Ligação Fatal (1988)

 

 

Título original – Masquerade

 

Um sedutor trio de actores, num drama sedutor.

 

Timothy Whalen é instrutor de vela e aprecia boa vida.

Olivia Lawrence é a jovem herdeira de um vasto império.

O encontro dos dois traz paixão, mas pode haver mais intere$$es.

Retomar de um certo modelo de film noir, de carácter romântico, sobre a manipulação sentimental e ganância financeira, que assenta num acumular de surpresas e twists à volta de quem é quem e o que quer, procurando-se uma atmosfera de abertura sexual que aproveitava a onda aberta por “Body Heat” (1981).

Algumas reviravoltas são algo forçadas para o efeito surpresa (o filme acaba por ser quase um trailer para a saga “Wild Things”, cujo modelo narrativo também assenta num desfile de twists & turns), com um final resolutivo (através da vítima) e com a sua surpresa “moral”.

A trama tem algumas ideias decalcadas de “Les Liaisons Dangereurses” (o casal de amantes e os seus jogos, a sedução dele e ele ser vítima do seu jogo e do amor).

Mas há elegância na visualização (os decors) e um tom consideravelmente sexy.

Envolvente música do grande John Barry, o que dá sempre um certo prestígio e atmosfera sofisticada.

Elenco em performance correcta.

Rob Lowe tem presença sedutora, mas podia-se ter aproveitado melhor a sua ambiguidade.

Meg Tilly é sempre uma querida, transmite bem a sua ingenuidade e sentimentalismo.

Kim Catrall mostra que percebe em que tipo de filme está. Não só se diverte com a sua personagem, como lhe entrega uma enorme e cativante sensualidade (ela era uma das grandes beldades dos 80s e foi muito bem utilizada na série “Sex and the City”).

Bob Swaim dirige com sobriedade clássica, procurando explorar o melhor que pode o luxo dos ambientes e o sex-appeal da trama.

Entretenimento simples, fácil e sexy, que se vê como matiné muito relaxada em tempo quente.

 

“Masquerade” não tem edição portuguesa. Existe noutros mercados a bom preço.

Realizador: Bob Swaim

Argumentista(s): Dick Wolf, Larry Brody (sem crédito)

Elenco: Rob Lowe, Meg Tilly, Kim Cattrall, Doug Savant, John Glover, Dana Delany

 

Trailers

 

Clips

 

Themes de John Barry

 

Orçamento – 12 milhões de Dólares

Bilheteira – 16 milhões de Dólares

 

Nomeado para “Melhor Filme”, nos Edgar Allan Poe 1989. Perdeu para “The Thin Blue Line”.

Título inicial – Dying for Love.

O título foi alterado porque o estúdio andava nervoso sobre a SIDA e uma campanha publicitária a preservativos sobre a relação entre sexo e morte.

 

Bob Swaim foi chamado devido ao prestígio, sucesso e prémios do seu anterior “La Balance” (1982).

É o único filme americano de Swaim. De ascendência franco-americana, desenvolveu quase toda a sua carreira na Europa, principalmente em França.

 

Filmado em 10 semanas, em Nova Iorque e Long Island.

Foi seleccionado para o Festival de Deauville 1988.

Cameo de Dick Wolf – o personagem Sedgewick.

A edição televisiva tem algumas cenas alongadas – a primeira conversa entre Tim e Brooke, Olivia e Tim têm uma conversa prévia, um último momento romântico entre Olivia e Tim.

Foi um de vários filmes com Meg Tilly, feitos nos 80s, com a actriz a mostrar algo da sua sensualidade – “Impulse” (1984), “Psycho II” (1983), “The Big Chill” (1983), ”Valmont” (1989), “The Girl in a Swing” (1988).

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