Duna (1984)

 

 

Título original – Dune

 

É uma obra literária de Frank Herbert que ganhou fãs, estatuto e foi muito influente.

O Cinema muito a procurou para fazer a devida adaptação.

David Lynch vinha de “The Elephant Man”, Dino De Laurentiis era um prestigiado produtor sempre com gosto pelo espectáculo, há bons meios e um grandioso elenco.

Mas…

 

Dune é um planeta muito disputado pelas suas riquezas.

As casas Atreides e Harkonnen são duas famílias nobres que estão em conflito.

Paul Atreides vai ser decisivo na contenda e no destino de Dune.

Sci-Fi épica e visionária, com laivos de fantasia (um mundo pleno de magia), por onde passa muito de drama/tragédia Shakespeariana (a união familiar, a morte na família, a vingança do descendente), de contornos políticos (aqui se focam impérios e os seus excessos), empresariais/económicos (a exploração de uma matéria-prima vital) e até religiosos (muito de fala em Deus, de um Messias, da necessidade de um líder para Paz & Amor, de uma fonte de Vida).

A trama é de tal modo vasta, que rapidamente percebemos que nem tudo está bem explicado (era necessária mais metragem para a devida explicação e contextualização).

Há tantos personagens, que alguns até são algo supérfluos ou não se percebe quem são e porque estão ali.

 

Muito interessante resulta a subtileza na abordagem gay de dois personagens (o Barão e o seu protegido). Algo que a lógica do “politicamente correcto” de hoje não permite.

Há um fabuloso trabalho nas áreas de fotografia (do grande Freddie Francis; o seu trabalho é ainda mais esplêndido em Blu-Ray), cenografia (de grande requinte barroco) e guarda-roupa (bem faustoso).

Os efeitos visuais são bons (do grande Kit West) e ainda aguentam o teste do Tempo (ainda que sejam datados – mas isto é um elogio).

O lendário Albert Whitlock faz belos matte paintings.

Temos um excelente elenco em cena, mas nem todo é bem aproveitado (não percebemos o que anda lá a fazer a sempre competente Virginia Madsen), ainda que se registe uma boa prestação de todos eles (com destaques para Francesca Annis, Kenneth MacMillan, José Ferrer e Kyle MacLachlan).

David Lynch.

O autor de “Blue Velvet” não é o homem que mais associamos à sci-fi (seja cerebral ou blockbuster).

E, de facto, Lynch revela-se uma escolha desastrosa para tal género. Não sabe dar ritmo, criar espectáculo, fazer boa action. Salva-se nalguns momentos intimistas, mostrando ser um bom criador de atmosferas psicológicas pesadas (como já se tinha visto em “The Elephant Man” e se veria em “Blue Velvet”, “Lost Highway” e “Mulholland Drive”).

Isto era mesmo para Ridley Scott (que ainda se moveu pelo projecto) ou Paul Verhoeven.

O filme tem vários cuts (fruto das muitas complicações de produção e pós-produção).

Theatrical Cut

Foi o cut que nos chegou às salas, imposto pelo produtor (queria um filme de cerca de 2 horas). Ficamos com 2 horas e 15 minutos.

Mas que se revelam insuficientes para a devida explicação de certos eventos e personagens, bem como certas relações e motivações.

Há muitas mudanças bruscas de eventos e acções que deixam o espectador sempre a perguntar “Como e Porquê?”

TV/Extended Cut

Remontou-se o filme (sem controlo do realizador), ficou mais alongado (cerca de 3 horas) e transformou-se em mini-série (de 3 episódios). Depois seria remontado para filme de 3 horas seguidas.

Há uma melhor explicação de certos eventos, personagens e relações. Há um prólogo mais alongado, com mais explicações. Há cenas novas que trazem mais detalhes, há cenas mais alongadas que clarificam melhor o que se passa, há uma constante voice over a dar explicações quando necessário.

É uma melhoria, mas mesmo assim o resultado continua insatisfatório face à dimensão de eventos e personagens.

É certo que temos mais explicações, mas ainda há muito por esclarecer e personagens que continuam à espera de relevância (a filha do Imperador, um dos instrutores de Paul).

Redux Cut

É um fanedit cut, feito por um nerd, ao longo de muitos anos. Teve 3 cuts até ao definitivo. Tem quase 3 horas (mais um minuto e tal face ao TV/Extended Cut).

