É uma saga que começa num título que bem atesta o poder visual, cinéfilo e criativo de Sam Raimi, mostrando-o como um grande nerd de comics.
Vingança Sem Rosto (1990)
Título original – Darkman
Sam Raimi é grande fã de comics (iria fazer a trilogia “Spider-Man” e em breve regressa ao género com “Doctor Strange 2”), de terror (a saga “The Evil Dead” é influente) e de Cinema.
Eis um filme que traduz tudo isso.
E traz um novo herói.
Peyton Westlake é um cientista que se dedica à investigação de uma pele sintética.
A sua namorada, Julie Hastings, é advogada e tem em mãos um estranho caso ligado a um milionário.
Devido a uma confusão, Peyton é atacado, torturado, desfigurado e deixado como morto.
Mas Peyton sobrevive e usa os seus conhecimentos científicos para combater aqueles que lhe fizeram mal.
E assim nasce o misterioso Darkman.
Sam Raimi é grande cinéfilo e um grande nerd de comics.
E este filme é uma prova perfeita de tal.
Temos um dinâmico, criativo e irresistível cocktail de terror, romance, intriga e acção, contado a um ritmo louco onde se vêm ecos de cartoons (os de Tex Avery) e de comic (as opções visuais de storytelling, a indumentária do herói, o nome do herói).
Temos algo de Film Noir – o empresário dúbio, a advogada honesta metida em sarilhos.
Há algo de Gangster Film – o henchman e a sua troupe.
Há algo de Terror, com laivos de “Frankenstein” (o cientista em busca de uma descoberta revolucionária para a Humanidade; o “monstro” em busca de aceitação e a não querer ser um freak) e “The Phantom of the Opera” (o protagonista tem o seu “covil” e vive nas sombras, assustado pelo pavor que pode causar nos outros, em particular na sua amada).
Há algo de Literatura fantástica – “Beauty and the Beast” (o monstro feio por fora que é amado incondicionalmente pela sua amada), “Dr. Jekyll and Mr. Hyde” (o cientista e uma experiência que revela o monstro dentro dele).
Há algo de Shocker – a tortura a que é submetido o protagonista.
Há algo de Pulp e Serials 30`s – o tom e o ritmo.
Há algo que evoca o Terror Universal 30`s – algumas opções visuais na fotografia e cenografia.
Há algo de Comic (o tom e o ritmo), nomeadamente Batman (Darkman volta a trazer essa ligação de um homem com as trevas, a indumentária negra, os ataques nocturnos) e The Shadow (o uso do chapéu e do pano a tapar o rosto).
E a verdade é que toda esta “caldeirada” está maravilhosamente combinada, graças à simplicidade do argumento e ao virtuosismo visual.
E no meio de tanta acção, susto, intriga e humor, está sempre presente o drama (bem trágico) de um homem que quase tudo perde, e procura, ainda que no meio de uma vingança, reconstruir-se (na alma, no rosto, no corpo).
Excelente fotografia (do grande Bill Pope, que andaria nas sagas “The Matrix” e a “Spider-Man” feita por Raimi), a recuperar esse sabor nostálgico de um filme old timer e old school.
Muito bom trabalho nos efeitos visuais (a não serem tímidos na hora de se mostrarem “mal feitos” – o uso do background screen, o uso de matte painting).
Adequada música de Danny Elfman (a momentos a parecer um remix do score que fez para “Batman”).
Competentes practical effects.
Óptimos efeitos de make-up.
Elenco em generosa prestação.
Colin Friels e Larry Drake são bem temíveis como vilões. Drake cria um vilão sinistro (corta e colecciona dedos dos inimigos), bem falante, em formato bigger than life e na melhor tradição do henchman bondiano.
Frances MacDormand sempre segura.
Liam Neeson a mostrar aquilo que o futuro confirmaria – capacidade notável de transmitir dor, emoção, raiva, fragilidade. Atenção ao uso da sua voz e dos seus olhos.
