Kate (2021)

 

 

A habitualmente cativante Mary Elizabeth Winstead torna-se uma hitgirl.

 

Kate é uma assassina de elite.

Ao saber que foi envenenada, Kate procura saber quem é o autor e vingar-se.

Muitas hitgirls têm surgido recentemente – “Gunpowder Milkshake”, “Jolt”, “The Protégé” e agora este “Kate”.

 

Sinal que muito mudou no gosto do público no actioner (a menina deixa de ser decorativa, lady in distress ou screaming lady, passando a ser uma pessoa bem activa e heróica).

É a prova que Luc Besson foi bem visionário com o seu relevante “Nikita” (1990) – e ele revisitaria o conceito (“Colombiana” e “Anna”).

Mas como tudo o que é moda, tem altos e baixos, bons títulos e exemplares dispensáveis.

Nos casos mais recentes encontramos criatividade visual (e algumas boas ideias narrativas) em “Gunpowder Milkshake”, “Jolt” acaba por viver da energética prestação de Kate Beckinsale, “The Protégé” é um título meramente entretido (ainda que bem confeccionado).

Fica assim mostrado que não basta ter uma menina (que se pretende sempre sexy, esbelta, cativante ao olhar), mas é necessária pertinência narrativa, qualidade na encenação, carisma na criação.

“Kate” acaba por se juntar à lista de “mais um(a)”.

 

É mais uma história sobre uma hitgirl, com imensa destreza no gatilho (e na agilidade do corpo) a ser traída pelo sistema que serve e em busca de vingança.

 

O facto de se passar no Japão poderia permitir um olhar visual (as grandes cidades nipónicas) e social (as regras da Yakuza), mas tudo isso é ignorado.

 

Fica bem a criação de alguma envolvência emocional entre as duas protagonistas (duas meninas sós no mundo), mas também não se consegue a devida profundidade.

E quando ela é tentada até se sente um demasiado arrastar da narrativa e do ritmo.

Mary Elizabeth Winstead sai-se bem, traduz bem a sua ira e capacidade letal, mas a actriz já mostrou ser capaz de mais e melhor (desde que alguém lhe saiba escrever e pedir tal).

Um actioner feminino, minimamente entretido.

 

“Kate” está disponível via Netflix.

Realizador: Cedric Nicolas-Troyan

Argumentista: Umair Aleem

Elenco: Mary Elizabeth Winstead, Woody Harrelson, Miku Patricia Martineau, Tadanobu Asano

 

Site – https://www.netflix.com/pt/title/80216200

 

Filmado em Osaka.

 

Num momento vê-se a actuação da banda japonesa hard rock feminina Band-Maid.

 

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