Título original – Phantom
Suspense claustrofóbico e paranóia bélica num submarino.
Guerra Fria ao rubro.
Um comandante soviético parte para o mar, numa missão secreta e de alto risco.
Durante a viagem, uma comitiva secreta de dois homens toma o comando e revela o terrorífico teor da sua missão – lançar um míssil nuclear contra a frota americana em Midway, iniciar a Terceira Guerra Mundial e deixar as culpas nos chineses.
O comandante e os membros mais fiéis da sua tripulação preparam o retomar do comando e evitar o Apocalipse mundial.
Um correcto thriller de suspense submarino, sobre os conflitos ideológicos entre lealdade à nação e aos valores morais.
Boa sensação do interior de um submarino.
Capaz tensão na meia-hora final.
Lamenta-se apenas uma certa falta de garra do realizador, que leva o filme para a área de um simples telefilme (ainda que de bom nível técnico) e um argumento “curto”.
Todd G. Robinson consegue fazer sentir a claustrofobia e o quotidiano da vida de um submarino.
A mais-valia é a convicção do duo protagonista – Ed Harris é sempre intenso neste tipo de personagens, David Duchovny surpreende pela sua vilanagem (algo que contrasta com a imagem certinha dada em “The X-Fikes” e irreverente mostrada em “Californication”).
Bom acompanhamento do restante elenco.
Estamos longe dos clássicos modernos deste (sub)género (“Das Boot”, “The Hunt for Red October” e “Crimson Tide” ainda são referências), mas “Phantom” consegue ser um aceitável entretenimento.
“Phantom” tem edição portuguesa e anda a bom preço.
Realizador: Todd Robinson
Argumentista: Todd Robinson
Elenco: Ed Harris, David Duchovny, William Fichtner, Lance Henriksen, Jason Beghe, Sean Patrick Flanery, Johnathon Schaech
Site – http://phantomthefilm.com/
Orçamento – 18 milhões de Dólares
Bilheteira – 1.2 milhões de Dólares
Inspirado num evento verídico, que envolveu um submarino soviético K-129 em 1968, desaparecido e nunca encontrado. As explicações dadas pelo governo soviético originaram muitas perguntas, dúvidas e mistério.
Alguns exteriores foram filmados num antigo Foxtrot B-39, um antigo submarino soviético, presente no museu naval de San Diego, California.
Quase todo o elenco (com excepção de Ed Harris) ganhou notoriedade na televisão. Para além de David Duchovny e Lance Henriksen (passaram por duas marcantes séries televisivas dos 90`s, “por acaso” ambas criadas por Chris Carter – “The X-Files” e “Millennium”; cada um dos seus personagens iria encontrar-se num episódio crossover das duas séries – “Millenium”, na Season 7 de “The X-Files”), há Jason Beghe (que chegou a contracenar com Duchovny, de quem é amigo, em “The X-Files” e “Californication”), William Fichtner (visto em “Prison Break”) e Sean Patrick Flanery (foi um jovem Indiana Jones em “The Young Indiana Jones Chronicles”).
David Duchovny tem antepassados ucranianos.
O filme é dedicado a Tony Scott (que tinha falecido recentemente e realizou o excelente “Crimson Tide”, ainda um dos melhores suspense submarinos).
O filme procura capitalizar o sucesso de “The Hunt for Red October” (1990, de John McTiernan, com Sean Connery e Alec Baldwin), que revitalizou os filmes sobre submarinos. Seguiram-se “Crimson Tide” (1995, de Tony Scott, com Gene Hackman e Denzel Washington). “K-19: the Widowmaker” (2002, de Kathryn Bigelow, com Harrison Ford e Liam Neeson) e “Below” (2002, de David Twohy).
Dado o flop nas salas americanas, o estúdio decidiu lançar o filme directamente no mercado doméstico em vários países europeus. Portugal foi um dos poucos países onde o filme estreou nas salas.