O Jardim Secreto (2020)

 

Título original – The Secret Garden

 

O romance de Frances Hodgson Burnett é um clássico aclamado da Literatura.

Já teve várias versões cinematográficas (e televisivas).

Em plena euforia de adaptações de contos de fantasia infanto-juvenis, eis uma nova adaptação.

Pelos produtores de “Harry Potter” e “Paddington”.

 

Mary Lennox ficou sem os seus pais e é entregue a um tio.

A nova casa é soturna, vivendo com o peso de um drama.

Quando Mary descobre um jardim, algo mágico acontece.

O conto clássico mantém toda a sua essência – a infância, a dor pela a perda da paternidade e maternidade, a solidão, as repressões afectivas, o poder da amizade, a descoberta de um lugar mágico (que se quer secreto) que tanto muda e faz mudar (em nós e nos outros).

Síndrome dos tempos actuais, há uma maior presença de CGI (o rejuvenescer o jardim), mas que estão muito bem integrados na narrativa e estão ao seu serviço.

Há uma procura de equilíbrio entre as versões de 1949 (mais “aterrorizante”) e 1993 (mais dramática), conseguindo-se até “imitar” algumas cenas e diálogos de ambas.

Mas consegue-se a novidade de dar uma maior dimensão “fantasmagórica” e espiritual ao jardim e aos seus efeitos. É algo que surge no terceiro acto, é aí que o filme mostra a sua diferença face às versões anteriores (mostrando assim que cada versão tem uma personalidade e interpretação próprias), resultando numa adenda narrativa, visual e emocional muito bem conseguida.

Bons valores de produção, ilustrados nos efeitos visuais, cenografia e fotografia.

Bom trabalho do elenco.

Os veteranos Colin Firth e Julie Walters cumprem, mas não conseguem igualar os seus equivalentes nas versões anteriores.

Como é óbvio, o brilho está nos petizes, de generosa naturalidade e bom cumplicidade, embora também não atinjam o poder dos seus equivalentes nas versões anteriores.

Um singelo filme sobre os dramas da infância e a forma como a magia da inocência pode mudar vidas.

E consegue trazer algo de novo, face às (excelentes) versões anteriores.

 

Recomendável.

 

“The Secret Garden” tinha planos de vir para as salas, mas a “magia” do coronavirus levou-o para o “jardim” do streaming.

Realizador: Marc Munden

Argumentista: Jack Thorne, a partir do romance de Frances Hodgson Burnett (“The Secret Garden”)

Elenco: Dixie Egerickx, Richard Hansell, David Verrey, Tommy Gene Surridge, Julie Walters, Maeve Dermody, Colin Firth, Isis Davis, Amir Wilson

 

Site – http://www.stxfilms.com/thesecretgarden/

 

Trailers

 

Bilheteira – 8 milhões de Dólares

 

Reencontro entre Colin Firth e Julie Walters, depois “Mamma Mia!” (2008).

Firth (Lord Archibald Craven) tinha interpretado Colin Craven adulto em “The Secret Garden” (1987).

O filme estreia dois anos depois de estar pronto.

Sobre Frances Hodgson Burnett:

https://www.goodreads.com/author/show/2041.Frances_Hodgson_Burnett

https://www.britannica.com/biography/Frances-Hodgson-Burnett

https://www.deadtreepublishing.com/pages/frances-hodgson-burnett

https://www.bertrand.pt/autor/frances-hodgson-burnett/50527

https://relogiodagua.pt/autor/frances-hodgson-burnett/

 

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