Sam Raimi em grande forma, sempre criativo (alguns planos – o momento em que Peyton descobre a verdade sobre o seu rosto, com a câmara a mostrar uma foto dele -, algumas transições – atenção ao momento da surpresa de Julie perante a morte de Peyton e logo a seguir a sua dor no funeral), dinâmico (a câmara não pára quieta), a mostrar toda a sua influência cinéfila e sem cair na banal imitação ou rip-off, e a construir um grande morceau de bravoure (a cena com o helicóptero é uma das melhores cenas de acção do Cinema – e Raimi superar-se-ia com a luta no metro em “Spider-Man 2”) e alguns momentos de terror (algumas aparições de Darkman).
Percebe-se bem que este trabalho foi decisivo para a Marvel/Columbia/Sony escolherem Sam Raimi para “Spider-Man”.
Um verdadeiro concentrado de cinefilia e de géneros, em tom de comic e com toda a mestria visual de Sam Raimi.
Um instant classic.
Um tremendo cult movie.
E a melhor adaptação cinematográfica de um comic que… nunca existiu.
“Darkman” tem edição portuguesa a bom preço. Pode ser uma raridade. Existe noutros mercados, a bom preço. Algumas edições europeias têm legendas em Português. Procure-se a recente “Collector`s Edition”, com novo (e muito) bom master e generosos extras.
Realizador: Sam Raimi
Argumentistas: Sam Raimi, Chuck Pfarrer, Ivan Raimi, Daniel Goldin, Joshua Goldin
Elenco: Liam Neeson, Frances McDormand, Colin Friels, Larry Drake, Nelson Mashita, Jessie Lawrence Ferguson, Rafael H. Robledo, Dan Hicks, Ted Raimi, Dan Bell, Nicholas Worth
Trailer
Clips
Temas de Danny Elfman
Orçamento – 14 milhões de Dólares
Bilheteira – 34 milhões de Dólares (USA); 48 (mundial)
Nomeado para “Melhores Efeitos Visuais”, nos 20/20 2011. “Total Recall” (a versão com Schwarzenegger, claro) foi o vencedor.
Nomeado nos Saturn 1991 – “Melhor Filme – Terror” (perdeu para “Arachnophobia”), “Melhor Actor” (Liam Neeson foi derrotado por Jeff Daniels em “Arachnophobia”), “Melhor Actor Secundário” (Larry Drake foi derrotado por Thomas F. Wilson em “Back to the Future – Part III”), “Melhor Realizador” (Sam Raimi foi derrotado por James Cameron em “The Abyss”), “Melhor Caracterização” (perdeu para “Dick Tracy”).
“Melhor Realizador”, “Melhores Efeitos Especiais”, “Melhor Caracterização”, em Sitges 1990. Tentou “Melhor Filme”, mas perdeu para “Henry: Portrait of a Serial Killer”.
Sam Raimi há muito que perseguia os direitos cinematográficos de “The Shadow” e “Batman”. Ao saber que ambos já tinham dono e projecto (“Batman” veio em 1989 por Tim Burton, “The Shadow” surgiu em 1994 por Russell Mulcahy), Raimi decidiu criar o seu próprio herói, inspirando-se nesses dois heróis, bem como nos filmes de terror Universal dos 30s e em “The Phantom of the Opera”.
Raimi também quis fazer uma homenagem aos filmes de terror da Universal (o estúdio que produz “Darkman”), nos 30s.
O argumento passou por várias versões.
Ivan Raimi, dada a sua formação médica, assegurou a plausibilidade dos pormenores científicos da narrativa.
Joel Coen e Ethan Coen trabalharam no argumento. O nome deles não recebe crédito. Os Coen ajudaram por amizade a Sam Raimi (Sam e Joel foram colegas na faculdade; Joel foi o supervisor editor em “The Evil Dead” e os manos escreveram “Crimewave” para Raimi em 1985; Raimi faria um cameo em “Miller`s Crossing”, em 1990, dos Irmãos Coen).
A Universal gostou da ideia de Raimi e assegurou um orçamento entre 8 e 12 milhões de Dólares (um recorde para Raimi, tendo em conta que vinha de produções muito low budget).
