Título original – The Prize
Um excelente elenco, numa adaptação de um best seller, sobre uma grande trapalhada nos Prémios Nobel.
Em Estocolmo reúnem-se todos os galardoados com o Prémio Nobel desse ano.
Um escritor americano vai-se meter numa enorme trapalhada devido ao rapto de um importante cientista.
A entrega dos Prémios Nobel é sempre uma cerimónia erudita.
E se fosse cenário para uma enorme conspiração?
Irving Wallace pensou em tal e Hollywood foi lá buscar um filme.
Temos um thriller conspirativo, bem na onda do melhor que se fazia no género durante a Cold War, ao que se juntam alguns elementos hitchcockianos (o indivíduo normal metido em alhadas extraordinárias).
É certo que depois de vermos muitos títulos de Hitchcock, “The Prize” soa a rip-off – “North by Northwest” (“The Prize” traz Leo G. Carroll nos secundários – um habitual de Hitchcock, incluindo neste filme; Ernest Lehman é o argumentistas dos dois filmes) e “Torn Curtain” (Paul Newman é também protagonista; a história é muito semelhante) vêm logo à memória.
Mas isso não é um defeito.
“The Prize” respira a produto próprio e com personalidade (ainda que inserido num modelo e género que estava no auge).
Suspense, intriga, mistério, conspirações, humor, acção, romance, surpresas e reviravoltas.
Prestação descontraída do elenco.
Realização eficaz de Mark Robson.
Um bom conspiracy thriller metido num meio académico.
Recomendável.
“The Prize” tem edição portuguesa e anda a bom preço.
Realizador: Mark Robson
Argumentista: Ernest Lehman, a partir do romance de Irving Wallace
Elenco: Paul Newman, Edward G. Robinson, Elke Sommer, Diane Baker, Micheline Presle, Gérard Oury, Kevin McCarthy, Leo G. Carroll
Trailer
A Suite de Jerry Goldsmith
Joe Dante sobre “The Prize”
Bilheteira – 3.5 milhões de Dólares
“Estrela Feminina Promissora” (Elke Sommer), nos Globos de Ouro 1964. Diane Baker tentou ser a “Melhor Actriz Secundária”, mas perdeu para Margaret Rutherford em “The V.I.P.s”.
A Grande Ilusão 