Título original – Cry Macho
É o regresso de Clint Eastwood (atrás e à frente das câmaras).
Novamente com atitude de duro, mas com (bom) coração.
Mike Milo, um veterano do mundo dos rodeos, parte para o México para fazer um favor a um amigo – encontrar e trazer o filho dele.
A viagem de regresso vai ser uma aprendizagem. Para ambos.
Encontro de machos, luta de “galos”, jornada de educação entre “durões” da vida sobre a sensibilidade que ela necessita.
É uma viagem de dois seres solitários, cada um com dramas de vida que os levou a serem machos, na descoberta das suas vulnerabilidades e como usá-las nas adversidades.
É a clássica história de mentor e aprendiz, virado para um certo sentimentalismo reconciliador e (re)construtivo (o catraio procura uma família, o veterano procura companhia).
Clint Eastwood cria a devida atmosfera sensível e humana, com o adequado ritmo suave.
Clint entrega a performance que o personagem exige (cansado, desiludido, pleno de conhecimento).
O elenco está em registo igualmente correcto, com destaque para o petiz.
Um simpático regresso de Clint Eastwood a um cinema de “educação emocional”, que recorda algo do seu passado (“Gran Torino”, “Honkytonk Man”).
“Cry Macho” anda nas nossas salas. Nalguns países move-se em streaming, via HBO Max.
Realizador: Clint Eastwood
Argumentistas: Nick Schenk, N. Richard Nash, a partir do romance de N. Richard Nash
Elenco: Clint Eastwood, Dwight Yoakam, Fernanda Urrejola, Eduardo Minett
Site – https://www.crymachofilm.net
Orçamento – 33 milhões de Dólares
Bilheteira (até agora) – 4.4 milhões de Dólares (USA); 4.6 (mundial)
N. Richard Nash escreveu o argumento no início dos 70s. Foi rejeitado pela 20th Century Fox. Nash converteu a história em romance e foi publicado em Junho de 1975.
É um projecto com mais de 30 anos. Em 1991 chegou a ter Roy Scheider como protagonista. Em 2011, Arnold Schwarzenegger era o visado.
Clint Eastwood foi chamado para este projecto em 1988, mas preferiu fazer “The Dead Pool” (1988; a quinta e última aventura de Dirty Harry). Eastwood ofereceu-se para realizar, mas queria Robert Mitchum como protagonista.
Regresso de Clint Eastwood a histórias de ficção, depois de “Hereafter” (2010). Desde então, todos os seus filmes têm sido baseados em histórias verídicas.
Nick Schenk volta a escrever para Clint Eastwood, depois de “Gran Torino” (2008) e “The Mule” (2019).
Macho, o galo, é interpretado por 11 galos.