The Invisible Man (1975–1976)

 

 

H.G. Wells pegou num tema eternamente fascinante (o ser humano ficar invisível e o que fazer com esse poder) e criou um clássico icónico da Literatura.

Cinema e Televisão bateram-lhe à porta várias vezes – fosse com uma fidelização ligada ao terror (o emblemático “The Invisible Man” em 1933, de James Whale, com Claude Rains), com laivos de comédia (“Memoirs of an Invisible Man”, feito por John Carpenter em 1992) ou com um pertinente twist adaptado aos dias de hoje (“The Invisible Man”, de Leigh Whannell, em 2020).

Eis uma divertida série que renova o conceito.

 

Daniel Westin é um importante cientista, muito activo na área da óptica. Uma experiência leva-o a ficar invisível.

O seu poder vai ser usado pelo governo americano como uma arma contra o crime.

 

Criadores: Harve Bennett & Steven Bochco, baseado no romance de H.G. Wells

Elenco: David McCallum, Melinda O. Fee, Craig Stevens

 

Intro

 

Clip

 

Algo da essência do conto de Wells está preservada (o protagonista é um relevante cientista, a experiência que leva à invisibilidade), mas tudo segue para novos rumos (o protagonista usa o seu poder para o Bem e combater o Mal).

Temos algo de spy thriller (o invisible man mete-se em peripécias dignas de “Mission Impossible”), algo de policial (o invisible man combate frequentemente criminosos e organizações criminosas), algo de thriller (o poder do invisible man é pretendido para fins militares e combater o “inimigo vermelho”).

Resulta inteligente que muitas das missões envolvem a parceria do invisible man com a esposa, originando situações engraçadas (a forma como ela arranja esquemas para que ele se infiltre, invisível).

O resultado é muito divertido (os recursos que o invisible man tem para se desenrascar) e muito entretido (as histórias são simples e bem contadas).

Efeitos visuais muito simples e eficazes, que ainda aguentam a passagem do tempo.

Elegante música de Henry Mancini.

O trio protagonista cumpre muito bem.

David McCallum é muito natural e tem boa química com Melinda O. Fee.

Uma reinterpretação da ideia de H.G. Wells, que tanto sabe preservar algo da sua essência e dirigi-la para um modelo de entretenimento popular.

 

“The Invisible Man” não passou na nossa Televisão. Não tem edição portuguesa. Existe noutros mercados, a bom preço.

 

O tema de Henry Mancini

 

Produção de Steven Boccho (futuro criador de “Hill Street Blues” e “L.A. Law”) e Herve Bennett (que adaptaria ao Cinema a série original “Star Trek”).

 

O Pilot é mais sério e dramático (mostra que David e a esposa vão andar em fuga, com as forças governamentais e militares no encalço deles, no sentido de obter o segredo científico de David e usar tal poder para outros fins).

O resto da série segue um tom mais leve, com mais humor.

Face ao Pilot, a série mostra que David se reconciliou com a organização para a qual trabalhava, esta ficou com um novo líder, que é mais simpático com David, pelo que ele e a esposa decidiram regressar e trabalhar para a entidade. Nada disto é explicado, mas é depreendido ao ver-se o episódio seguinte ao Pilot.

Os efeitos visuais eram filmados num blue screen, com um sistema denominado de “Image 655”.

Muitos dos efeitos visuais eram feitos no set. David McCallum estava num set diferente do set onde ocorriam as filmagens das cenas em causa. David conseguia assistir às cenas e agia como se estivesse nelas. Mas David estava num set rodeado de um blue screen e vestido num blue suit. O recurso da técnica chroma key permitia a união das imagens. Ocorriam alguns erros cromáticos no que dizia respeito às cores da pele. Como havia limitações (técnicas e financeiras) em Televisão, na época, tais gafes não eram corrigidas.

 

No Pilot menciona-se um coelho, que fica invisível, com o nome de Harvey. Harvey é um coelho invisível, que só podia ser visto por James Stewart no filme “Harvey” (1950).

 

A série foi cancelada devido a baixos números de audiência.

Contudo, a NBC (estúdio por detrás de “The Invisible Man”) produziria no ano seguinte uma série com uma premissa semelhante – “Gemini Man”.

Apesar das baixas audiências nos USA, a série foi um sucesso na Inglaterra.

 

David McCallum nunca esteve contente com o rumo que série seguiu (mais suave, leve e divertida) face ao Pilot (mais dramático, sério e com mistério e tensão sobre o destino do invisible man).

 

A série

https://archive.org/details/the-invisible-man-the-complete-series-1975

 

 

Sobre H.G. Wells

https://www.britannica.com/biography/H-G-Wells

https://www.biography.com/writer/hg-wells

https://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=888

https://antigona.pt/blogs/autores/h-g-wells

https://www.goodreads.com/author/show/880695.H_G_Wells

http://hgwellssociety.com

https://www.fantasticfiction.com/w/h-g-wells/

 

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