Título original – Retroactive
Peripécias loucas à volta dos paradoxos do Tempo.
Karen está em viagem com o namorado, mas as coisas seguem um rumo violento.
Em fuga, Karen vai dar a um laboratório científico onde se fazem experiências espácio-temporais.
Karen vê-se metida num loop que a leva sempre a minutos antes dos eventos dramáticos que já viveu/vai viver.
Mas por cada tentativa em mudar as coisas, tudo se complica ainda mais.
Os paradoxos espácio-temporais aliados às leis do Caos, com o sucessivo repetir do mesmo evento, a um ritmo louco de confusões onde nenhum problema (os já existentes e os causados pelas tentativas de resolução por cada loop) parece ter solução.
Tal cria imenso stress na protagonista e no espectador.
E agradece-se tal.
O primeiro acto é algo lento, mas serve para estabelecer os personagens.
E quando começa a repetição, tudo ocorre a um ritmo non-stop de peripécias, onde se descobre que o caos surge sempre e aumenta exponencialmente quando se tenta resolver os problemas espácio-temporais.
É certo que há melhor e mais engenhoso (a saga “Back to the Future”, “Groundhog Day”, “Source Code” e “Happy Death Day”), mas não se pode negar vontade, criatividade e paixão.
Lamenta-se a conclusão ser demasiado pacífica face a tanta confusão criada previamente.
Louis Morneau gere bem a limitação dos meios e faz Série B de muito bom nível, na economia narrativa (meia-dúzia de personagens, um par de eventos, um par de lugares) e financeira, criando bom ritmo quando começam os sarilhos e até bons momentos de acção.
Jim Belushi é sempre divertido como vilão brutamontes e parolo.
Kylie Travis revela grande destreza como action heroine.
Um óptimo exemplar B sobre o sempre fascinante tema das alterações espacio-temporais.
Recomendável.
“Retroactive” tem edição portuguesa e anda a bom preço. É uma raridade. Pode ser encontrado noutros mercados, a bom preço.
Realizador: Louis Morneau
Argumentistas: Michael Hamilton-Wright, Robert Strauss, Phillip Badger
Elenco: Jim Belushi, Kylie Travis, Shannon Whirry, Frank Whaley, Jesse Borrego, M. Emmet Walsh
Trailer
Filme
Nomeado para “Melhor Produção Televisiva”, nos Saturn 1998. Perdeu para “The Shining”.
“Silver Raven”, no Festival de Bruxelas 1997.
“Grande Prémio”, no Fantasporto 1998.
“Melhor Actor” (Jim Belushi), “Menção Especial”, na Semana Fantástica de Málaga 1998.
Nomeado para “Melhor Filme”, em Sitges 1997. Perdeu para “Gattaca”.
“Prémio do Público”, “Menção Honrosa”, no Festival de Cinema Fantástico da Suécia 1997.
Kylie Travis ia a uma auditon para um outro filme da mesma produtora.
Os exteriores foram filmados no deserto de Palmdale, California.
A Grande Ilusão 