Mais um Long Goodbye em Cinema.
Agora ao bravo action director Wolfgang Petersen.
Petersen nasce na Alemanha, em Emden, em Março de 1941 (em plena Segunda Guerra Mundial).
Filho de um oficial da Marinha, Petersen ganha afecto e curiosidade pelo mundo naval (que terá influência no seu filme mais amado e famoso).
Estudou na Gelehrtenschule des Johanneums, em Hamburg.
Dirige peças de Teatro no Teatro Ernst Deutsch, em Hamburg.
Em 1966 entra para a Academia de Cinema e Televisão de Berlim, o que o move para a realização de telefilmes e séries.
Na série “Tatort” (1971-1977) conhece o actor Jurgen Prochnow, que se torna colaborador activo de Petersen. A série retrata o mundo da Polícia alemã, é um sucesso e ganha imensos prémios.
A sua estreia em Cinema dá-se em 1974 com o filme “Einer Von uns Beiden”, protagonizado por Prochnow. Ganha elogios e prémios.
“Die Konsequenz” (1977) conta um amor homossexual, causa controvérsia e é proibido num canal de televisão alemão.
“Das Boot” surge em 1981. Novamente protagonizado por Prochnow, este filme sobre a sobrevivência dos tripulantes de um submarino nazi ganha elogios, prémios e sucesso por toda a Europa e nos USA.
O filme teria o seu Director`s Cut (cerca de 3 horas), um cut adaptado para mini-série e um remake televisivo recente.
O nome de Petersen fica internacional e o realizador aproveita a oportunidade.
“The Neverending Story” (1984) torna-se a maior produção alemã (ainda que em co-produção com diversos países), uma das maiores europeias, é um enorme sucesso mundial (com tinha sido o livro de Michael Ende que inspirou o filme), ganha prémios, gera (duas) sequelas (inferiores) e conquista o coração de muita criança, adolescente e adulto. Steven Spielberg não poupa elogios ao filme. A canção de Limahl andou nas bocas de muita gente.
Petersen continuava à conquista do mundo e “Enemy Mine” (1985, com Dennis Quaid e Louis Gossett Jr., também produzido na Alemanha em regime de co-produção europeia) volta a confirmar o seu talento para a fantasia e produções de grande cuidado visual e técnico.
Em 1991 Petersen chega a Hollywood e faz “Shattered” (com Tom Berenger, Bob Hoskins e Greta Scacchi), um intenso suspense thriller pleno de surpresas e reviravoltas.
Clint Eastwood repara nele e chama-o para “In The Line Of Fire” (1993). Novo sucesso.
“Outbreak” (1995) mostra Petersen a ilustrar o terror de uma pandemia (como foi profético!!!) e prova que Dustin Hoffman pode ser um capaz action hero.
“Air Force One” (1977) coloca Harrison Ford como The President of the United States e faz dele um herói a bordo do avião presidencial tomado por terroristas.
“The Perfect Storm” (2000) permite-lhe encenar uma luta contra a Natureza e experimentar novos efeitos visuais.
“Troy” (2004) é uma encenação épica do lendário confronto de Tróia.
“Poseidon” (2006) refaz um clássico (“The Poseidon Adventure”) e oferece festival de efeitos visuais.
Regressou à Alemanha e em 2016 fez o seu ultimo filme – “Vier gegen die Bank”.
Foi nomeado para os Oscars e os BAFTA (por “Das Boot”).
Ganhou em Avoriaz (por “Enemy Mine”) e nos Bambi (por “Air Force One” e “Outbreak”).
Trabalhou sempre rodeado de óptimos actores e movie stars (Clint Eastwood, Harrison Ford, Kurt Russell, Gary Oldman, George Clooney, Mark Wahlberg, Diane Lane, Brad Pitt, Eric Bana, Diane Kruger, John Malkovich, Dustin Hoffman, Rene Russo, Morgan Freeman, Kevin Spacey, Donald Sutherland, Dennis Quaid, Louis Gossett Jr., Tom Berenger, Bob Hoskins, Greta Scacchi) e sabia fazê-los brilhar.
Foi considerado para realizar “Batman vs Superman” em 2001, mas o projecto nunca avançou (o projecto daria depois origem a “Batman v Superman: Dawn of Justice”, feito em 2016 por Zack Snyder).
Wolfgang Petersen era um realizador talentoso, versátil e capaz do melhor actioner, pela capacidade em encenar boa action e dar spectacle, mas sem descurar a lógica, a razão emocional e racional dos eventos bem como os personagens.
Deixou (boa) marca no Cinema e no género.
Auf Wiedersehen, Wolfie.
Evocação
Trailers e alguns filmes
Uma entrevista
A Grande Ilusão 