Título original – The Living Daylights
25 Anos de James Bond.
A fase Roger Moore tinha terminado dois anos antes – 7 filmes, 12 anos (1973-1985).
Este filme “comemorativo” leva a saga para novos (e necessários) rumos e mostra uma nova forma de se ver o personagem.
O filme marca também a entrada de um novo e renovador James Bond – Timothy Dalton.
James Bond tem de descobrir que ligações existem entre a deserção de um importante General soviético, o assassinato de vários agentes do MI6 e um traficante de armas americano.
Roger Moore fez 7 filmes como James Bond (sendo o mais longo até hoje) – “Live and Let Die” (1973), “The Man With The Golden Gun” (1975), “The Spy Who Loved Me” (1977), “Moonraker” (1979), “For Your Eyes Only” (1981), “Octopussy” (1983) e “A View to a Kill” (1985).
O seu touch foi descontraído e divertido, apoiado em incríveis gadgets e espantosa acção. Os tempos (cinematográficos e políticos) permitiam tal, mas a saga já estava necessitada de uma renovação (até porque Moore envelheceu um pouco o personagem – os produtores deixaram o actor ir até aos 60 anos).
Com a sua saída, havia espaço para se fazer algo de novo e diferente.
Timothy Dalton (que Albert R. Broccolli já tinha sondado no final dos 60s e início dos 80s, como substituto de Sean Connery e de Moore, mas que o actor recusou) vinha de um prestigiado curriculum em Teatro.
O actor decidiu ler todos os romances de Ian Fleming com James Bond e procurou ser o mais fiel à definição do seu criador.
Assim sendo, este novo 007 ia ser mais sério, duro, humano, emocional, falível e realista.
“The Living Daylights” ainda surge em tempos quentes de cold war e com o conflito USA/URSS ao rubro (ainda havia memória da guerra do Vietname e a guerra no Afeganistão estava para durar).
“The Living Daylights” faz bom uso da mentalidade e ambientes ainda existentes, tecendo assim uma trama que também podia ser feita nos 60s.
Estamos no outro lado da “Cortina de Ferro”, há um regime soviético a temer, intriga de espiões, conflitos antigos, falsas aparências e verdades escondidas.
A primeira metade da narrativa é um puro spy thriller na melhor tradição do género e da saga (nos seus old days).
Se não soubéssemos da data de produção, poderia ser um episódio perdido dos 60s.
Na segunda metade saltamos para ambientes e tom mais actuais, entrando-se no campo do action thriller à 80s.
A intriga cativa (tal como Bond, também nós achamos algo estranho naqueles eventos e queremos saber qual a verdade), a acção é óptima, há humor mais equilibrado e a surgir nos momentos adequados, boas paisagens (Viena, Marrocos).
Para gáudio dos nostálgicos, está de volta o eterno Aston Martin (agora, o V8 Volante), bem artilhado (até pode “esquiar”).
Há gadgets, mas em quantidade calma e optimizada (um porta-chaves que é um perfeito desenrascanço, sendo explosivo, literalmente, quando necessário).
Lamenta-se que os vilões sejam algo de pacotilha (algo paradigmático do action cinema 80s, quando os vilões eram soviéticos).
Contudo o henchman é o mais mortífero desde Red Grant (“From Russia With Love”, em 1963, com Sean Connery) Oddjob (“Goldfinger”, em 1964, também com Connery), Mr. Big (“Live and Let Die”, com Roger Moore) e Jaws (“The Spy Who Loved Me” e “Moonraker”, ambos também Moore), permitindo que a sua luta com Bond seja a melhor com um henchmen desde os filmes citados anteriormente.
Tal luta é também uma incrível stunt (dá-se numa rede pendurada numa porta de um avião, a milhares de pés de altitude), que só teria rival na confrontação nas gruas em “Casino Royale” (2006, a estreia de Daniel Craig como James Bond).
O filme pretendia trazer algo de mais sério e emotivo à saga.
Consegue.
