Doutor Estranho no Multiverso da Loucura (2022)

 

 

Título original – Doctor Strange in the Multiverse of Madness

 

É o regresso do Dr. Strange, agora num vasto universo.

Mas é também o regresso de Sam Raimi ao Cinema e aos super-heróis.

 

Ainda a recuperar dos eventos de “Avengers: Endgame” e “Spider-Man: No Way Home”, onde ele descobriu o multiverse, o Dr. Strange tem de ajudar uma jovem que se move entre universos paralelos e é a chave para um poder supremo no domínio do multiverse.

Como sequela que é, procura um desenvolvimento ao protagonita.

O Dr. Strange surge agora mais poderoso e capaz de “feitiços” mais incríveis, fica mais sábio (descobre mais segredos do multiverse), mas também tem de enfrentar velhos traumas e inimigos.

A história não é para se procurar lógica ou consistência, é apenas um “táxi” para seguir a viagem por todos aqueles mundos.

Final tem uma surpresa, que vai tornor o Doc ainda mais poderoso.

Dado que a narrativa se move entre universos múltiplos e em sonhos, tal é uma (boa) desculpa para um puro, louco, imparável e espectacular delírio visual e narrativo onde quase tudo vale.

Atenção a umas divertidas variações do Marvel Cinematic Universe (MCU), na forma como se apresentam variações sobre heróis já apresentados, havendo até surpresa nos actores que os interpretam.

Os efeitos visuais são prodigiosos.

A fotografia (do grande John Mathieson) é excelente e dá grande vida àqueles ambientes.

Danny Elfman regressa ao mundo dos super-heróis e faz um score eficaz, mas (bem) longe dos seus melhores momentos.

Elenco a cumprir, com Benedict Cumberbatch e Elizabeth Olsen a dominarem, sempre seguros.

Sam Raimi regressa o mundo dos super-heróis e vemos alguma da sua veia criativa visual, conseguindo até brincar consigo próprio e com o que já fez antes (os sustos mostram-no ainda apto para o terror, as acções ligadas ao livro procurado têm ecos da saga “The Evil Dead”, a confrontação em Nova Iorque recorda as de Spider-Man e Doctor Octopus em “Spider-Man 2”).

Vê-se que o autor de “Darkman” percebe o material que tem nas mãos e procura divertir-se, fazendo do filme um mix de cartoon e comic.

Longe dos melhores superhero movies (e Raimi tem o seu nome ligado a dois deles), é puro entretenimento digital, bem action packed, que mostra que Sam Raimi ainda está vivo, activo e criativo, pelo que podemos esperar e acreditar em mais do seu melhor.

 

Nota – como sempre, há duas cenas extra durante o genérico final, com a primeira a remeter para “Doctor Strange 3” e a segunda e ser apenas um divertido momento.

 

“Doctor Strange in the Multiverse of Madness” ainda está nas nossas salas, mas já se move em streaming via Disney+.

Realizador: Sam Raimi

Argumentista: Michael Waldron, a partir do personagem criado por stan Lee & Steve Ditko

Elenco: Benedict Cumberbatch, Elizabeth Olsen, Chiwetel Ejiofor, Benedict Wong, Xochitl Gomez, Rachel McAdams, Hayley Atwell, Lashana Lynch, John Krasinski, Patrick Stewart, Charlize Theron, Bruce Campbell

 

Orçamento – 200 milhões de Dólares

Bilheteira (até agora) – 410 milhões de Dólares (USA); 951 (mundial)

 

 

A Marvel

https://www.marvel.com

 

Doctor Strange na Marvel

https://marvel.fandom.com/wiki/Stephen_Strange_(Earth-616)

https://marvelcinematicuniverse.fandom.com/wiki/Doctor_Strange

https://www.marvel.com/characters/doctor-strange-stephen-strange

 

“Doctor Strange in the Multiverse of Madness” no MCU

  • Doctor Strange a descobrir mais detalhes sobre o multiverse.
  • Mudanças em Wanda e na relação dela com o Doctor Strange.
  • Doctor Strange a ganhar novos poderes.
  • A possibilidade de algum caos no multiverse.

 

Doctor Strange aparece pela primeira vez em Julho de 1963, no #110 de “Strange Tales”, escrito por Stan Lee e desenhado por Steve Ditko (a dupla tinha criado Spider-Man no ano anterior – Doc e Spidey são grande amigos e ajudam-se frequentemente).

Scott Derrickson realizou “Doctor Strange” e ia fazer esta sequela. Mas teve conflitos criativos com os produtores, pelo que saiu de cena. Fica apenas como executive producer.

Sam Raimi regressa ao mundo dos super-heróis cinematográficos vindos dos comics. Raimi já tinha assinado uma excelente adaptação de um comic que não existia (“Darkman”, em 1990), tendo marcado o género com a trilogia dedicada a Spider-Man (em 2002, 2004 e 2007). Surgiram problemas na produção de “Spider-Man 4”, pelo que Raimi saiu da saga e não voltou ao género. Este regresso é, portanto, acontecimento para os fãs.

Inicialmente, Raimi não queria fazer o filme, pois não queria regressar ao género, devido aos problemas em “Spider-Man 3” e na preparação de “Spider-Man 4”.

Raimi ficou convencido pelo projecto, devido à combinação de fantasia, terror e feitiçaria.

 

Regresso de Sam Raimi às longas-metragens depois de uma paragem de quase 10 anos (“Oz: The Great and Powerful” é de 2013).

Reencontro entre Sam Raimi e Danny Elfman, depois de “Darkman”, “Spider-Man”, “Spider-Man 2” e “Oz: The Great and Powerful”. Ambos tiveram um conflito criativo para “Spider-Man 3”.

Danny Elfman regressa ao MCU, depois de “Avengers: Age of Ultron” (2015).

Elizabeth Olsen começou a trabalhar dois dias depois de ter terminado “WandaVision” (2021).

 

Raimi inspirou-se em “Raiders of the Lost Ark”, “Indiana Jones and the Temple of Doom”, “Poltergeist” e “Gremlins”. Raimi queria um filme rápido, vertiginoso, pleno de peripécias, com humor e sustos.

Segundo Raimi, o primeiro cut tinha mais 30 minutos de metragem. O que faria com que o filme passasse as duas horas meia. Ainda não se sabe se tal cut será editado.

 

Cameo de Bruce Campbell, amigo de Raimi e actor-fetiche do cineasta – o vendedor de pizza.

Os eventos do filme iam ser anteriores aos de “Spider-Man: No Way Home”. Devido à pandemia covid-19, ocorreram mudanças logísticas entre os dois filmes, pelo que os argumentos de cada um tiveram de fazer essa adaptação.

Os eventos passam-se depois de “WandaVision” e “Spider-Man: No Way Home”.

O filme está proibido em vários países árabes.

O filme também está proibido na China.

Tudo porque a certo momento, a personagem de America Chavez apresenta como mães um casal lésbico.

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