Título original – Such Good Friends
Excelente elenco e realizador numa comédia dramática sobre a (in)fidelidade.
Julie Messinger vive o drama de ter o marido hospitalizado.
Mas o drama maior vem ao saber que ele tem imensos affairs. E com algumas amigas dela.
É um drama intenso e doloroso sobre a (in)fidelidade, aqui e ali com algo de cómico (alguns personagens, a forma como a protagonista descobre certos pormenores da infidelidade do marido, as vinganças dela) para descontracção perante o tema.
Bom trabalho do elenco, em particular de Dyan Cannon (actriz de beleza e talento muito interessantes), que aguenta o filme todo aos ombros, conseguindo alguns momentos de grande energia emotiva.
Otto Preminger sabia trabalhar diversos géneros e não tinha problemas em abordar questões complexas.
Um título muito bem inserido no modelo de melodrama realista dos 70s.
“Such Good Friends” não tem edição portuguesa. Existe noutros mercados, a bom preço.
Realizador: Otto Preminger
Argumentistas: Elaine May, David Shaber, Joan Didion (sem crédito), baseado no romance de Lois Gould
Elenco: Dyan Cannon, James Coco, Jennifer O’Neill, Ken Howard, Nina Foch, Burgess Meredith, William Redfield
Trailer
Intro
Filme
Dyan Cannon esteve nomeada para “Melhor Actriz – Drama”, nos Globos de Ouro 1972. Perdeu para Jane Fonda em “Klute”.
O livro de Lois Gould era bastante sério.
Otto Preminger procurou que o filme fosse uma sátira.
Preminger mostrou aos argumentistas o filme “Diary of a Mad Housewife” (1970).
O livro era considerado como inadaptável. Preminger chamou Elaine May.
May procurou total isolamento quando escreveu o argumento.
Elaine May escreve o argumento com o nome Esther Dale.
Preminger tinha um contrato para sete filmes com a Paramount. Este filme marcou o fim da parceria. Era o quarto filme.
Barbra Streisand foi considerada para ser a protagonista, por Preminger. Ele nunca gostou de Dyan Cannon.
Preminger e Dyan tiveram grandes conflitos criativos (sobre a personagem – Dyan colocou nela muita da sua personalidade) e profissionais (a actriz chegava ao set frequentemente atrasada) e juraram nunca mais trabalhar juntos.
Último filme de Nancy Guild.
Quando Ken Howard mostra a foto de Dyan Cannon nua, o corpo é de outra pessoa.
Em entrevistas, Dyan Cannon sempre se queixou da forma como Otto Preminger a tratou.