Era o primeiro filme de Raimi para um grande estúdio de Hollywood.
Raimi queria Bruce Campbell (seu colega e amigo de faculdade, protagonista da saga “The Evil Dead”) para protagonista, mas a Universal recusou. Campbell faz um cameo no final.
Gary Oldman e Bill Paxton foram ponderados. Paxton esteve quase a ser escolhido e sugeriu Liam Neeson. Neeson foi escolhido e Paxton ficou zangado com Neeson, tendo mesmo deixado de lhe falar durante meses.
Neeson preparou-se ao visitar uma associação de apoio a vítimas de queimaduras graves.
Era o primeiro actioner (ainda que não em estado puro) de Liam Neeson.
Kelly Lynch, Demi Moore, Bridget Fonda e Julia Roberts foram ponderadas como Julie Hastings.
Frances McDormand foi uma imposição de Raimi (o estúdio queria Julia Roberts). McDormand é a esposa de Joel Coen.
Raimi escolheu Larry Drake por o achar com o look de um moderno Edward G. Robinson.
Richard Dreyfuss e James Caan recusaram ser Louis Strack, Jr.. Colin Friels foi escolhido.
Kathy Bates ia interpretar a enfermeira, mas saiu de cena. Jenny Agutter foi chamada por John Landis.
Danny Elfman vinha do sucesso de “Batman” (1989). Elfman e Raimi reencontrar-se-iam em “Spider-Man” (2002) e “Spider-Man 2” (2004). Tiveram conflitos criativos neste último e não se encontraram em “Spider-Man 3” (2007; a música veio por Christopher Young). Reconciliaram-se e voltaram a trabalhar juntos em “Oz: The Great and Powerful” (2013).
Filmado em Los Angeles e Toronto.
O generoso orçamento (ainda que superior ao que Raimi estava habituado, era muito inferior a uma produção média da época) permitiu a Raimi criar um set, usar helicópteros, ter stuntmen, recorrer a efeitos pirotécnicos e usufruir de mais tempo de filmagem.
Raimi deu conta que ao trabalhar para um grande estúdio não tinha a mesma liberdade que quando trabalhava de forma independente.
Raimi e McDormand tiveram alguns conflitos criativos.
Neeson levantava-se todos os dias às 03.00 para treinar. Isto porque no seu filme seguinte (“The Big Man”) ele interpretaria um boxeur (Neeson praticou boxe durante alguns anos).
Neeson trabalhava 18 horas por dia, devido à caracterização complexa e filmagens.
Raimi e o estúdio tiveram conflitos na fase de pós-produção. Tudo porque o editor que o estúdio escolheu não estava a seguir as directivas de Raimi.
Os primeiros screening tests são desastrosos. Reedições, novos screening tests e tudo corre melhor.
O rough cut tinha uma cena com Louis Strack Jr. numa cama, despido, a atirar notas e moedas de uma forma quase orgástica. Nos primeiros screening test, o público reagiu mal e a cena foi retirada.
A “perna-arma” é uma IMI Micro Uzi modificada.
Cameos de Ivan Raimi (irmão de Sam, médico e habitual colaborador criativo de Sam em muitos dos seus filmes), John Landis e Jenny Agutter. Surgem na cena do hospital onde Peyton Westlake está a recuperar. Jenny veio a pedido de Landis (ambos trabalharam juntos em “An American Werewolf in London”, em 1981); os irmãos Coen (Joel & Ethan) são passageiro e condutor do Oldsmobile; Bruce Campbell surge no último plano.
O filme foi um sucesso de público e crítica.
O filme teria duas sequelas – “Darkman II – The Return of Durant” (1995) e “Darkman II – Die, Darkman, Die” (1996). Ambas foram straight to vídeo. Sam Raimi participava como produtor. Arnold Vosloo era o protagonista.
A Marvel faria dois comics a partir de “Darkman” – um era a adaptação do filme, o outro era uma sequela.
Em 2006, a Dynamite Entertainment criou um comic. Darkman e Ash Williams (da saga “The Evil Dead”) encontravam-se para combater o Mal.
