Apesar do flop de “The Invisible Man” (1975), o mesmo estúdio e staff criativo pegam no mesmo conceito e exploram-no numa nova série.
Sam Casey é um agente de uma agência especial americana.
Uma missão deixa-o exposto a um nível de radiação que o torna invisível. Mas tal pode destabilizá-lo molecularmente.
Um relógio especial consegue torná-lo invisível/visível. Mas a invisibilidade só dura 15 minutos.
Sam e os seus aliados vão usar tais recursos para combater o crime.
Criadores: Harve Bennett, Steven Bochco, Leslie Stevens, inspirado no romance de H.G. Wells (“The Invisible Man”)
Elenco: Ben Murphy, Katherine Crawford, William Sylvester
Intro
É o tema (sempre fascinante) da invisibilidade humana.
Aqui é menos para exploração da ideia científica ou dos valores morais que tal poder dá ao ser humano, mas ao serviço do género do thriller e do policial, com tal poder a ser uma arma extra do protagonista no combate ao crime e aos seus inimigos.
Quem viu “The Invisible Man” (a série de 1975) pode ter uma sensação de déjà vu – equipa pequena, uma organização ligada à segurança dos USA, ciência, invisibilidade, o recurso a tal para combater o crime.
A diferença passa pelo facto de “The Invisible Man” ser mais de intriga e “Gemini Man” ser mais rica em peripécias e acção.
Comum a ambas é a presença de humor e a simplicidade do conceito e encenação.
A série pretendia ser mais barata que “The Invisible Man”.
Há menos recursos a efeitos visuais, mas há um aumento de practical effects e stunts.
Resulta original que o casal protagonista não seja de índole romântica clássica, mas sim irmãos.
Performance simpática do elenco, em boa sintonia.
Ben Murphy praticamente que antecipa David Hasselhoff como Michael Knight em “Knight Rider” – bonitinho, sorridente, sedutor, tão empenhado no combate aos criminosos como na conquista da beldade da semana.
É o clássico literário de Wells a mostrar o quanto continua contemporâneo, eterno e versátil para todo o tipo de género e entretenimento.
“Gemini Man” não passou na nossa televisão nem tem edição portuguesa. Existe noutros mercados, a bom preço.
Apesar do fracasso de “The Invisible Man”, estúdio e criativos procuraram pegar no mesmo conceito e fazer uma série nova, com diferenças.
“Gemini Man” partilha com “The Invisible Man” várias pessoas – Harve Bennett & Steven Boccho (criadores), Herve Bennett & Leslie Stevens (executive producers), Enzo A. Martinelli (o director of photography), bem como realizadores e argumentistas.
Apesar de ter menos efeitos visuais que “The Invisible Man”, ainda assim a série foi considerada cara (devido às stunts e practical effects).
Richard Dysart e William Sylvester interpretam o mesmo personagem (Leonard Driscoll, o chefe dos Casey) – mas Dysart fá-lo apenas no Pilot e Sylvester fá-lo ao longo de toda a série.
Os números nas audiências foram baixos e a série não tardou a ser cancelada.
Foram feitos 12 episódios, mas só se exibiram 6.
Tal como “The Invisible Man”, “Gemini Man” foi um flop nos USA e um sucesso no Reino Unido.
Apesar do falhanço nos USA, a série foi exibida com sucesso em muitos países.
Dois dos episódios (“Smithereens” e “Buffalo Bill Rides Again”) foram editados sob a forma de telefilme e exibido em 1981, com o título “Riding with Death”.
Apesar do título, a série tem nada a ver com o filme com o mesmo título feito por Ang Lee em 2019, com Will Smith.
Sobre H.G. Wells
https://www.britannica.com/biography/H-G-Wells
https://www.biography.com/writer/hg-wells
https://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=888
https://antigona.pt/blogs/autores/h-g-wells
https://www.goodreads.com/author/show/880695.H_G_Wells
https://www.fantasticfiction.com/w/h-g-wells/