Godzilla vs. Kong (2021)

 

Godzilla e King Kong confrontaram-se pela primeira vez em 1962.

O resultado foi muito entretido e espectacular.

Um deles ganhou e os fans do derrotado esperaram/desejaram que um dia se fizesse um filme para a desforra.

E ei-lo.

 

Godzilla faz um ataque furioso e ninguém percebe porquê.

Kong é capturado e acredita-se que ele pode ser a chave para a descoberta de um outro mundo, dentro da Terra.

Uma misteriosa empresa anda a fazer experiências para eliminar os Titans do planeta.

Godzilla e Kong embatem.

Mas a solução passa pelo entendimento entre os dois. O problema é consegui-lo.

Isto é Kaiju/Monster movie.

E com estes dois gigantescos (a diversos níveis) monstros em cena, só há uma pretensão – monstruoso e gigantesco espectáculo Kaiju.

Portanto, vamos esquecer pretensões artísticas e intelectuais nas interpretações e argumento.

OK???

A história é simples e directa, mas consegue pegar em todos os caminhos e pontas soltas deixadas nos filmes anteriores e alinhar tudo para este embate, dando mais desenvolvimentos sobre os monstros e a relação entre o “Lagartinho” e o “Gorila” (há um momento em que Kong se senta no trono que vai exigir atenção ao olho humano ou recurso ao pause).

Os personagens estão lá para explicar as coisas (Godzilla e Kong não falam Inglês, portanto…), viver umas peripécias no sentido de compreender algo mais sobre o que se está a passar e de dar uma “ajudinha” aos monstrinhos.

Estão bons nomes no elenco, mas para dar prestígio ao filme e credibilidade aos personagens.

Adam Wingard sai do terror low budget e entra (bem) pelo campo dos mega-orçamentos.

Mostra que se está a divertir, que é fã do género, que fez o “trabalho de casa” (são vários os momentos de referência/homenagem a outros títulos das sagas), sabe criar um crescente de tensão (a espera pelo confronto), dá grande espectáculo e sabe passear a câmara pelo interior do conflito.

A fotografia é excelente (do sempre competente Ben Seresin).

Como é de esperar, os efeitos visuais são mesmo de outro mundo e monstruosos.

Incríveis no detalhe (a textura da pele de Godzilla e da pelugem de Kong – tanto quando limpos ou mesmo quando sujos e feridos), na dinâmica do movimento (perfeitamente fluídos e naturais) e de um estonteante realismo (as imagens parecem mais vindas de um documentário da National Geographic do que sendo CGI).

E agora vamos ao mais importante.

Godzilla vs. Kong.

Tem mesmo de haver um duelo entre ambos?

Sim. O argumento explica que sim e porquê.

Os dois ícones aparecem majestosos e bem dignos do seu estatuto.

Os confrontos entre ambos são de uma épica brutalidade (atenção ao primeiro duelo, no oceano – um verdadeiro hell in the pacific, qual Pearl Harbor, qual Midway, superando tudo o que já se viu em espectáculo kaiju).

Não sei se a confrontação final (que ocorre em Hong Kong) foi planeada antes ou depois da pandemia do “China virus”. Mas é um enorme regozijo ver-se dois grandes símbolos da cultura japonesa e americana a destruírem tal metrópole, vingando-se assim de toda a destruição que tal virus (e país) deram ao mundo.

Lamenta-se que tudo aquilo seja filme e não uma reportagem da CNN à volta de um evento real.

Felizmente, e para agrado dos fans destas duas maravilhosas criaturas, o combate não se move por ódio ou pela destruição/aniquilação de um deles ao outro. É “apenas” uma disputa de estatuto (qual é Mesmo o King), de território (embora cada um seja o King do seu respectivo habitat) e de afirmação.

Sim, há um vencedor (bom, dão-se 3 rounds, sempre com resultados diferentes) e o resultado (tanto para o “vencedor” como para o “derrotado”) mostra que ambos são duas criaturas superiores, bravas e com honra (a postura final de um face ao outro, no fim de tudo), com espaço e funções de grande responsabilidade nos seus respectivos mundos.

Isto é o “Rocky IV” dos monstros.

Mas com muito de buddy-buddy movie (se Godzilla e Kong falassem Inglês, podia-se pedir a Shane Black para lhes escrever as lines).

Yup, como é óbvio, Godzilla e Kong têm de pôr à parte as suas diferenças e unir-se pelo common good face a um inimigo comum (os fãs da saga “Godzilla” têm aqui mais um motivo para sorrir, com a chegada de um mega-vilão habitual e bem temível).

No final, fica um tremendo épico sobre monstros, com a inevitável mensagem ecológica (os estragos do Homem na Natureza e na Terra, com estas duas a terem de se vingar), mas dominada (logicamente) pelo protagonismo de dois dos maiores e mais relevantes monstros do Cinema (e da pop culture), que voltam a receber um título digno do seu prestígio e estatuto.

Monstruosamente espectacular.

O filme e embate que estes monstros-ícones do Cinema merecem.

O blockbuster que precisamos nestes dias de desconfinamento.

É para ver no mais gigantesco ecran possível, preferível do tamanho de Godzilla e Kong.

 

Obrigatório.

 

“Godzilla vs. Kong” marca o regresso (finalmente) dos blockbusters às salas. Já estreou em diversos países. Deveria já ter estreado em Portugal (a 25 de Março), mas o fecho das salas devido à pandemia covid-19 levou-o a ser adiado para 5 de Maio.

Para combater estes azares, o filme está disponível em streaming, via HBO Max.