Este novo James Bond é mais sensível (não mata uma personagem, apesar das ordens para tal), é fiel (só tem uma Bond-Woman – na época falava-se de SIDA e 007 tinha de ter cuidados), sentimental (percebe-se que Bond gosta mesmo da menina e não a usa apenas para um prazer temporário – algo que só se tinha visto em “On Her Majesty´s Secret Service” e só se voltaria a ver em “Casino Royale”), racional (segue o seu pensamento e não ordens), mais obscuro (percebe-se que há algo negro a dominá-lo), sério (não brinca em serviço), sabe quando usar o humor, é profissional (algo que se percebe logo na cena inicial pós-genérico, pela sua postura), sendo igualmente mortífero.
Fiel à sua reputação, Bond não deixa de ser um bom gourmet (a sua explicação perante a troca de um champagne de qualidade duvidosa por um Bollinger RD) e erudito (os seus conhecimentos de História militar e sobre violoncelos).
Por outro lado, este novo Bond é o mais correcto, educado e profissional com Q (e este reage da mesma maneira).
O filme não ignora a eterna paixão entre Bond e Miss Moneypenny (que aqui surge mais jovial, fresca e de resposta sempre pronta a 007, com este sempre correcto e educado perante ela).
John Barry (o criador do main score de James Bond) já andava pela saga desde o início. Despede-se neste filme. E fá-lo em grande, compondo um belíssimo score (é mesmo um dos melhores da saga e da carreira do lendário compositor), pleno de emoção, romantismo, perigo, dinamismo.
A canção é dos A-ha e vem no alinhamento do que se tinha feito com o filme anterior (“A View to a Kill” – a despedida de Roger Moore como James Bond) – canção pop-synth, pegando num grupo popular da época e do género (para o filme anterior foram chamados os Duran Duran). Resulta, tem aqui e ali algo de 007 music, mas estamos longe das grandes canções da saga (“Goldfinger” de Shirley Bassey, “We Have All The Time in the World” de Louis Armstrong, “Nobody Does it Better” de Carly Simon, “For Your Eyes Only” de Sheena Easton).
O filme ainda recorre a mais duas (muito agradáveis) canções (ambas dos The Pretenders) – “Where Has Everybody Gone?” (o tema que acompanha as acções do henchman) e “If There Was a Man” (que se ouve no genérico final).
John Glen já era um veterano da saga (foi editor em diversos filmes). Assinou os três últimos de Moore e os dois de Dalton.
Era um tarefeiro eficaz, mas nada trazia de personalidade. Esta mudança em 007 exigia também uma mudança de realização (na época, George Miller, Ridley Scott, Richard Donner, John Milius, poderiam muito bem tomar conta do recado).
Mas sai-se bem, dá bom ritmo e humor, filma eficazmente as cenas de acção (que também vivem dos excelentes trabalhos de special effects e dos stuntmen).
Jeroen Krabbé e Joe Don Baker eram actores com provas dadas, mas compõem vilões simples, quase cartonescos.
Andreas Wisniewski impressiona pela sua destreza como henchman, compondo um dos mais mortíferos, estando ao nível dos melhores da saga.
John Rhys-Davies e Art Malik defendem-se bem com o tempo que têm.
Caroline Bliss convence como uma Miss Moneypenny jovem, competente, amiga e apaixonada (por Bond, claro). É tal a frescura que ela dá à personagem, que ficamos com vontade que o filme (e os que se seguiriam, eventualmente) desenvolvesse(m) mais e melhor a relação Moneypenny-Bond.
Maryam d’Abo é uma querida e compreende-se que Bond lhe seja fiel e a queira ajudar/salvar. Pena que o argumento a deixe algo tontinha demasiadas vezes.
Timothy Dalton!!!
Sobre ele caíam as (grandes) expectativas.
Dalton compõe um James Bond adulto e íntegro, macho sem ser machista, cerebral e menos instintivo, heróico e vulnerável, com dúvidas e sentimentos, frio e assassino. Traz uma atitude bastante obscura – veja-se, nos momentos tensos, o uso da voz (a missão inicial), o seu olhar cortante (quando assiste à morte de um colega), a sua postura (quando se prepara para executar um inimigo; a forma como usa uma mulher para uma armadilha).
Ao longo do filme é rapidamente perceptível que Dalton é um actor com uma enorme experiência, que trata por “tu” o método de interpretação, que faz de James Bond um personagem e uma criação interpretativa, sendo menos uma incarnação de uma imagem. O uso da voz, olhar e postura mostra cuidado e calculismo. Dalton é também perfeito na forma como numa fracção de segundo salta de um homem carinhoso com uma mulher para um agente frio com um inimigo.
