Título original – The Prisoner of Zenda
O popular romance de Anthony Hope já tinha dado origem a dois excelentes títulos no campo do Swashbuckler (em 1937, com Ronald Colman, Douglas Fairbanks e Madeleine Carroll; em 1952, com Stewart Granger, James Mason e Deborah Kerr).
Dificilmente haveria algo de novo para se fazer numa nova versão.
Assim sendo, siga para a comédia.
Com Peter Sellers.
Um condutor de carruagens é quase um gémeo do Rei da Ruritãnia.
Os braços direitos do Rei convocam os serviços do condutor para desbaratar uma conspiração.
Muitas confusões e peripécias se seguem.
O argumento segue a trama geral de Hope, desenvolvendo-se aqui e ali algum aspecto digno de rábula.
O resultado entretém, mas não se consegue o brilhantismo que se poderia/deveria com o material em causa.
Henry Mancini compõe um excelente score – romântico, elegante, nobre e divertido.
Peter Sellers domina (com dois personagens radicalmente opostos) e não tem qualquer concorrência no elenco.
Uma divertida variante ao romance de Hope e uma simpática paródia ao Swashbuckler.
“The Prisoner of Zenda” não tem edição portuguesa. Existe noutros mercados, a bom preço.
Realizador: Richard Quine
Argumentistas: Dick Clement, Ian La Frenais, Edward E. Rose, a partir do romance de Anthony Hope
Elenco: Peter Sellers, Lynne Frederick, Lionel Jeffries, Elke Sommer, Gregory Sierra, Jeremy Kemp, Catherine Schell, Simon Williams, Stuart Wilson, John Laurie
Filme
O Main Theme de Henry Mancini
Orçamento – 12.5 milhões de Dólares
Bilheteira – 2.4 milhões de Dólares
O argumento tira elementos de “The Prisoner of Zenda” (o romance de Anthony Hope), mas também de “L’ Homme au Masque de Fer” (o romance de Alexandre Dumas).
Peter Sellers e Lynne Frederick estavam casados na época. É o único filme que fizeram juntos, Frederick seria executive producer em “The Fiendish Plot of Dr. Fu Manchu” (1980, também com Peter Sellers – o seu último filme).
Lynne Frederick não queria participar, pois via a sua personagem (a Princesa Flavia) como uma personagem menor. O seu casamento com Sellers já estava com problemas e ela foi aconselhada a não trabalhar com ele. Frederick estava interessada na nova versão de “Les Miserables” (1978), mas foi rejeitada. Sellers conseguiria convencê-la a participar no filme.
É o último filme de Lynne Frederick.
É o filme que Lynne Frederick menos gosta na sua filmografia.
É o último filme de Richard Quine. Pelo menos, oficial. Quine ainda realizaria parte de “The Fiendish Plot of Dr. Fu Manchu” (1980), mas viu o seu nome não creditado.
As filmagens tiveram vários momentos tensos decido ao comportamento de Peter Sellers, frequente irritado. Tinha de ser Lynne Frederick a acalmá-lo, embora ela fosse alvo de várias acções violentas dele.
As cenas com os cavalos requereram animais e cavaleiros vindos da Andaluzia.
Seria o primeiro de três filmes que Peter Sellers faria para a Mirisch Company. Os outros dois filmes nunca aconteceram.
A publicidade ao filme mencionava que ele tinha o protagonismo de “Peter Sellers & Peter Sellers”.
Sobre Anthony Hope
https://www.britannica.com/biography/Anthony-Hope
https://www.fantasticfiction.com/h/anthony-hope/
https://www.goodreads.com/author/show/30775.Anthony_Hope