
L.A, último dia de 1999.
Um ex-polícia, agora traficante de memórias dentro do meio artístico, vê-se envolvido numa conspiração de silêncio à volta da morte de um artista famoso e controverso.
Thriller hi-tech (mostra um tempo onde a Tecnologia nos permite ver e sentir as memórias dos outros), que ilustra o vazio da Sociedade face à Tecnologia mostrando-a como um meio de saciar o voyeurism das pessoas (o filme acaba por ser profético face ao estado moderno nos media, imprensa, reality shows e redes sociais), sendo uma alegoria (bem subtil e pertinente) sobre o caso Rodney King, conseguindo ser um “panfleto” sobre a tolerância social e o entendimento racial.
O entretenimento vindo do lado actioner e espectacular da narrativa nunca cai.
James Cameron (apenas como produtor e argumentista – ele ia realizar, mas Schwarzenegger chamou-o para “True Lies”) volta a abordar o duelo do Homem com a Tecnologia.
Kathryn Bigelow confirma a sua destreza para o actioner viril e masculino (mas com presença de mulheres fortes), combinando elementos de Thriller Hi-Tech e Film Noir, fazendo um impressive uso da câmara subjectiva.
Elenco vistoso, com uns esplêndidos e intensos Ralph Fiennes e Angela Bassett.
Injusto (mega) flop na época.
Justo (mega) culto desde então.
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