena extra depois do genérico final. Uma cena que vai dar mais relevo a uma personagem central do filme e colocá-la de forma mais activa dentro do MCU, a causar sensação numa série de um dos Avengers.
Uma entretida e dinâmica combinação de história de super-heroína(s) e de espiões, que permite um melhor conhecimento sobre uma relevante personagem do mundo dos comics.
“Black Widow” andou pelas nossas salas, moveu-se em simultâneo (para assinantes Premium) em streaming via Disney+. Já rola em streaming convencional.
Realizadora: Cate Shortland
Argumentistas: Eric Pearson, Jac Schaeffer, Ned Benson
Elenco: Scarlett Johansson, Florence Pugh, Rachel Weisz, David Harbour,
Ray Winstone, William Hurt, Olga Kurylenko
Sites
https://www.marvel.com/movies/black-widow
https://www.disneyplus.com/en-gb/movies/black-widow/3VfTap90rwZC
Orçamento – 200 milhões de Dólares
Bilheteira – 183 milhões de Dólares (USA); 379 (mundial)
A Marvel
A Black Widow na Marvel
https://marvel.fandom.com/wiki/Natalia_Romanova_(Earth-616)
https://marvelcinematicuniverse.fandom.com/wiki/Black_Widow
O MCU
“Black Widow” no MCU
- Estabelece um passado (dado que, perante os eventos em “Avengers: Endgame”, já não há futuro para ela) para a Black Widow, deixando-a mais bem definida como personagem.
- Cria condições para o despertar relevante de uma outra personagem e, eventualmente, empurrá-la para ser a nova Black Widow.
Um primeiro argumento é de 2010, mas o estúdio não queria arriscar um filme de grande orçamento com uma mulher (ainda que heróica). os (enormes) sucessos de “Wonder Woman” (2017) e “Captain Marvel” (2019) mostraram que havia gosto do público em tal tipo de personagem.
Emily Blunt chegou a ser ponderada como Black Widow, ainda em tempos iniciais de adaptação cinematográfica da personagem (muito antes da sua aparição no MCU).
Chloé Zhao foi considerada para a realização, mas preferiu “Eternals” (2021).
Mais de 70 realizadores foram considerados. Cate Shortland é recomendada por Scarlett Johansson.
Black Widow apareceu em “Iron Man 2”, “The Avengers”, “Captain America: Winter Soldier”, “Avengers: Age of Ultron”, “Captain America: Civil War”, “Avengers: Infinity War”, “Avengers: Endgame” e um cameo em “Captain Marvel”.
O filme pretende revelar algo do seu passado misterioso e definir melhor a personagem.
Nos comics, Daredevil e Black Widow chegam a ser um casal. Charlie Cox (o Daredevil na série “Daredevil”) propõe que os dois se juntem num filme.
Os eventos passam-se entre “Captain America: Civil War” e “Avengers: Infinity War”.
A pequena Natasha Romanoff é interpretada por Ever Anderson, filha de Milla Jovovich (a heroína de “Resident Evil”) e Paul W.S. Anderson (autor da saga cinematográfica).
Scarlett Johansson diz que o filme tem influências de “Terminator 2” (1991), “The Fugitive” (1993) e “Logan” (2017).
Filmado em Inglaterra (nos estúdios Pinewood), Noruega, Budapeste, Marrocos e Atlanta.
Florence Pugh desafiava Scarlett Johansson a fazer a sua habitual pose na personagem.
Florence Pugh derrotou as candidaturas de Emma Watson, Saoirse Ronan, Alice Englert e Dar Zuzovsky.
Efeitos visuais da Industrial Light and Magic, Weta Digital e Digital Domain.
Scarlett Johansson recebeu 25 milhões de Dólares de salário. Receberia mais 6 milhões, se as bilheteiras superassem os 900 milhões. Mas como o filme viu muita da sua carreira em streaming (via Disney+), tal números não foram atingidos. A actriz ficou muito chateada com a Marvel/Disney pela escolha do streaming.
Ia estrear em Maio de 2020, mas foi adiado para Julho de 2021, por causa da pandemia Covid-19.
É o primeiro (e tudo aponta ser o último) filme do MCU a ter estreia nas salas e no Disney+ em simultâneo.
Os executivos da Marvel ficaram de tal modo impressionados pela prestação de Florence Pugh, que ponderam escolhê-la como a futura Black Widow.
A Mattel criou duas Barbie inspiradas pela Black Widow.
Ia ser o lançar da Phase Four da Marvel. Com o adiamento da estreia, tal lançamento deu-se com a série “WandaVision”.
E assim continua a Phase Four do MCU. Seguem-se “Shang-Chi and the Legend of the Ten Rings”, “Eternals”, “Spider-Man: No Way Home” (todos para 2021), “Doctor Strange in the Multiverse of Madness” e “Thor: Love and Thunder” (ambos para 2022).