O SpiceDiver remontou o filme a seu gosto (portanto, não há aqui aprovação ou acção de realizador, produtor ou editor). Faz umas alterações no prólogo, deixando algumas coisas mais claras, altera a ordem de alguns momentos, adiciona momentos ausentes dos dois outros cuts e faz alterações no final.

Há melhorias, sim, mas mesmo assim ainda continua a soar a um filme algo incompleto e com muito ainda por explicar (comum a todos os cuts está a love story algo precipitada).

“Dune” é um filme cheio de problemas. Desde a pré-produção, nas filmagens e muitos na pós-produção.

O resultado é bem visível desse caos.

O filme não é um completo caos, mas está longe de ser a maravilha cinematográfica que deveria/poderia ser.

Mas é um momento alto de sci-fi cerebral, bem épico do ponto de vista visual e narrativo, ainda que com o (tremendo) erro que é a escolha do realizador.

E um tipo de produção que hoje já é rara (arriscada, fora de “moda”, cerebral, com vasto elenco).

 

Mas é um título relevante, referencial (para o bem e para o mal) e obrigatório. Para os fãs do género, ainda que sabendo que há (muitas) concessões a fazer.

 

“Dune” não tem edição portuguesa. Existe noutros mercados a bom preço. Os cuts Theatrical e Extended/TV estão disponíveis de forma autónoma ou combinados. Há edições com extras e sem. O Redux Cut só está disponível on-line e por outras “dunas”.

Realizador: David Lynch

Argumentista: David Lynch, a partir do romance de Frank Herbert

Elenco: Francesca Annis, Leonardo Cimino, Brad Dourif, José Ferrer, Linda Hunt, Freddie Jones, Richard Jordan, Kyle MacLachlan, Virginia Madsen, Silvana Mangano, Everett McGill, Kenneth McMillan, Jack Nance, Siân Phillips, Jürgen Prochnow, Paul L. Smith, Patrick Stewart, Sting, Dean Stockwell, Max von Sydow, Alicia Witt, Sean Young

 

Trailer

 

Clips

 

Final alternativo

 

Documentários sobre o filme

 

O Theatrical Cut

 

O TV Cut

 

O Redux Cut

 

David Lynch sobre “Dune”

 

 

Orçamento – 40 milhões de Dólares

Bilheteira – 31 milhões de Dólares

 

“Melhor Guarda-Roupa”, no Saturn 1985. Esteve nomeado para “Melhor Filme – Ficção Científica”, mas perdeu para “The Terminator”.

“Pior Filme”, nos The Stinkers Bad Movie 1984.

O romance de Frank Herbert sai em 1965. É um enorme sucesso (público e crítico), ganha prémios e origina (cinco) sequelas (“Dune Messiah”, “Children of Dune”, “God Emperor of Dune”, “Heretics of Dune” e “Chapterhouse: Dune”).

Herbert inspirou-se no filme “Lawrence of Arabia” (1962).

Segundo Herbert, a mensagem da sua obra é “Nunca acreditem que os líderes têm sempre razão“.

Frank Herbert sobre “Dune”:

 

O projecto de adaptação cinematográfica começa em 1971.

Arthur P. Jacobs compra os direitos e pensa em David Lean para o realizar. Lean recusa. Nesta fase, o seu argumentista habitual, Robert Bolt, foi chamado.

Com a recusa de Lean, chamou-se Charles Jarrott para realizar e Rospo Pallenberg (habitual argumentista de John Boorman) para escrever. Nada avançou.

Em 1974, os direitos passam para um consórcio francês. Alejandro Jodorowsky, prestigiado artista, cineasta, actor, poeta, escritor (cinema e bd) e psicólogo chileno, entra em campo e procura realizar “Dune”. Ia contar com a ajuda de Jean “Moebius” Giraud (Moebius), Chris Foss e H.R. Giger para o visual, bem como com Dan O’Bannon (um dos argumentistas de “Alien”). O elenco teria Salvador Dalí (o Imperador), Brontis Jodorowsky (Paul), David Carradine (Duke Leto), Orson Welles (o Barão), Mick Jagger (Feyd Rautha), Udo Kier (Piter De Vries) e Gloria Swanson (Bene Gesserit). A banda sonora seria dos Pink Floyd. O argumento ia ser imenso e falava-se em 12 horas de duração. O orçamento seria de 15 milhões de Dólares. Mas nada avança. Contudo, as ideias e os pequenos avanços de Jodorowsky levaram à criação do documentário “Jodorowsky’s Dune” (2013).

