Mais um Long Goodbye em Cinema.
Agora ao grande Ray Liotta.
Raymond Allen Liotta nasce em Dezembro de 1954, em Newark, New Jersey.
Na escola revela-se um capaz atleta.
No mundo universitário mostra interesse pela representação. Muda-se para Nova Iorque e chama a atenção de um agente de casting.
Começa pela Televisão, em várias séries (a mais duradoura é “Another World”).
Muda-se para a Califórnia e procura sorte em Hollywood.
Mantém actividade em Televisão.
Mas em 1985 surge a sua grande oportunidade e que tudo muda na sua carreira – o seu (psicótico) personagem de “Something Wild” (de Jonathan Demme, com Melanie Griffith). O seu trabalho é altamente elogiado e Ray fica no mapa.
“Field Of Dreams” (1989, ao lado de Kevin Costner, James Earl Jones e Burt Lancaster) volta a dar-lhe boa visibilidade.
Em 1990, mais um bravo momento – “Goodfellas”, de Martin Scorsese, que coloca Ray face-a-face com Robert De Niro e Joe Pesci (que ganha um Oscar).
“Unlawful Entry” (1992, ao lado de Kurt Russell e Madeleine Stowe) confirma o dom de Ray em interpretar personagens sombrios, violentos e psicóticos.
“Cop Land” (1997), “Escape from Absolom” (1994), “Unforgettable” (1996), “Hannibal” (2001), “Narc” (2002) confirmam a sua versatilidade.
Continuou activo em Televisão, embora os filmes ganhassem menos visibilidade.
Mesmo assim, Ray era um actor respeitado e prestigiado.
Tinha 6 projectos activos e em fase de conclusão.
Foi adoptado com 6 meses de vida.
Era amigo de Steven Bauer (que chegou a estar casado com Melanie Griffith, protagonista de “Something Wild”).
Foi considerado para protagonista em “Fatal Attraction”.
Foi considerado para ser Cash em “Tango & Cash”.
Recusou ser Batman no filme de Tim Burton, para participar em “Goodfellas”.
Recusou ser o protagonista da série “The Sopranos”.
Tem dois filmes considerados “Filme a Preservar” – “Field of Dreams” e “Goodfellas”.
Ganhou um Emmy, prémios de associações de críticos e em festivais de cinema.
Ao contrário de muito dos seus personagens, Ray não era uma pessoa conflituosa ou violenta.
Ray Liotta era um actor formidável, de notável carisma, presença enigmática e poder de perturbação.
Perde-se, portanto, um grande talento.
So long, Ray.
Evocação
Trailer de alguns dos seus filmes
Uma entrevista
https://www.empireonline.com/movies/features/ray-liotta-the-empire-interview/