O Belo Brummell (1954)

 

Título original – Beau Brummell

 

Desfile de cor e sedução, sobre um galanteador, com um beau elenco.

 

1776.

George Bryan “Beau” Brummell é um insolente oficial da Cavalaria Britânica, que usa a sua eloquência para seduzir mulheres e insultar o Príncipe de Gales.

E isso vai metê-lo em muitos sarilhos.

Entre comédia e drama, a saga de um insolente, audaz, irreverente, pertinente e sagaz homem.

O eixo é a história de amizade entre dois homens, que definem o rumo de um reino.

Pelo meio, uma love story eterna, mas que, infelizmente, não tem o melhor tratamento no argumento (fica a sensação que não é  devidamente explorada nem concluída).

Luxo visual – a qualidade da fotografia (Technicolor), do guarda-roupa (pleno de cores vivas) e cenografia (requintada).

Stewart Granger em pleno do seu carisma cínico e másculo.

Peter Ustinov dá festival com um personagem mimado e birrento.

Elizabeth Taylor é sempre um apelo irresistível aos olhos e coração. Pena que a sua personagem não tenha mais screen time.

Divertido e emocional, sobre um bravo de alma e coração.

 

Recomendável.

 

“Beau Brummell” não tem edição portuguesa. Existe noutros mercados, a bom preço.

Realizador: Curtis Bernhardt

Argumentistas: Karl Tunberg, Richard Mansfield, a partir da peça teatral de Clyde Fitch

Elenco: Stewart Granger, Elizabeth Taylor, Peter Ustinov, Robert Morley, James Donald, James Hayter, Rosemary Harris

 

Trailer

 

Clips

 

Orçamento – 1.7 milhões de Dólares

Bilheteira –  2.7 milhões de Dólares

 

Em 1934 surgiram dois projectos para “Beau Brummell”, um com Leslie Howard e outro com Robert Donat.

A MGM comprou os direitos à Warner Brothers em 1939, com o objectivo de ter Robert Donat como protagonista. Joseph Mankiewicz ia produzir, com a realização a ser entregue a Clarence Brown. Mas o surgir da guerra cancelou a produção.

Em 1946 surgiu a ideia de vir uma versão Made in UK. Mas nunca avançou.

Perante o sucesso de “King Solomon’s Mines” (1950), Stewart Granger estava em auge de popularidade e a MGM avança com a produção de “Beau Brummell”. Mesmo assim as filmagens tiveram de  ser adiadas para que Granger fizesse “The Prisoner of Zenda” (1952), “Scaramouche” (1952), “Young Bess” (1953), “All the Brothers Were Valiant” (1953) e “Robinson Crusoe” (mas este último nunca avançou).

Chegou-se a anunciar Eleanor Parker (vinda de “Scaramouche”) e  Deborah Kerr  (vinda de “King Solomon’s Mines” e “The Prisoner of Zenda”) como co-protagonista.

Em 1953 Kirk Douglas anunciou a sua produção sobre Brummell, com o título “The Beau”. Mas o projecto nunca avançou.

O filme teve alguns problemas com o Production Code de Hollywood, devido à forma como apresentava o Príncipe de Gales quase como um pervertido.

Quando o filme foi mostrado à Casa Real Britânica, a Rainha Elizabeth II divertiu-se imenso com a interpretação que Robert Morley faz de um antepassado dela.

Stewart Granger não gostou do filme.

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