Título original – Action in the North Atlantic
Actioner de guerra, sobre os esforços dos Aliados no Atlântico.
As aventura de um navio americano em pleno Atlântico Norte, face às intempéries e à ameaça dos submarinos nazis.
Filme-propaganda (aqui, Pró-USA) que ilustra o poder, iniciativa, espírito de união e atitude combativa da marinha mercante americana.
Tem lá a sua dose ideológica, sim, mas há bom entretenimento, muito por via das doses massivas de cenas de acção no alto mar.
Bom trabalho de stunts e practical effetcs.
Humphrey Bogart ainda estava a caminho do estrelato, mas já dava boas provas de carisma heróico e romântico.
Bom trabalho do restante elenco.
Uma muito entretida aventura marítima, que muito ajuda no espírito de mobilização da nação americana, fazendo-lhes um bom tributo.
“Action in the North Atlantic” não tem edição portuguesa. Existe noutros mercados, a bom preço.
Realizador(es): Lloyd Bacon, Byron Haskin (sem crédito), Raoul Walsh (sem crédito)
Argumentistas: John Howard Lawson, Guy Gilpatric, A.I. Bezzerides, W.R. Burnett
Elenco: Humphrey Bogart, Raymond Massey, Alan Hale, Julie Bishop, Ruth Gordon
Trailer
Clip
Orçamento – 2.2 milhões de Dólares
Bilheteira – 3.4 milhões de Dólares
Nomeado para “Melhor Argumento Original”, nos Oscars 1944. Perdeu para “The Human Comedy”.
A Warner Bros. queria fazer um documentário sobre a Marinha Mercante, mas depois tudo seguiu para a produção de um filme de género.
Chegou-se a anunciar Edward G. Robinson e George Raft como protagonistas. Robinson iria para “Destroyer” e Raymond Massey ficaria com o personagem, Raft iria para “Background to Danger” e Humphrey Bogart ficaria com o personagem (algo que já era “moda” – Bogart aproveitou as recusas de Bogart para “The Maltese Falcon”, “High Sierra” e o resto é… História).
Lloyd Bacon era o chefe o departamento de Fotografia na Marinha americana durante a Primeira Guerra Mundial.
Humphrey Bogart estava na Marinha durante a Segunda Guerra Mundial. Bogart era um bom marinheiro. Comprou um iate de nome “Santana” e foi esse o nome que ele deu à sua produtora.
Muitos membros de cast & crew tinham sido combatentes na Segunda Guerra Mundial, muitos até na Marinha.
Reencontro entre Raymond Massey e Ruth Gordon, depois de “Abe Lincoln in Illinois” (1940).
Primeiro filme de Dane Clark.
Working Title – “Heroes Without Uniforms”.
O filme foi todo filmado em estúdio. O governo americano proibia filmagens no mar.
Lloyd Bacon terminava o seu contrato com a Warner Bros. durante as filmagens. Apesar do estúdio querer que Bacon as terminasse, o realizador recusou-se. Byron Haskin terminou-as.
As filmagens ultrapassaram o prazo em 45 dias.
Ao que se sabe, o filme usa footage de combates marítimos reais e foi usado para recrutamento de pessoal para a Marinha Mercante.
Era o último filme do produtor Jerry Wald, antes de ingressar na forças armadas americanas.
Henry J. Kaiser (um magnate do mundo da construção naval) considerou o filme como um impulso vital para a industria e quis mostrá-lo a todos os seus “rivais”.
Carroll O’Connor juntou-se à Marinha Mercante depois de ter visto este filme.
O “Lux Radio Theatre” faria uma versão radiofónica, de 60 minutos, em Maio de 1944. Julie Bishop e Raymond Massey retomariam os seus personagens. George Raft também seria protagonista.
Os membros da Marinha Mercante só seriam reconhecidos como militares em Janeiro de 1988.