William Hurt (1950-2022) – RIP

 

 

Mais um Long Goodbye em Cinema.

Agora ao grande William Hurt.

 

William McChord Hurt nasce em Washington, em Março de 1950.

 

O pai trabalhava para o governo americano, no State Department’s Agency for International Development. Como tal, William viaja muito e passa vários anos no Guam e Hawaii.

Com o divórcio dos pais, William muda-se para Nova Iorque com a mãe.

O Teatro é uma fuga. William gosta de o ver, interessa-se por ele, decide estudar representação e vai para Inglaterra. Chega a participar em diversas peças teatrais.

De volta aos USA, continua a trabalhar nos palcos, participa nalguns episódios de séries televisivas e surge a oportunidade no Cinema.

“Altered States” (1980, pela mão de Ken Russell) é a sua estreia.

Segue-se “Eyewitness” (1981, de Peter Yates, ao lado de Sigourney Weaver) e “Body Heat” (1981, a estreia de Lawrence Kasdan como realizador, a estreia de Kathleen Turner em Cinema, que se torna a grande sex bomb dos 80s, com quem William tem uma ardente química).

“The Big Chill” (1983) e “The Accidental Tourist” (1989) rencontram-no com Kasdan (nos dois filmes) e com Turner (no segundo).

“Gorky Park” (1983) permite vê-lo num registo mais popular (o thriller) e sempre competente.

“Kiss of The Spider-Woman” (1985) permite-lhe o seu primeiro Oscar, sendo também a primeira de várias nomeações.

William confirma-se como um actor intenso, de grande talento dramático, sempre com preferência em filmes e personagens diferentes, introspectivos, isolados, estranhos.

 

“Children of a Lesser God” (1986) permite-lhe conhecer a sua companheira sentimental (Marlee Matlin, muda tal como a sua personagem no filme; ambos são nomeados, Marlee ganha vários prémios, incluindo o Oscar).

“Broadcast News” (1987) volta a colocá-lo a concurso a prémios.

“Dark City” (1998), “Artificial Intelligence” (2001, de Steven Spielberg), “A History of Violence” (2005, de David Cronenberg) confirmam o jeito de William para escolher bons realizadores, bons argumentos e personagens estranhos.

“Lost in Space” (1998) e “Dune” (2000) mostram o seu gosto pela sci-fi.

“The Village” (2004) reúne-o com Sigourney Weaver.

“Mr. Brooks” (2007) volta a mostrar o seu dark side.

Nos tempos recentes aparecia mais em Televisão e nalguns títulos da Marvel (é o General Ross). Começa em “The Incredible Hulk” (2008) e andou por alguns episódios de “The Avengers”.

Recusou participar em “Jurassic Park” (1993; Sam Neill aproveitou).

Recusou participar em “Misery” (1990; James Caan aproveitou).

Não se considerava movie star nem actor, mas alguém que gostava de interpretar.

Considerava “Body Heat” como o filme mais bem estruturado de todos os que fez.

 

Recebeu um Oscar e teve várias nomeações.

Ganhou um BAFTA.

Ganhou um David di Donatello.

Ganhou vários prémios de críticos, sempre com muitas nomeações.

Foi premiado em importantes festivais de Cinema – Berlim e Cannes.

William Hurt era um actor invulgar, pelo seu estilo de representação, pelo tipo de personagens que interpretava, pelo rigor que fazia nas suas escolhas.

 

Perde-se mesmo um grande actor e um dos maiores de sempre.

 

So Long, Bill.

Fica uma carreira notável de interpretações e personagens.

 

Evocação

 

Trailers de alguns dos seus filmes

 

 

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