Tom Hanks sozinho, a sobreviver num mundo apocalíptico.
Finch é um dos últimos humanos sobreviventes na Terra. O seu dia-a-dia é recolher o que encontra e que lhe seja útil.
Mas Finch anda empenhado na educação de um empenhado e prestável robot, tanto sobre a vida, a adaptação ao mundo como no cuidar do seu dedicado cãozinho.
Parece um “´Wall-E` humano”.
Crónica de sobrevivência em ambiente apocalíptico (mostra-se uma Terra depois de um cataclismo), que é, afinal, um conto sobre a educação e o companheirismo.
A originalidade e força de tal esquema narrativo é que tudo gira à volta da dedicação de um homem a um (ternurento) cão e o ensino a um (simpático) robot.
Subtilmente passa aqui algo sobre a humanização da Máquina, o valor d`”o melhor amigo do Homem”, a valorização da Terra e a necessidade de companhia no ser humano.
Bons efeitos visuais.
Tom Hanks segura o filme a 100%, numa prestação plena de emotividade (o seu “discurso”), conseguindo uma das suas melhores interpretações.
Atenção ao final – o seu poder emocional e onde se revela a punchline de tudo.
Um título sci-fi bastante intimista e bem pertinente nestes dias.
“Finch” está disponível via Apple TV+.
Realizador: Miguel Sapochnik
Argumentistas: Craig Luck, Ivor Powell
Elenco: Tom Hanks
Trailer
“BIOS” – título inicial.
FX de Scott Stokdyk (“The Fifth Element”, “Contact”, “Stuart Little”, “Hollow Man”, “Valerian and the City of a Thousand Planets”, “Peter Rabbit”, a trilogia “Spider-Man” de Sam Raimi).
Robert Zemeckis é executive producer. Zemeckis dirigiu Hanks em “Forrest Gump” (ambos ganharam Oscars) e “Cast Away”
Produção da Amblin, de Steven Spielberg.
Dewey é o nome do robot. Dewey é o nome de um dos robots (os outros eram Huey e Louie) do filme “Silent Running” (1972; com uma história parecida – um cosmonauta perdido no Espaço, que só tem a companhia de três robots, que ensina como tratar da estufa local).
Quando Finch activa Dewey, dá-lhe quatro directivas. A primeira é a primeira lei da Robótica de Isaac Asimov.