Editaram-se também um par de livros (editados pela Jove Books e Pocket Books, escritos por Randall Boyll – “The Hangman”, “The Price of Fear”, “The Gods of Hell”, “In the Face of Death”), fez-se um videogame (da Ocean) e até houve merchandising (máscaras e action figures).
A Universal Television produziu um Pilot para uma série televisiva. Tinha 30 minutos e foi feito em 1992. Realizado por Brian Grant, fazia um reboot ao personagem. Christopher Bowen era o protagonista, Larry Drake regressava como Robert G. Durant, Kathleen York era uma agente da Polícia que ajudava o protagonista. Peyton Westlake é um cientista que investiga pele artificial, está casado com Julie, é atacado por Durant, Julie é morta e Peyton sobrevive, convertendo-se em Darkman, em luta contra Durant e o crime. O Pilot nunca foi exibido.
Com a passagem do tempo, Sam Raimi tornou-se distante de “Darkman”. Isso explica porque na recente “Collector`s Edition” do filme em Blu-Ray, não há entrevistas nem comentários recentes do cineasta (só mesmo entrevistas da época do filme).
Entrevistas sobre “Darkman”:
Vingança Sem Rosto II: O Regresso de Durant (1995)
Título original – Darkman II: The Return of Durant
“Darkman” (1990) foi um pequeno sucesso (mas suficiente, dado o modesto orçamento).
Gerou muito culto, pelo que surgiu a ideia de sequela(s).
Darkman/Peyton Westlake continua em busca de uma cura para si, não deixando de enfrentar o crime.
Mas nada o prepara para o maior terror – o regresso do seu maior inimigo, o regresso de Durant.
Depois de um fabuloso exercício de nostalgia e homenagem cinéfila, bem como bêdéfila, a sequela entra pelo campo do thriller criminal, algo rotineiro, ainda que entretido.
Pena que frequentemente pareça um remake a “Darkman”, se dê mais ênfase ao (regressado – sem se explicar como) vilão e menos a Darkman, havendo uma certa sensação de déjà vu no duelo Darkman vs Durant.
Bradford May mostra ser eficaz e rotineiro, pelo que não aguenta a comparação com um génio visual como Sam Raimi.
Elenco em capaz prestação.
Larry Drake continua bem truculento como Durant (quase que se podia fazer uma saga/série autónoma com ele), fazendo dele um dos melhores vilões de sempre.
Arnold Vosloo (uma tremenda revelação em “Hard Target” – o debut americano de John Woo, com produção de Sam Raimi) sai-se bem como Peyton/Darkman, mas pede mais tempo de antena e melhor material escrito. Claro que não se compara a Liam Neeson na capacidade emocional, mas o argumento também não lhe chega a pedir isso.
Sequela entretida, mas muito inferior ao original.
“Darkman II: The Return of Durant” não tem edição portuguesa. Existe noutros mercados, a bom preço.
Realizador: Bradford May
Argumentistas: Robert Eisele, Lawrence Hertzog, Steven McKay, a partir do personagem criado por Sam Raimi
Elenco: Arnold Vosloo, Larry Drake, Kim Delaney, Renée O’Connor,
Lawrence Dane, Jesse Collins, David Ferry
Trailer
Sam Raimi é executive producer.
Filmado em simultâneo com “Darkman 3”.
Filmado em Toronto.
Bradford May assina a realização e a fotografia.
Make-up effects pela KNB.
Raimi queria que fosse Bruce Campbell (colega de curso, grande amigo e protagonista da saga “Evil Dead”) o protagonista (até por causa do que é “sugerido” no plano final de “Darkman”). Não foi possível, pois Campbell já estava ocupado com outros projectos.
Larry Drake é o único elemento do cast de “Darkman” que regressa nesta sequela.
Raimi chegou a dizer a Drake que Durant voltaria num terceiro filme. Tal não aconteceu.
Arnold Vosloo interpreta um outro personagem que se consegue disfarçar de outras pessoas, em “G.I. Joe: The Rise of Cobra”.
Ao contrário de “Darkman“, “Darkman 2” foi lançado directamente para video.
