Título original – Adieu l’Ami
Um salut entre dois grandes leading men.
Dois antigos camaradas da Legião Estrangeira juntam-se para assaltar o cofre de uma grande corporação.
É uma mix de história de parceria, assalto e lealdade.
Mas a verdade é que há um excesso de intelectualização da narrativa e diálogos (do mesmo problema padeceria “Le Passager de la Pluie”, em 1970, “por acaso” também escrito por Sebatien Japrisot), o que impede que esta seja mais fluída e clara e que as conversas sejam mais naturais.
A aliança é muito frágil e não se entende o porquê dela existir.
O golpe é bizarro.
Tudo demora a chegar à sua bottom line.
O assalto é nulo e chato.
A explicação final para tudo é algo tosca.
Alain Delon e Charles Bronson são superiores ao filme, oferecendo todo o seu carisma.
E até os vemos em viris cenas de porrada – entre eles e com outros.
Bastante datado no seu ritmo e esquema narrativo, não deixa de ser evidenciador do Cinema, tom e estilo de uma época, tendo a sua mais-valia como a presença de duas das maiores movie stars de sempre.
Vê-se bem.
“Adieu l`Ami” não tem edição portuguesa. Existe noutros mercados, a bom preço.
Realizador: Jean Herman
Argumentistas: Jean Herman, Sébastien Japrisot
Elenco: Alain Delon, Charles Bronson, Olga Georges-Picot, Bernard Fresson, Brigitte Fossey
Trailer
Bilheteira – 20 milhões de Dólares
Alain Delon queria um actor americano como parceiro. Sugeriu Richard Widmark. Delon gostou de ver Charles Bronson em “Machine Gun Kelly” (1958).
Bronson e Delon reencontrar-se-iam em “Red Sun” (1971), também uma produção europeia.
Filmado em Marselha e Paris.
Charles Bronson foi dobrado pelo realizador John Berry (que o voltaria a dobrar em “Le Passager de la Pluie”).
O filme foi um enorme sucesso na Europa, fruto da popularidade dos seus protagonistas.