É Adieu a uma grande figura do Cinema.
Talvez a maior estrela do Cinema europeu – Jean-Paul Belmondo.
Jean-Paul Belmondo nasce em Abril de 1933, em Neuilly-sur-Seine.
Filho de um prestigiado escultor (Paul Belmondo), Jean-Paul vai estudar no Conservatoire National Superieur d’Art Dramatique.
Participa nalgumas peças de Teatro e a primeira oportunidade no grande écran surge em 1957, no filme “À Pied, à Cheval et en Voiture”, mas vê a footage que filma a ficar na sala de montagem.
Vão-se seguindo pequenas participações noutros filmes, mas em em 1960 que surge a sua grande oportunidade – “À Bout de Souffle”, de Jean-Luc Godard. O filme abre as portas da denominada “Nouvelle Vague” e Belmondo torna-se uma star.
Volta a Godard em 1965 para “”Pierrot le Fou”.
Belmondo ainda vai fazendo aqui e ali algum titulo ligado a esse movimento cinematográfico (“Léon Morin, Prêtre” em 1961, “Le Doulos” em 1962, “La Sirène du Mississipi” em 1969).
Mas tudo esse vanguardismo é posto de lado quando Belmondo se torna uma grande estrela das bilheteiras francesas (e europeias) com “Cartouche” (1962), “L’Homme de Rio” (1964), “Week-end à Zuydcoote” (1964), “Les Tribulations d’un Chinois en Chine” (1965).
Tal poder popular leva-o a rivalizar com outra grande estrela de França (e da Europa) – Alain Delon.
Chegam a contracenar juntos e tal é um sucesso – “Borsalino”, em 1970.
E os sucessos de Belmondo não páram – “Ho!” (1968), “Le Cerveau” (1969), “Les Mariés de l’An Deux” (1971), “Le Casse” (1971), “La Scoumoune” (1972), “Le Magnifique” (1973), “Stavisky” (1974), “Peur sur la Ville” (1975), “L`Incorrigible” (1975), “L`Alpagueur” (1976), “Le Corps de Mon Ennemi” (1976), “L`Animal” (1977), “Flic ou Voyou” (1979), “Le Guignolo” (1980), “Le Profissionnel” (1981), “L`As des As” (1982), “Le Marginal” (1983), “Les Morfalous” (1984), “Hold-Up” (1985), “Le Solitaire” (1987).
A partir dos 90s, retira-se para Televisão (onde faz um muito interessante “Cyrano de Bergerac”), Teatro e para filmes mais simples (“L’Inconnu dans la Maison”, “Les Misérables”).
Vimo-lo ao lado de grandes estrelas – Lino Ventura, Omar Sharif, Alain Delon, David Niven, Bourvil.
Contracenou com imensas beldades – Jacqueline Bisset, Catherine Deneuve, Jean Seberg, Françoise Dorléac, Ursula Andress, Raquel Welch, Marlène Jobert, Claudia Cardinale.
Trabalhou com grandes cineastas e realizadores – Jean-Pierre Melville, François Truffaut, Henri Verneuil, Jean-Paul Rappeneau, Louis Malle, Philippe de Broca, Jacques Deray, José Giovanni, Georges Lautner, Gérard Oury, Claude Lelouch, Jean-Luc Godard.
Viu-se nomeado para BAFTA – por “Pierrot le Fou” e “Léon Morin, Prêtre”.
Venceu um prémio honorário em Cannes 2011.
É “Melhor Actor”, nos César 1989, por “Itinéraire d’un Enfant Gâté”.
Recebe prémios de carreira nos Golden Camera 1998, pelos críticos de Los Angeles 2009 e em Veneza 2016.
Gostava de boxe (que chegou a praticar) e futebol.
Formou (à semelhança de Delon) a sua companhia – a Cerito (nome da criada da sua avó).
Recebeu a “Legion d`Honneur”.
Rejeitou sempre duplos nas cenas de acção (e fez muitas, espectaculares e incríveis stunts).
É o action star favorito de Jackie Chan e Chow Yun-Fat.
O personagem do Tenente Blueberry é inspirado no seu look e atitude.
Namorou com Ursula Andress (que sempre considerou Belmondo como o seu grande amor) e Laura Antonelli.
“Bébel” tinha uma destreza incrível para a comédia (aquele sorriso matreiro) e para a acção (géneros que ele sempre soube combinar magistralmente).
Perde-se aquela que é, provavelmente, a maior estrela do cinema francês e europeu.
Mas perde-se mesmo uma grande estrela, que soube tornar-se tal devido a um talento ímpar.
Au Revoir, Jean-Paul.
Ficam muitas provas de talento, diversão e entretenimento.
Evocação
Trailers