Em 1976, Dino De Laurentiis adquire os direitos. Ridley Scott é chamado em 1979 (já com “Alien” no curriculum), com Rudy Wurlitzer a escrever o argumento. H. R. Giger (que já vinha do projecto de Jodorowsky) continua em campo. Scott pretende fazer dois filmes (a história dividida em duas partes). O falecimento de um irmão de Scott leva-o a abandonar o projecto. A visão de Scott para “Dune” era a mesma que teve para “Alien”.

Ridley Scott sobre “Dune”

Em 1981 tudo parece avançar bem, com financiamento, apoio de um estúdio e a escolha de realizador. Ao ver “The Elephant Man”, Raffaella De Laurentiis (filha de Dino e produtora do filme) decide escolher David Lynch. Lynch elabora o argumento com a ajuda de Eric Bergren e Christopher De Vore, mas rapidamente entram em conflitos criativos. Lynch trabalha sozinho e ainda faz mais cinco versões do argumento.

Lynch recusou fazer “Star Wars: Episode VI – The Return of the Jedi” (1983).

 

Jodie Foster, Brooke Shields, Kim Basinger, Melanie Griffith, Michelle Pfeiffer, Meg Ryan, Jennifer Jason Leigh, Kristy McNichol, Tatum O’Neal, Bridget Fonda e Sarah Jessica Parker foram consideradas como Princesa Irulan.

Helena Bonham Carter ia ser a Princesa Irulan, mas estava ocupada com “Room With a View” (1985).

Glenn Close recusou ser Lady Jessica.

Sylvia Kristel foi considerada como Lady Jessica.

Virginia Madsen substituiu Anne-Louise Lambert.

David Lynch e Raffaella De Laurentiis iam a Nova Iorque para fazer uma audition a Sean Young. O seu agente não lhe falou sobre tal, David e Raffaella perderam o voo, mas os três entraram num outro. Durante a viagem, Raffaella viu Sean e gostou do seu look e acreditou que era uma actriz. Depois de saber quem era ela, todos conversaram sobre “Dune” e a actriz foi escolhida.

Primeiro trabalho no audiovisual de Alicia Witt. Alicia interpreta uma menina-prodígio. Ela própria é uma menina-prodígio – já falava aos 2 anos, lia aos 4 e ficou com a equivalência total ao ensino secundário aos 14. É também uma talentosa pianista.

Francesca Annis estava nas filmagens de “Shades of Darkness” (1983) e achava que não conseguiria conciliar os dois filmes. Mas aceitou devido aos pedidos de Dino De Laurentiis e David Lynch.

Val Kilmer e Rob Lowe recusaram ser Paul Atreides.

Christopher Reeve fez uma audition para ser Paul Atreides.

John Hurt foi considerado como Dr. Yueh.

Aldo Ray ia ser Gurney Halleck, mas foi recusado devido aos seus problemas com o álcool.

Segundo Jack Nicholson, ele recusou realizar (?????) “Dune” e interpretar Gurney Halleck.

William Hurt interpreta Leto Atreides em “Dune” (2000, a mini-série do SyFy Channel). Hurt é grande fã do livro e queria ter participado no filme. Mas depois de o ver, ficou contente por não ter participado, pois não gostou do filme.

É o primeiro filme de Kyle MacLachlan. MacLachlan é fã do livro.

Lynch quis Freddie Jones (tinham trabalhado em “The Elephant Man”), mas o actor encontrou muita resistência por Dino De Laurentiis e quase foi despedido. Depois de ver os dailies, o produtor mudou de opinião e pediu desculpas a Jones.

Patrick Stewart não conhecia Sting. Quando o cantor disse que tocava numa banda chamada The Police, Stewart pensou que era uma banda da… Polícia.

As filmagens começam em Março de 1983, com um argumento de 135 páginas.

Filmado no México, com o título de “Moctezuma’s Revenge”.

Filmado nos mesmos lugares onde se filmou “Conan the Destroyer” (1984, também com produção de Dino e Raffaella De Laurentiis).