Foi o primeiro filme a ser direct-to-video pelos Universal Studios.
O filme foi muito mal recebido pela crítica.
Ia ser o terceiro episódio da saga, mas tal ordem foi alterada pelo estúdio.
Darkman III: Die Darkman Die (1996)
E assim termina a saga.
Com um ligeiro (e bem-vindo) regresso às origens.
Darkman/Peyton Westlake continua em busca de uma cura para si, o criar uma pele sintética estável.
Parece encontrar ajuda numa cientista. Mas esta está ao serviço de um crime lord, Peter Rooker, que pretende usar a sabedoria de Westkake para criação de uma nova droga.
Darkman vai dar luta e tentar salvar a esposa e filha de Rooker.
A segunda sequela de “Darkman” volta a enveredar pelo terreno do thriller criminal, voltando (tal como o episódio anterior) a distanciar-se do (fabuloso) exercício de nostalgia e homenagem cinéfila e bêdéfila que foi feito no original.
Mas se “Darkman 2” tinha algo de remake/rip-off face a “Darkman”, “Darkman 3” já entra no que deve ser uma sequela – aprofundar e desenvolver mais o conceito, mover-se por ouras áreas.
Assim sendo, temos Darkman a evoluir na sua descoberta científica.
O thriller criminal leva-o a enfrentar mais um crime lord, mas há uma componente mais action packed, boa intriga e um par de situações de boa tensão.
Elogios à componente dramática, muito bem conseguida – Peyton a confiar em alguém, Peyton a reconstruir a família do inimigo (ou a construir uma para si?).
São (muitas) melhorias face a “Darkman 2” e que aproximam “Darkman 3” a algum do melhor de “Darkman”.
Bons efeitos de make-up.
Bons practical effects.
Bradford May volta a ser eficaz e rotineiro, mas sem atingir a dimensão visual de Sam Raimi. Boa nota para uma melhor gestão de ritmo face ao episódio anterior.
Elenco em capaz prestação.
Jeff Fahey é um actor muito digno de interesse. O seu magnetismo ambíguo e intenso, tanto lhe permite ser vilão como herói. Aqui ele está no primeiro registo, sempre inquietante. Pena que a indústria não soubesse aproveitar o seu talento da melhor maneira.
Arnold Vosloo já tem aqui mais atenção, acentuando mais a integridade humana do seu personagem.
É a melhor das sequelas, que devolve a dimensão humana e emocional do original, sem perder a dimensão do entretenimento.
“Darkman III: Die Darkman Die” não tem edição portuguesa. Existe noutros mercados, a bom preço.
Realizador: Bradford May
Argumentistas: Michael Colleary, Mike Werb, a partir do personagem criado por Sam Raimi
Elenco: Arnold Vosloo, Jeff Fahey, Darlanne Fluegel, Roxann Dawson, Nigel Bennett, Alicia Panetta
Trailer
Tal como em “Darkman 2“, Sam Raimi é executive producer.
Filmado em simultâneo com “Darkman 2”.
Tal como “Darkman 2“, é filmado em Toronto.
Tal como “Darkman 2“, tem os make-up effects pela KNB.
Tal como em “Darkman 2“, Bradford May assina a realização e a fotografia.
Tal como “Darkman 2“, também “Darkman 3” foi lançado directamente para video.
Tal como em “Darkman 2“, “Darkman 3” foi mal recebido pela crítica.
Ia ser o segundo episódio da saga, mas tal ordem foi alterada pelo estúdio.
Foi pena que Raimi não continuasse a saga como criador-mor.
O personagem, ambientes e tom tinham potencial, pediam mais e Raimi tinha dado provas do que podia fazer e acrescentar (e a sua trilogia “Spider-Man” só o confirmou).
Fica assim uma trilogia magistralmente começada e depois caída numa rotina (ainda que entretida).
Mas vale a pena a (re)descoberta (principalmente o primeiro filme).
Cada um dos títulos da saga existe em edição autónoma (“Darkman” teve recentemente a sua “Collector`s Edition” em Blu-Ray) ou em pack.