Título original – Venom: Let There Be Carnage
Venon é um dos mais temíveis vilões da Marvel. Perigoso inimigo do Spider-Man, Venom compensa a sua super-vilaneza com um sarcástico sentido de humor.
Ele apareceu em “Spider-Man 3” (2007). Queria-se título (e saga) autónomo. O filme surgiu em 2018.
Perante o sucesso, eis a sequela. Com um vilão ainda pior.
Eddie Brock procura revitalizar a sua carreira como jornalista através de um conjunto de entrevistas ao serial killer Cletus Kasady.
Venom anda sedento de violência (e cérebros humanos), pelo que se associa a Cletus.
E assim nasce Carnage.
Confronto pesado de dois grandes super-vilões, que dadas as características de cada um serve como desculpa para um desfile delirante de efeitos visuais e de violência (cartoonesca) mais delirante ainda.
Tosca é a tentativa de abordar Eddie & Venom como um “casal”, mostrando as suas birras domésticas e diárias.
Para “ajudar”, ao fim de uma hora é que começa a “carnificina”.
Mas nessa altura damos conta que falta menos de meia hora para o filme terminar. E não só se andou a perder tempo com as “cenas da vida conjugal” como ainda se arranja tempo, em plena crise de se ter Carnage à solta, para dar a Venom uma crise existencial e uma reconciliação afectiva com Eddie.
Alguém deveria ter aprendido algo com o tom referencial que Richard Donner deu ao seu “Superman”, ou mesmo com o que Sam Raimi fez com “Spider-Man” e “Spider-Man 2”. E se é para fazer algo com um “herói” negro, veja-se o que Tim Burton conseguiu com “Batman” e “Batman Returns”.
Os efeitos visuais são, naturalmente, de óptimo nível, levando o filme para o campo do mais selvagem dos cartoons.
Andy Serkis sente-se à vontade com efeitos visuais (ele interpretou Gollum e Kong) e mostra isso. Mas não é aqui e neste tipo de produções que se percebe o seu talento.
O elenco cumpre de forma adequada ao tom do filme.
Já vimos Tom Hardy e Woody Harrelson em melhor registo, mas aqui nada disso é necessário.
Nem melhor nem pior que “Venom”. Apenas em sintonia com o seu antecessor.
Nota – há cena extra durante o genérico final, que remete para um outro filme a caminho, o que pode mexer com tal universo.
“Venom: Let There Be Carnage” ainda “envenena” as nossas salas. Já se move em streaming noutros países.
Realizador: Andy Serkis
Argumentistas: Kelly Marcel, Tom Hardy, a partir dos personagens criados por David Micheline & Mark Bagley
Elenco: Tom Hardy, Woody Harrelson, Michelle Williams, Naomie Harris, Stephen Graham
Site – https://www.sonypictures.com/movies/venomlettherebecarnage
Orçamento – 110 milhões de Dólares
Bilheteira (até agora) – 212 milhões de Dólares (USA); 493 (mundial)
Os efeitos de “Venom: Let There Be Carnage”:
- O surgimento de Carnage.
- O cimentar (definitivo) entre Venon e Eddie.
- A cena extra mostra que Venom vai-se cruzar com um outro super-herói, o que permite especular sobre o futuro de ambos.
A Marvel
Venom na Marvel
https://marvel.fandom.com/wiki/Venom_(Symbiote)_(Earth-616)
Venom surge pela primeira vez em “The Amazing Spider-Man” #344 (1991).
Carnage surge pela primeira vez em “Spider-Man Unlimited #1” (1993).
Ruben Fleischer assinou “Venom”. Recusou a sequela, pois preferiu assinar “Zombieland 2” (e ele já tinha assinado “Zombieland”).
Rupert Wyatt, Rupert Sanders e Travis Knight foram considerados como realizador.
“Venom: Love Will Tear Us Apart” – foi um título considerado.
Andy Serkis diz que “The Odd Couple” (1970) é uma influência neste filme, pela relação entre Eddie e Venom.
Tom Hardy torna-se o quinto actor a interpretar um super-herói que escreve o argumento de um filme para o personagem que interpreta – Christopher Reeve (“Superman IV”), Paul Rudd (“Ant-Man”), Edward Norton (“The Incredible Hulk”) e Ryan Reynolds (“Deadpool 2”) foram os anteriores.
Woody Harrelson é vegetariano.
Quando Eddie entra na loja da Mrs, Chen, Venom toca num par de revistas. Numa dela está uma cover de Stan Lee.
O filme ia estrear em Outubro de 2020, mas foi adiado devido à pandemia Covid-19.
Com apenas 97 minutos, “Venom 2” torna-se o mais curto superhero movie desde “Fantastic Four: Rise of the Silver Surfer” (2007, com 92 minutos).