200 trabalhadores passaram dois meses a limpar 5 Km2 num deserto mexicano.

A crew era de 1.700 pessoas.

80 sets foram construídos, em 16 soundstages.

O filme ocupou um total de 6 anos de produção.

Lynch precisou de 3 anos e meio.

Durante as filmagens, Raffaella De Laurentiis convidou Paul L. Smith para participar em “Kalidor” (1985).

Fotografia de Freddie Francis.

Reencontro entre Francesca Annis e Freddie Jones, depois de “Krull” (1983).

Max von Sydow trabalhou durante duas semanas.

Ao longo das filmagens, Lynch sentiu-se a comandar um navio que se afunda.

 

Os Toto escreveram a banda sonora, com ajuda de Brian Eno.

O genérico inicial não revela nomes.

Os fatos dos Guild eram body bags, existentes num quartel de bombeiros.

Os tendões do verme são feitos com preservativos.

A vaca que Rabban come é uma vaca morta congelada.

Feyd-Rautha era suposto sair nu de um banho de vapor. Mas o estúdio não gostou da ideia e pediram a Sting (que até gostou da ideia inicial) para fazer a cena com algo vestido.

Segundo uma prequela literária (“House Atreides”) o Barão Harkonnen fica obeso e doente devido a um castigo de Bene Gesserit, que foi violada por ele e deu à luz Jessica.

O personagem de Leonardo Cimino (o médico do Barão) não consta do livro. Lynch criou-o, pois queria trabalhar com Cimino.

Paul Atreides e Feyd Rautha têm 15 anos no livro. Kyle MacLachlan estava nos 20s e Sting nos 30s.

Cameo de David Lynch – o operador de rádio, no veículo mineiro que Paul e Leto salvam.

Há semelhanças entre a história de Paul Atreides em “Dune” e o Príncipe Caspian de “The Chronicles of Narnia: Prince Caspian” (escrita por C.S. Lewis em 1951).

Os produtores acreditavam que tinha aqui um “´Star Wars` para adultos”.

David Lynch não tinha direito ao final cut.

O rough cut durava 4 horas.

O cut de Lynch era de 3 horas.

O estúdio e financiadores queriam um filme de 2 horas.

Para ajudar no esclarecimento de certos eventos e personagens, recorreu-se à voice-over e à introdução pela personagem de Virginia Madsen.

 

Na estreia, distribuíam-se folhas explicativas sobre certos termos usados no filme.

“Dune“ estreou como #2 no box-office USA, depois de “Beverly Hills Cop”. Os números finais são desastrosos, dado o custo do filme.

A reacção do público e da crítica foi unânime – não gostaram, achando-o confuso e muito curto para a história que conta, queixaram-se da falta de espectáculo, ainda que houvesse elogios às áreas da fotografia, cenografia, efeitos visuais e alguns dos actores (Francesca Annis, Jürgen Prochnow e Kenneth McMillan).

Apesar da negativa reacção do público e crítica, o escritor Harlan Ellison até teceu bons elogios.

Alguém referiu que Frank Herbert tinha gostado do filme.

 

Na época houve quem falasse em homofobia, devido à forma como se caracteriza o personagem do Barão.

Há quem considere “Dune” como o filme mais homofóbico de sempre.

 

É considerado o “´Heaven`s Gate` da Sci-Fi”. “Heaven`s Gate” (1980, de Michael Cimino, também fruto de um processo complicado de produção, filmagens e pós-produção) foi, na época, o filme mais caro (44 milhões de Dólares) e o maior flop de sempre (apenas arrecadou pouco mais de 3 milhões de Dólares).

 

Havia planos para duas sequelas (“Dune Messiah” e “Children of Dune”). Perante o (enorme) flop, os planos ficaram cancelados.

Sean Young filmou um pequeno vídeo nos bastidores, de 6 minutos, que só foi exibido no YouTube em 2010.

Patrick Stewart considerou que o seu stillsuit foi a peça de roupa mais desconfortável que já usou.

Max von Sydow teve a mesma opinião, mas guardou o fato pois gostou do aspecto que tinha com ele.

Segundo Stewart, todos os membros do elenco perderam duas cenas na sala de montagem.

Everett McGill viu muitas das suas cenas cortadas. Algumas foram restauradas no extended cut.

