Evocação aos tempos (difíceis) dos emigrantes nos USA, no começo do Século XX.
A odisseia de uma família judaica oriunda da Polónia.
Os seus sonhos e fracassos, as relações familiares e exteriores.
Saga familiar, que permite um olhar ao poder do American Dream sobre os emigrantes europeus, principalmente os de Leste.
A par da (enorme) riqueza humana constante (os jantares na thanksgiving, a loja dos irmãos, os momentos entre avô e neto, os serões com o televisor), há um ilustrar de alguns aspectos técnicos e sociais de várias épocas dos História dos USA.
Belíssima fotografia (do grande Allen Daviau), a desenhar todo o excelente trabalho de cenografia e guarda-roupa.
Barry Levinson confirma o seu talento como storyteller, criando belas imagens de pessoas e locais.
É a sua obra máxima, mostrando que era precisamente em filmes mais intimistas (“Diner”, “Tin Men”) que o seu melhor se revelava (embora mereça destaque “Good Morning Vietnam” no campo mais comercial, bem como “Toys” numa faceta mais artístico-estético-experimentalista).
E volta a fazer uma love letter a Baltimore.
Magnífico trabalho de todo o elenco.
Um belíssimo family movie.
Obrigatório.
“Avalon” não tem edição portuguesa. Existe noutros mercados a bom preço.
Realizador: Barry Levinson
Argumentista: Barry Levinson
Elenco: Aidan Quinn, Elizabeth Perkins, Leo Fuchs, Eve Gordon, Lou Jacobi, Armin Mueller-Stahl, Joan Plowright, Kevin Pollak, Elijah Wood
Trailer
Clips
Armin Mueller-Stahl sobre “Avalon”
Barry Levinson sobre “Avalon”
Orçamento – 20 milhões de Dólares
Bilheteira – 15 milhões de Dólares
Nomeado para “Melhor Argumento Original”, “Melhor Música”, “Melhor Fotografia” e “Melhor Guarda-Roupa”, nos Oscars 1991. Perdeu, respectivamente para “Ghost”, “Dances With Wolves”, “Dances with Wolves” e “Cyrano de Bergerac”.
Nomeado para “Melhor Filme – Drama”, “Melhor Argumento” e “Melhor Música”, nos Globos de Ouro 1991. Perdeu para “Dances With Wolves” em todas as categorias.
Barry Levinson esteve nomeado para “Melhor Realização em Filme”, pelo Directors Guild of America 1991, mas foi derrotado por Kevin Costner em “Dances With Wolves”.
“Top 10 do Ano”, pela National Board of Review 1990.
“Melhor Argumento”, pelo Writers Guild of America 1991.
Krichinsky, o nome da família protagonista, é o nome de solteira da mãe de Barry Levinson.
A casa onde os Kaye vivem, depois de saírem de Avalon, é mesmo a casa onde Barry Levinson passou a sua infância.
É o terceiro da “Baltimore Tratralogy” que Barry Levinson criou, como abordagem da sua infância e juventude. Os outros dois capítulos são formados por “Diner” (1982) e “Tin Men” (1987). O capítulo final seria com “Liberty Heights” (1999).