Morbius (2022)

 

 

Morbius é um personagem algo atípico no universo Marvel.

Não é um super-herói, tem super-capacidades e é um personagem trágico.

É um dos adversários mais temidos (e depois fiel aliado) de Spider-Man.

Cá vem a adaptação cinematográfica, na senda das adaptações autónomas a alguns vilões do “aranhiço”.

 

Michael Morbius é um cientista que se move na área da bioquímica e procura uma cura para uma doença rara ligada ao sangue.

Ao submeter-se a um processo experimental, Morbius torna-se num sedento vampiro.

Histórias de vampiros têm sempre potencial.

A ideia de um vampiro (mas cientista) com consciência é interessante.

Mas aqui tudo descamba na mais pura banalidade, no mais típico déjà vu, no mais profundo tédio.

Não há ritmo, não há drama, não há tensão, não há terror.

Há nada.

Há desperdício de ideias e de talentos.

Excesso de efeitos visuais digitais, num filme que muito tinha a ganhar com make-up effects em jeito old school (algum filme CGI superou, no género, “An American Werewolf in London” e “John Carpenter`s ´The Thing`”?).

Rob Bottin ou Rick Baker faziam maravilhas com este material.

Daniel Espinosa tinha mostrado jeito para o action thriller (“Safe House”) e até para o terror sci-fi (o muito interessante “Life”).

Mas aqui é um total incapaz de seja o que for.

Elenco perdido, onde se vê um Jared Leto a tentar o que pode, mas a nada conseguir.

É o ponto mais baixo da Marvel até agora (os dois episódios da saga “Venom” não são maravilha, mas ao menos cumprem mínimos de entretenimento), estando perfeitamente ao nível de “Man of Steel” (o ponto mais baixo da DC).

É de evitar e fugir.

 

Reveja-se (urgentemente) o “Dracula” da Hammer.

 

“Morbius” ainda morde as nossas salas, mas já está a dar dentadas no streaming, nalguns países.

 

Nota – como sempre, há duas cenas durante o genérico final; ambas empurram para o encontro de vilões de Spider-Man.

Realizador: Daniel Espinosa

Argumentistas: Matt Sazama, Burk Sharpless, a partir do personagem criado por Roy Thomas & Gil Kane

Elenco: Jared Leto, Matt Smith, Adria Arjona, Jared Harris, Tyrese Gibson, Al Madrigal, Michael Keaton

 

Site – http://www.morbius.movie

 

A Marvel

https://www.marvel.com

 

Sobre Morbius

https://www.marvel.com/characters/morbius

 

 

Orçamento – 75 milhões de Dólares

Bilheteira – 73 milhões de Dólares (USA); 163 (mundial)

 

Morbius surgiu pela primeira vez em 1971, no “The Amazing Spider-Man” #101.

 

“Morbius” no Marvel Cinematic Universe:

  • A origem de Morbius.
  • A possibilidade de Morbius se juntar a outros vilões de Spider-Man e fundarem um grupo de super-vilões.

Morbius já tinha aparecido em “Blade” (1998, com Wesley Snipes – o filme que iniciou o filão cinematográfico da Marvel), com o realizador do filme (Stephen Norrington) a interpretar o personagem. A cena ficou fora do final cut, mas consta nos extras.

David S. Goyer (argumentista da trilogia “Blade”) quis ter Morbius em “Blade II” (2002), mas a Marvel não o permitiu.

“Morbius” torna-se o terceiro filme e o segundo personagem (depois de Venom – que já teve dois filmes) derivado do universo de Spider-Man, dentro dos seus vilões, a receber adaptação cinematográfica.

 

Antoine Fuqua, F. Gary Gray e Daniel Espinosa foram os realizadores finalistas na escolha. Gray e Fuqua recusaram.

Jared Leto é um dos executive producers.

 

Leto volta a interpretar um personagem de um comic, depois de ter feito Joker em “Suicide Squad” (para a rival da Marvel, a DC).

Para Leto, Morbius é um desafio para um actor devido à complexidade do personagem.

Leto diz que Morbius tem uma personalidade muito parecida com a dele.

Filmado em Manchester, que passa por Nova Ioque.

Leto recusou usar efeitos de caracterização e preferiu o uso de efeitos visuais digitais.

Michael Keaton era o vilão em “Spider-Man: Homecoming” e ei-lo de volta.

O nome do navio é Murnau – homenagem a F.W. Murnau, autor de “Nosferatu” (1922), um dos primeiros (e mais emblemáticos) filmes de vampiros.

Na cena do metro, vê-se a indicação “Thomas & Kane” – homenagem aos criadores de Morbius, Roy Thomas e Gil Kane.

J.K. Simmons filmou cenas como J. Jonah Jameson, mas as cenas foram retiradas do final cut.

Um primeiro cut mostrava Carnage como prisioneiro de Morbius.

Deixe uma Resposta

Preencha os seus detalhes abaixo ou clique num ícone para iniciar sessão:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Imagem do Twitter

Está a comentar usando a sua conta Twitter Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s