 

Kyle MacLachlan e David Lynch reencontrar-se-iam em “Blue Velvet” (1987).

Jürgen Prochnow e Dean Stockwell reencontrar-se-iam em “Beverly Hills Cop II” (1987).

Kyle MacLachlan e Patrick Stewart reencontrar-se-iam em “Mysterious Island” (2005).

Vários actores voltariam a trabalhar com David Lynch – Kyle MacLachlan (em “Blue Velvet” e “Twin Peaks”), Jürgen Prochnow (“Twin Peaks: Fire Walk with Me”) e Alicia Witt (“Twin Peaks”). Everett McGill, Jack Nance e Frank Silva apareciam em “Twin Peaks”. Miguel Ferrer (filho de José Ferrer) aparece em “Twin Peaks”.

 

Francesca Annis não gostou do filme quando o viu pela primeira vez. Achou que algo vai mal num filme quando necessita de muitas explicações desde o início. Annis também se queixou do excesso de interferência de Dino De Laurentiis no processo criativo.

Alejandro Jodorowsky ficou triste ao saber que David Lynch ia realizar “Dune”. Não queria ver o filme, mas foi convencido pelos filhos. Jodorowsky não gostou do filme. Jodorowsky considera que o falhanço do filme se deve aos produtores e estúdio, não a David Lynch.

 

A canção dos Iron Maiden, “To Tame a Land”, inspira-se em “Dune”.

“Travelling Without Moving” (expressão que se usa no filme) é o título de um álbum dos Jamiroquai.

A line “The Sleeper has awakened” surge na canção “Unanimity” dos Switchpin.

 

George R.R. Martin inspirou-se nos romances de Frank Herbert para criar a sua saga “Game of Thrones”.

 

A LJN lançou várias action figures em 1984. O mesmo fez a SOTA Toys em 2006. Em 2019 foi a vez da Funko.

Surgiram também jogos – a Parker Brothers fez um de tabuleiro em 1984, um de cartas em 1997 e um role playing em 2000; em 1992 veio um da Cryo Interactive/Virgin Interactive, uma sequela pela Westwood Studios também 1992; em 1998 surge mais um, pela Intelligent Games/Westwood Studios/Virgin Interactive, com sequela em 2001 vinda da Intelligent Games/Westwood Studios/Electronic Arts.

A Marvel criou um comic que era a adaptação do filme. Ralph Macchio escreveu e Bill Sienkiewicz desenhou.

 

Apesar do flop, é o filme de David Lynch que mais dinheiro fez nas bilheteiras.

A versão televisiva surge em 1988 e dura cerca de 3 horas. Lynch nunca concordou ou aprovou este cut e pediu para o seu nome ser retirado. Judas Booth (foi ideia de Lynch, pois achava que tal cut era uma traição assassina ao seu trabalho) é o nome do argumentista e Alan Smithee (o nome que se usava quando um realizador não reconhecia o filme como seu ou não queria ver o seu nome associado) era o realizador.

Ao contrário do que se dizia e se disse depois, Lynch nunca fez outro cut.

A Universal Pictures pediu a Lynch para fazer o seu Director’s Cut, mas o cineasta recusou.

Hoje, Lynch reconhece que nunca deveria ter realizado o filme.

Lynch considera “Dune” como o único falhanço da sua carreira. Ainda hoje ele recusa falar muito sobre o assunto.

 

Apesar do flop, o filme ganhou estatuto de cult movie.

 

Sobre o filme e os diferentes Cuts:

https://thisorthatedition.com/dune-1984/

https://www.duneinfo.com/caladan/cut-scenes

https://universosesquecidos.wordpress.com/2016/10/22/dune-redux-david-lynch-nova-montagem-por-spicediver-1984-2014-italia-usa/

https://goggler.my/dune-the-alternative-edition-redux/

https://vocal.media/futurism/reconstructing-lynch-s-dune-a-look-at-dune-redux

 

 

Sobre Frank Herbert:

https://www.britannica.com/biography/Frank-Herbert

https://www.goodreads.com/author/show/58.Frank_Herbert

https://dune.fandom.com/wiki/Frank_Herbert

 

Herbert em Portugal:

http://www.saidadeemergencia.com/autor/frank-herbert/

https://relogiodagua.pt/autor/frank-herbert/

 

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