E começa triste o ano cinéfilo de 2023.
Com um grande addio à bella Diva Gina Lollobrigida.
Luigia Lollobrigida nasce em Julho de 1927 em Subiaco, Lazio.
A sua beleza leva-a para o mundo das modelos e concursos de beleza.
Em 1947 participa no concurso “Miss Italia” e fica em terceiro (ohhh!!!) – Lucia Bosè foi a vencedora.
A chegada ao Cinema é em 1946, no filme “Aquila Nera”, de Riccardo Freda, com Rossano Brazzi. Mas sem ver o seu nome creditado.
E assim acontece por mais um par de filmes.
O seu nome surge no genérico em “Follie per l’ Opera” (1948).
O seu nome surge em segundo lugar em “Pagliacci – Amore Tragico” (1948), para ser protagonista em “Campane a Martello” (1949) e “Miss Italia” (1950).
Não deixa de trabalhar em Itália, mas aceita trabalhos no estrangeiro.
“Fanfan la Tulipe” (1952, de Christian-Jacque, com Gérard Philipe) leva-a até França. O filme é um enorme sucesso europeu e a visibilidade de Gina torna-se maior.
Howard Hughes tenta levá-la para Hollywood em 1947, mas Gina recusa.
Mas tal rejeição não dura muito. Gina parte para a “Meca do Cinema”, onde se rodeia de bons realizadores e actores
“Beat the Devil” (1953) recebe-a pela mão de John Huston e junta-a a um incrível elenco (Humphrey Bogart, Jennifer Jones, Robert Morley, Peter Lorre).
“Il Maestro di Don Giovanni” (1954) junta-a a Errol Flynn.
Em “Trapeze” (1956, de Carol Reed) vê-se entre Burt Lancaster e Tony Curtis.
Em “Solomon and Sheba” (1959, de King Vidor) encanta Yul Brynner e George Sanders.
Em “Never So Few” (1959, de John Sturges) tem à sua volta Frank Sinatra, Peter Lawford, Steve McQueen, Richard Johnson, Paul Henreid, Brian Donlevy, Dean Jones, Charles Bronson.
“Go Naked in the World” (1961) explora bem a sua imagem sexy e latina.
Em “Come September” (1961, de Robert Mulligan) seduz Rock Hudson.
Em “Woman of Straw” (1964) vê-se acossada por Sean Connery e Ralph Richardson.
Continua sempre fiel a Itália e a ela regressa terminada a sua jornada em Hollywood.
“Pane, Amore e Gelosia” (1954) confirma o seu talento para a comédia.
“La Romana” (1954) permite-lhe uma das suas interpretações máximas.
Em 1955 faz um filme cujo título é adequado e ela – “La Donna Più Bella del Mondo”.
“Notre-Dame de Paris” (1956, com Anthony Quinn) reforça as suas qualidades como actriz dramática.
“La Legge” (1959) é outro momento alto.
Nos 70s, decide retirar-se e dedicar-se à vida familiar (como esposa e mãe) e outros hobbies – fotografia e escultura, onde revela igual talento.
De vez em quando participa num filme, telefilme, série televisiva.
Retira-se definitivamente em 1997.
Interessa-se pela política em 1999 e concorre ao Parlamento Europeu.
Recentemente também se meteu nas eleições legislativas italianas.
Foi considerada para “Lady L” (1965). A “rival” Sophia Loren ficou protagonista.
Tentou ser a protagonista de “Roman Holiday” (1953). Audrey Hepburn foi a escolhida.
Era grande amiga de Shelley Winters. A filha dela tinha Gina no seu nome.
Adorou trabalhar com Rock Hudson.
Conseguiu fazer uma entrevista a Fidel Castro.
Tem o seu Hollywood Walk of Fame em Fevereiro de 2018.
Gostava do estrelato pela oportunidades que dava, mas achava que lhe diminuía a sua vida privada.
Era fã do Cinema dos 50s e 60s, pela capacidade que tinham e davam de sonhar.
Teve várias designações – “The Most Beautiful Woman in the World”, “The Mona Lisa of the 20th Century”, “La Lollo”.
Gina Lollobrigida era uma actriz, que aliada a uma enorme beleza (sim, a do peito tinha um forte efeito “3D”), deu sempre provas de enorme talento e versatilidade (tanto entre géneros como em tipo de personagens).
Deixa bom nome na cultura de Itália e do mundo.
Arrivederci, Gina.
Gina sobre si e a sua carreira
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