O Prisioneiro de Zenda (1979)

 

Título original – The Prisoner of Zenda

 

O popular romance de Anthony Hope já tinha dado origem a dois excelentes títulos no campo do Swashbuckler (em 1937, com Ronald Colman, Douglas Fairbanks e Madeleine Carroll; em 1952, com Stewart Granger, James Mason e Deborah Kerr).

Dificilmente haveria algo de novo para se fazer numa nova versão.

Assim sendo, siga para a comédia.

Com Peter Sellers.

 

Um condutor de carruagens é quase um gémeo do Rei da Ruritãnia.

Os braços direitos do Rei convocam os serviços do condutor para desbaratar uma conspiração.

Muitas confusões e peripécias se seguem.

O argumento segue a trama geral de Hope, desenvolvendo-se aqui e ali algum aspecto digno de rábula.

O resultado entretém, mas não se consegue o brilhantismo que se poderia/deveria com o material em causa.

Henry Mancini compõe um excelente score – romântico, elegante, nobre e divertido.

Peter Sellers domina (com dois personagens radicalmente opostos) e não tem qualquer concorrência no elenco.

Uma divertida variante ao romance de Hope e uma simpática paródia ao Swashbuckler.

 

“The Prisoner of Zenda” não tem edição portuguesa. Existe noutros mercados, a bom preço.

Realizador: Richard Quine

Argumentistas: Dick Clement, Ian La Frenais, Edward E. Rose, a partir do romance de Anthony Hope

Elenco: Peter Sellers, Lynne Frederick, Lionel Jeffries, Elke Sommer, Gregory Sierra, Jeremy Kemp, Catherine Schell, Simon Williams, Stuart Wilson, John Laurie

 

Filme

 

 

O Main Theme de Henry Mancini

 

Orçamento – 12.5 milhões de Dólares

Bilheteira – 2.4 milhões de Dólares

 

O argumento tira elementos de “The Prisoner of Zenda” (o romance de Anthony Hope), mas também de “L’ Homme au Masque de Fer” (o romance de Alexandre Dumas).

 

Peter Sellers e Lynne Frederick estavam casados na época. É o único filme que fizeram juntos, Frederick seria executive producer em “The Fiendish Plot of Dr. Fu Manchu” (1980, também com Peter Sellers – o seu último filme).

Lynne Frederick não queria participar, pois via a sua personagem (a Princesa Flavia) como uma personagem menor. O seu casamento com Sellers já estava com problemas e ela foi aconselhada a não trabalhar com ele. Frederick estava interessada na nova versão de “Les Miserables” (1978), mas foi rejeitada. Sellers conseguiria convencê-la a participar no filme.

É o último filme de Lynne Frederick.

É o filme que Lynne Frederick menos gosta na sua filmografia.

É o último filme de Richard Quine. Pelo menos, oficial. Quine ainda realizaria parte de “The Fiendish Plot of Dr. Fu Manchu” (1980), mas viu o seu nome não creditado.

 

As filmagens tiveram vários momentos tensos decido ao comportamento de Peter Sellers, frequente irritado. Tinha de ser Lynne Frederick a acalmá-lo, embora ela fosse alvo de várias acções violentas dele.

As cenas com os cavalos requereram animais e cavaleiros vindos da Andaluzia.

Seria o primeiro de três filmes que Peter Sellers faria para a Mirisch Company. Os outros dois filmes nunca aconteceram.

 

A publicidade ao filme mencionava que ele tinha o protagonismo de “Peter Sellers & Peter Sellers”.

Sobre Anthony Hope

https://www.britannica.com/biography/Anthony-Hope

https://www.fantasticfiction.com/h/anthony-hope/

https://www.goodreads.com/author/show/30775.Anthony_Hope

 

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