Por outro lado, para além de ficar (muito) bem nos (elegantes) costumes para ele desenhados (no melhor british style), Dalton transmite juventude nas várias vezes que se veste de forma mais casual.
Faz de James Bond um homem “normal”, mas que trabalha para os Serviços Secretos Britânicos, que tem de matar para salvar a vida, a nação e o mundo.
Dalton ainda é o actor com melhor formação, de todos os que interpretaram (antes e depois dele) James Bond. Dalton é o que melhor se preparou (leu os livros de Fleming). Lendo-se os livros de Ian Fleming, percebe-se rapidamente que Dalton é o actor que melhor recriou toda a essência de James Bond tal qual o seu criador o definiu.
Uma auspiciosa estreia.
Infelizmente, Dalton foi muito avant-garde. Pode-se dizer que antecipa Daniel Craig.
Só que os tempos da época pediam mais músculo, mais heroísmo sem sentimento, mais atitude heróica sem sentido humano. Dalton surge fora de onda e leva 007 para novos e inesperados (ainda que necessários) caminhos. Tivesse Craig chegado nessa época e Dalton hoje, os resultados seriam os mesmos que cada actor teve.
Felizmente que o tempo tem sido favorável a Dalton e ele tem sido devidamente (re)avaliado, sendo hoje considerado como um dos melhores 007 da saga, sendo comparado a Craig e elogiado pelo seu dark take ao personagem.
Aqui e ali com os seus erros (frutos da época), o filme consegue renovar a saga, mexer na fórmula, trazer algo de novo, mostrar um novo lado de James Bond e demonstrar que ainda havia muito para fazer no personagem e na saga.
Merece figurar entre os clássicos da saga.
Obrigatório.
“The Living Daylights” tem edição portuguesa e anda a bom preço.
Realizador: John Glen
Argumentistas: Richard Maibaum, Michael G. Wilson, a partir do personagem e conto criados por Ian Fleming
Elenco: Timothy Dalton, Maryam d’Abo, Jeroen Krabbé, Joe Don Baker, John Rhys-Davies, Art Malik, Andreas Wisniewski, Thomas Wheatley, Desmond Llewelyn, Robert Brown, Geoffrey Keen, Walter Gotell, Caroline Bliss, John Terry
Trailer
Genérico
A cena de abertura
Aston Martin in Action
Clips
Site – http://www.007.com
Orçamento – 30 milhões de Dólares
Bilheteira – 51 milhões de Dólares (USA); 191 (mundial)
Nomeado para “Melhor Filme – Fantasia”(???), nos Saturn 1988. Perdeu para “The Princess Bride”.
“Melhor Música”, nos BMI Film & TV 1988.
“Golden Screen”, nos Golden Screen 1988.
“Melhor Som”, pelos Motion Picture Sound Editors 1988.
Christopher Reeve (então popular como Superman) foi convidado para ser James Bond, mas recusou.
Mel Gibson chegou a ser considerado como James Bond, mas recusou.
Mark Greenstreet, Lambert Wilson, Anthony Hamilton, Christopher Lambert, Finley Lighte e Andrew Clarke foram considerados como James Bond.
Sean Bean foi considerado com James Bond. Bean seria o vilão em “GoldenEye” (1995, o primeiro com Pierce Brosnan).
Sam Neill (vindo da série “Reilly, Ace of Spies”, onde interpretava um espião) tinha feito uma audition para James Bond, muito do agrado de Michael G. Wilson, John Glen, Dana Broccoli e Barbara Broccoli. Mas Albert R. Broccoli não ficou convencido.
Lee Van Cleef foi considerado para o personagem que seria entregue a Joe Don Baker.
Mathilda May concorreu a ser a protagonista.
Maryam d’Abo já tinha feito uma audition para “A View to a Kill” (1985, o último com Roger Moore). Barbara Broccoli ficou com ela em memória e chamou-a para “The Living Daylights”.
