Um surpreende whodunit com um fantástico twist e um incrível Inspector.
Perante a morte de uma jovem, uma família abastada do Yorkshire vê-se interrogada por um curioso inspector da Polícia.
O interrogatório revela que todos têm um grande segredo que os liga à vítima, fazendo com que cada um seja culpado.
Mas afinal que aconteceu e quem matou a rapariga?
Whodunit clássico (espaço único, número limitado de personagens, todos são suspeitos, um inspector astuto), com forte consciência moral e social.
A jogada narrativa de ter todos os elementos da casa como conhecedores da vítima e criadores de grande desgaste emocional sobre ela permite que a história ganhe contornos de análise social e psicológica (que efeitos teremos em terceiros quando os marginalizamos, ignoramos ou não ajudamos?).
Brilhante twist final, que origina muitas perguntas e respostas, bem como várias análises.
Guy Hamilton assegura bem o aperto do espaço e psicológico, retratando bem o espírito teatral que inspira o filme.
Muito boa prestação do elenco, com destaque para o grande Alistair Sim, a criar um Inspector bem hábil, manipulador e agitador de consciências.
Um Whodunit diferente, capaz de entreter e envolver como qualquer bom exemplo do género, mas também apto para uma mensagem.
Um clássico do Palco e também do Cinema.
“An Inspector Calls” não tem edição portuguesa. Existe noutros mercados, a bom preço.
Realizador: Guy Hamilton
Argumentista: Desmond Davis, a partir da peça teatral de J.B. Priestley
Elenco: Alastair Sim, Arthur Young, Olga Lindo, Brian Worth, Eileen Moore, Bryan Forbes
Clips
Jane Wenham sobre o filme
Bilheteira – 6 milhões de Dólares
Primeiro filme de Norman Bird.
George Cole (o condutor do eléctrico) era um protegido de Alastair Sim, tendo aparecido em muitos dos seus filmes.
Filmado nos estúdios Shepperton.
Na peça teatral, o inspector tem nome.