(mas acreditem, é mesmo filme para se ver num enorme ecran)

 

Nota – Não há cena extra depois do genérico final. Ia haver, mas essa passou a ser incluída no final do filme (que passa a ter dois finais – há o que ocorre findo o confronto em Hong Kong; a cena seguinte, a envolver um dos monstros, é que seria a cena extra).

Realizador: Adam Wingard

Argumentistas: Eric Pearson, Max Borenstein, Terry Rossio, Michael Dougherty, Zach Shields

Elenco: Alexander Skarsgård, Millie Bobby Brown, Rebecca Hall, Eiza González, Lance Reddick, Kyle Chandler, Demián Bichir

 

Site – https://www.godzillavskong.net/

 

Orçamento – 200 milhões de Dólares

Bilheteira (até agora) – 70 milhões de Dólares (USA); 358 (mundial)

 

Novo embate entre Godzilla e Kong, depois de “Godzilla vs King Kong” (1962). Nesse filme, Kong ganhou. Tal decisão deveu-se ao facto de Kong ser mais popular no mundo inteiro do que Godzilla.

 

Terry Rossio já tinha elaborado um argumento para Godzilla em 1998, mas foi totalmente alterado por Roland Emmerich (que depois faria aquele “monstruoso” filme sobre o “Lagartinho”).

Adam Wingard quis rever todos os filmes com Godzilla e com Kong.

Alexander Skarsgard estava cansado de interpretar personagens obscuros e queria fazer algo de mais leve e diferente.

Os eventos ocorrem 5 anos depois de “Godzilla: King of the Monsters” (2019) e 51 anos depois de “Kong: Skull Island” (2017).

Segundo Adam Wingard, neste novo embate vai haver um vencedor.

Quando surgiu o primeiro trailer, o site Wikizilla entupiu devido a imensos acessos.

Ia estrear em Novembro de 2020. A pandemia covid-19 obrigou ao adiamento.

O filme faz parte de um pack de filmes que a Warner Bros. tem prontos para estrear em 2021 e que foram “entregues” à HBO para exibição via streaming. Tudo por causa da pandemia covid-19.

Godzilla tem aqui o 36º filme.

Kong tem aqui o seu 12º filme.

É o mais curto episódio do MonsterVerse – 113 minutos.

One comment on “Godzilla vs. Kong (2021)

  1. magobard diz:

    https://www.facebook.com/Memoria-TV-Cinema-915112058525444/

    contato (PEÇA CATALOGO ILUSTRADO) magobardo@yahoo.com
    NOSSA LOJA VIRTUAL https://memoria-tv-cinema.loja2.com.br/

    filmes nacionais como O CARA DE FOGO, QUELÉ DO PAJEÚ, RITMO JOVEM (Marcio Greick) GREGORIO 38, ESQUERDINHA O BRAÇO FORTE DA LEI.. E MUITOS OUTROS rarissimos ;NOVELAS RARAS COMO DE CORPO E ALMA (DANIELA PEREZ), ZAZÁ, ANJO DE MIM, GRACHI e novelas mexixanas, PECADO CAPITAL,CORAÇÃO SELVAGEM, BETTY A FEIA …E MUIIITO MAIS (Programas da TV,auditorio,humor,MPB etc..)SITIO DO PICA-PAU AMARELO, MALHAÇÃO, Ficção rara como “TURISTA ESPACIAL”.. PERRY RHODAN legendado ;serie como CENTENNIAL LEGENDADA, …;desenhos como BRUCUTU, PINÓQUIO, JEM E AS HOLOGRAMAS, JORNADA NAS ESTRELAS, PINOQUIO JAPONES, dublados…
    FILMES e series (desde 1940) ,fora-de-catalogo,todos os generos.. Dublagens antigas (AiC-SP, CineCastro,BKS, DublaSom..)
    FICÇÃO CIENTÍFICA, TERROR, FANTASIA, NOIR..

    Desenhos animados raríssimos (e séries) com a 1a. dublagem-Peça Catalogo:magobardo@yahoo.com
    exemplos:
    Homem-de Ferro -episódio O Verdadeiro Capitão América – dublagem original telecinado – Rio Som
    Fantomas – episódio A Mulher de Neve – dublagem original telecinado – Cinecastro
    Merrie Melodies (dub rara CineCastro. Nenhum tem a redublagem atual da Herbert Richers): 18 dvds
    A Formiga e o Tamanduá -episódio Fricção Científica – dublagem original com imagem remasterizada – Cinecastro
    Transmissão Original: de 5 de Março de 1969 a 16 de maio de 1971.Cores.Companhias Produtoras: DePatie-Freleng Enterprises.
    Homem-de Ferro -episódio O Verdadeiro Capitão América – dublagem original telecinado – Rio Som
    Fantomas – episódio A Mulher de Neve – dublagem original telecinado – Cinecastro
    Merrie Melodies (dub rara CineCastro. Nenhum tem a redublagem atual da Herbert Richers):18 dvds 157 epis
    Jhonny Cypher – episódio O Mundo Estranho – dublagem original telecinado (Rio Som)

    em breve:
    Pinóquio Japonês (desenho) – dublagem da BKS telecinagem 16mm (preto e branco):3 episódios
    Mulher Elétrica e Garota Dínamo – digitalizado de fita Betamax com comerciais da época preservados da TVS: 2 episódios
    Flash Gordon Filmation (Herbert Richers) bônus grande trecho do Balão Mágico de 1983. 1 episódio
    Speed Racer dublagem da Televox – telecinado imagem ruim, som bom – 1 episódio duplo completo e metade de um outro
    Milton o Monstro, Mosco Heroico e Polegar e Cara de China. (Dublasom Guanabara)
    Digitalizado da Record ano 82: 1 episódio de cada

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