Timothy Dalton já tinha sido sondado como James Bond, por parte de Albert R. Broccoli (um dos produtores), em 1969. Sean Connery tinha terminado o seu contrato de 5 filmes (“Dr. No” em 1962, “From Russia With Love” em 1963, “Goldfinger” em 1964, “Thunderball” em 1965 e “You Only Live Twice” em 1967) e ia-se embora. “On Her Majesty`s Secret Service” ia ser o novo episódio (onde se faria uma mudança total em termos de tom da saga e emotividade do protagonista). Dalton recusou por se achar demasiado jovem (tinha 22 anos) para o personagem. Voltaria a ser sondado, mas voltaria a recusar, em 1971 para “Diamonds Are Forever” (que marcou o regresso de Connery). Foi novamente chamado em 1981 para “For Your Eyes Only” (na época, 007 tinha rosto de Roger Moore e ainda não era certo se Moore continuaria na saga), mas recusou pois ainda não havia argumento. Voltou a ser chamado em 1983 (“Octopussy”) e em 1985 (“A View To A Kill”), mas voltou a recusar, agora devido a outros compromissos.
Dalton não estava totalmente disponível para o filme (estava nas filmagens de outro – “Brenda Starr”, com Brooke Shields).
Pierce Brosnan (então popular pela série televisiva “Remington Steele”) era um favorito (chegou a andar debaixo de olho de Brocolli em 1981, durante as filmagens de “For Your Eyes Only” – a sua esposa Cassandra Harris participava no filme). Chegou a ser eleito (dada a indisponibilidade de Dalton). Mas Brosnan viu-se obrigado a regressar a mais uma Season de “Remington Steele”. Brosnan ainda filmou um par de cenas para “The Living Daylights”, mas teve de abandonar a produção.
(curiosamente, a nova Season de “Remington Steele” revela-se bem curta – 6 episódios).
Quando isto acontece, Dalton está livre e já pode ser o novo James Bond.
Dalton procurou ser fiel à essência de James Bond, segundo Ian Fleming, pelo que o actor leu todos os romances.
Quando ainda se acreditava que Moore faria este filme, o argumento previa que ele enfrentasse uma vilã interpretada por Bette Davis.
O argumento foi escrito sabendo-se que Moore não o interpretaria (apesar de haver rumores que ainda se pensou em Moore para fazer mais este filme). A história centrar-se-ia num jovem James Bond (seria quase um reboot à saga ou uma origin story) em missão com um agente veterano, seu mentor. Este seria morto, Bond vinga-se e é promovido a agente 00. O 7 viria do número do seu mentor falecido. Broccoli rejeita a ideia. “Casino Royale” (2006, o primeiro com Daniel Craig) retomaria a ideia de reboot e sobre as origens de Bond como 007.
O filme seria uma prequela e terminaria com a missão entregue em “Dr. No” (1962).
O argumento segue uma short story de Fleming. Ela limita-se ao início do filme, pós genérico inicial. Depois da fuga de Viena, acaba a história de Fleming e tudo é imaginação dos argumentistas. O pequeno conto faz parte da colectânea “Octopussy” (ou “Octopussy and The Living Daylights”).
Seria o último filme da saga a ter o título derivado de um romance/conto de Ian Fleming. Tal só voltaria a acontecer em “Casino Royale”.
É o último filme de Walter Gotell na saga – já tinha aparecido em “The Spy Who Loved Me” (1977), “Monraker” (1979), “Four Your Eyes Only” (1981), “Octopussy” (1983 e “A View to a Kill” (1985) – todos com Roger Moore.
É o primeiro filme da saga onde Miss Moneypenny não é interpretada pela eterna Lois Maxwell (que já vinha desde o início da saga, tendo acompanhado três actores – Sean Connery, George Lazenby e Roger Moore).
É o último filme de Geoffrey Keen.
Joe Don Baker interpreta um vilão. Baker regressaria à saga, agora como aliado, em “GoldenEye” (1995, o primeiro com Pierce Brosnan).
Maryam d’Abo torna-se a última Bond-Woman loira, por muitos anos. Só em “SPECTRE” (2015) é que voltaria a haver uma (Léa Seydoux). Até então eram todas morenas ou ruivas.
Dalton foi o único actor que não fez serviço militar, dos até então a interpretar James Bond – Sean Connery esteve na Royal Navy, Roger Moore andou no British Army, George Lazenby foi instructor no Australian Army.
Os Pet Shop Boys foram convidados para compor a canção, mas recusaram pois também queriam fazer toda a banda sonora.
É o último filme da saga com música de John Barry.
