Título original – Turning Red
É a primeira de duas maravilhas da Pixar para este ano.
Meilin Lee é uma adolescente que se debate entre ser a menina bem-comportada da mamã ou seguir o rumo que a sua personalidade e ânsia pedem.
Mas é tanta coisa que Mei contém dentro de si, que um dia se transforma num panda vermelho. E tal acontece sempre que Mei anda entusiasmada ou irada. E serão muitas as consequências.
Comédia e fantasia, com algo da filosofia oriental, a ilustrar os dramas e ânsias da adolescência, aqui com o extra da (primeira) chegada do “turista vermelho” numa rapariga.
Há drama e emoção, com o argumento a ser um prodígio de inteligência e savoir-faire na criação de situações loucas e divertidas (a transformações e o esconder, a ida da mãe à escola com pensos higiénicos, os embaraços que a mãe cria em Mei) que nunca cessam de mostrar a seriedade dos eventos, pessoas e relações.
A componente filosófica oriental é bem conseguida e entra na “moral” da narrativa.
Bom conjunto de canções, vindas de um grupo pop que se torna uma estrela e espectáculo extra no filme.
Muito bom trabalho vocal.
Como sempre na Pixar, muita atenção ao detalhe e cinefilia (o ataque monstruoso final recorda “Godzilla” e “King Kong”).
É a Pixar ao seu melhor, a usar o seu poder fantasista para abordar pessoas e dramas reais, mas sempre com grande entretenimento e Cinema.
Liberte-se o Panda que há dentro de nós.
Nota – há cenas extra no genérico final.
“Turning Red” está em streaming, via Disney+.
Realizadora: Domee Shi
Argumentistas: Domee Shi, Julia Cho, Sarah Streicher, Domee Shi
Vozes: Rosalie Chiang, Sandra Oh, Ava Morse, Hyein Park, Maitreyi Ramakrishnan, Orion Lee, Wai Ching Ho, Tristan Allerick Chen, Lori Tan Chinn, Mia Tagano, Sherry Cola, Lillian Lim, James Hong
Site – https://movies.disney.com/turning-red
Primeiro filme de Domee Shi a solo.
Segundo filme da Pixar realizado por uma mulher (o primeiro foi “Brave”).
Primeiro filme da Pixar realizado por uma mulher não-branca.
E já é o terceiro filme Pixar a ser exibido via streaming, depois de “Soul” (2020) e “Luca” (2021).