Monica Vitti (1932-2022) – RIP

 


É um triste Grande Addio a uma das maiores musas, beldades e talentos do cinema italiano, europeu e mundial – Monica Vitti.

 

Maria Luisa Ceciarelli nasce em Roma, a Novembro de 1931.

 

Desde cedo ganha gosto pela arte da representação.

Chega mesmo a fazer representações para os seus irmãos, no sentido de os distrair dos efeitos da guerra.

Forma-se como actriz em 1953, pela Academia de Arte Dramática.

Estreia-se no Cinema 1954, e logo em comédia – “Ridere! Ridere! Ridere!”. Em 1958, começa o seu caminho ao estrelato –”Le Dritte”, de Mario Amendola.

Torna-se amante de Michelangelo Antonioni (de 1957 a 1967), sendo a sua musa, estando presente em diversos filmes, que estão entre os grandes filmes da actriz, do cineasta e do Cinema – além da “Trilogia da Incomunicabilidade” (“L`Aventura” em 1960, “La Notte” em 1961 e “L`Eclisse” em 1962), ainda há “Il Deserto Rosso” (1964) e “Il Mistero di Oberwald” (1980).

Continua a mostrar que é uma excelente actriz dramática e que não vivia no meio apenas pela mão de Antonioni – “Les Quatre Vérités” (1962), “Château en Suède” (1963), “Fai in Fretta ad Uccidermi… Ho Freddo!” (1967), “La Pacifista – Smetti di Piovere” (1970), “Teresa la Ladra” (1973), “Le Fantôme de la Liberté” (1974).

A par desse registo sério e dramático, Monica também se moveu (muito) bem na comédia – “Alta Infedeltà” (1964), “Il Disco Volante” (1964), “Le Fate” (1966), “La Cintura di Castità” (1967), “La Ragazza con la Pistola” (1968), “La Femme Écarlate” (1969), “Amore Mio, Aiutami” (1969), “Dramma della Gelosia (Tutti i Particolari in Cronaca)” (1970), “Le Coppie” (1970), “La Supertestimone” (1971), “Noi Donne siamo fatte così” (1971), “A Mezzanotte va la Ronda del Piacere” (1975), “Qui Comincia l’Avventura” (1975), “L’Anatra all’Arancia” (1975), “Amori Miei” (1978), “Letti Selvaggi” (1979).

 

Mostra o seu lado mais sexy e heróico em “Modesty Blaise” (1966), uma paródia feminina a James Bond e a todos os spy thrillers da época.

Trabalhou com grandes cineastas – além de Antonioni, também Alberto Sordi, Ettore Scola, Mario Monicelli, Roger Vadim, Tinto Brass, Luigi Comencini, Dino Risi, Pasquale Festa Campanile, Vittorio De Sica, Luis Buñuel e Steno se renderam aos seus encantos.

Trabalhou com grandes actores – Alain Delon, Marcello Mastroianni, Giancarlo Giannini, Ugo Tognazzi, Richard Harris, Alberto Sordi, Vittorio Gassman, Jeanne Moreau, Claudia Cardinale.

Ainda deu passos na realização – “La FuggiDiva” e “Scandalo Segreto” (1990), tendo também escrito ambos.

Afastada do Cinema há mais de duas décadas, Monica viveu desde há uns anos o drama da doença de Alzheimer.

 

Venceu nos David di Donatello, em San Sebastián, Berlim e em Veneza.

Tentou a sua sorte nos BAFTA.

Acreditava plenamente na arte e importância do riso.

Monica Vitti era uma actriz completa – sabia seduzir, ser sexy, ser ingénua, ser frágil, ser delicada, ser fogosa, ser intensa, ser emotiva, participou em diversos géneros.

Deixa uma marca de um estilo, imagem e de uma época.

 

O Cinema (italiano e mundial) mudou com Monica e o cinéfilo agradece.

 

Arrivederci Monica.

(Re)Ver-te é sempre uma aventura.

 

Trailers e Clips

 

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