Foi o primeiro filme da saga a ter três canções principais – uma ouve-se no genérico inicial (“The Living Daylights”, dos A-ha), outra ouve-se no genérico final (“If There Was a Man”, dos The Pretenders) e uma outra é ouvida (discretamente) no walkman do henchman sempre que entra em acção (“Where Has Everybody Gone?”, também dos The Pretenders). “Licence To Kill” (1989, o filme seguinte com Dalton) faria o mesmo – a canção principal é de Gladys Knight, no final ouve-se “If You Asked Me To” de Patti LaBelle.
Eis as canções:
“The Living Daylights”, dos A-ha
“Where Has Everybody Gone?”, dos The Pretenders
“If There Was a Man”, dos The Pretenders”
Os A-ha e John Barry não se entenderam bem. A canção que se ouve no filme é o mix de Barry. Uma colectânea dos A-há tem a versão deles.
A versão dos A-ha
Alguma footage não editada chegou a ser roubada. Os produtores anunciaram que o filme ainda não estava pronto, pelo que se essa footage fosse mostrada, não corresponderia ao filme completo.
Marcas presentes – Aston Martin (o V8 Vantage Volante), Audi (o AG), Carlsberg, Harrod`s, Bollinger, Cartier, Phillips, J&B, Rolex.
Cameos:
- John Barry (compositor da banda sonora) – o maestro da orquestra, no final.
- Barbara Broccoli (produtora) – uma soldado, na perseguição na neve.
- Michael G. Wilson (argumentista e produtor) – na ópera, ao início.
- Simon Crane (stuntman) – um soldado em Gibraltar.
- Paul Weston (stuntman) – um soldado em Gibraltar.
Seria o último filme da saga ainda a envolver ambientes de Guerra Fria e bloco soviético. “GoldenEye” (1995, o primeiro com Pierce Brosnan) tem um prólogo nesse tempo, mas toda a narrativa passa-se depois.
Foi o primeiro filme da saga a não ser anunciado no final do genérico final do filme anterior.
Primeiro filme da saga onde um vilão é preso.
Por largos anos, é o último filme onde James Bond assiste a ópera. Só o voltaria a fazer em “Quantum of Solace” (2008, o segundo com Daniel Craig).
James Bond fuma pela primeira vez desde “The Man With the Golden Gun” (1974).
Frederick Warder e Glyn Baker surgem no prólogo como 004 e 002. Dadas as semelhanças com George Lazenby e Roger Moore, os argumentistas queriam brincar com as expectativas dos espectadores face a quem é 007.
Dalton executa a stunt da luta no tejadilho de um Land Rover em movimento nas ruas de Gibraltar. O empenho de Dalton foi tal, que o actor procurou executar todas as stunts possíveis.
Dalton diz a line “Bond. James Bond” durante o prólogo. Tal só aconteceu em “On Her Majesty`s Secret Service” (1969, o único com George Lazenby) e “Diamonds are Forever” (1971, o último com Sean Connery).
Quando o ghetto blaster é disparado, a activação desse efeito é feita pelo Príncipe Carlos, então de visita ao set.
Regresso de Felix Leiter, habitual amigo e aliado de James Bond – “Dr. No” (1962), “Goldfinger” (1964), “Thunderball” (1965), “Diamonds are Forever” (1971) – todos com Sean Connery; “Live and Let Die” (1973) – o primeiro com Roger Moore.
O final ia ter uma piada a Carlos & Diana, mas a ideia foi rejeitada. Pretendia-se fazer algo parecido com o final de “For Your Eyes Only” (1981), onde se brincava com Margaret Thatcher.
James Bond volta a conduzir um Aston Martin (o Volante). Desde “On Her Majesty`s Secret Service” (1969, com o DBS) que tal não acontecia. Desde “Goldfinger” (1964, com o DB5) que tal carro não tinha gadgets. O Aston Martin voltaria em “Goldeneye” (1995, o primeiro com Pierce Brosnan, com um DB5) e voltaria com gadgets em “Die Another Day” (2012, o último com Brosnan, com um Vanquish). O Aston Maron seria uma constante em todos os filmes com Daniel Craig (“Casino Royale” – o DB5 e o DBS; “Quantum of Solace” – o DBS; “Skyfall” – o DB5; “SPECTRE” – o DB10 e o DB5).
O filme estreia nos 25 anos da saga.